Capítulo 25

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     Emma observava com carinho Henri brincando na sala, os brinquedos de madeira espalhados pelo chão. Thomaz, entrau pela porta após um longo dia de trabalho e a abraçou ternamente.

— Boa noite, minha querida. Como foi o seu dia?

— Boa noite, amor. Foi um dia cansativo, cheio de contratempos. Mas olhar para o Henri aqui me traz paz.

— Sinto muito ouvir isso, meu amor. Soube que proibiu meu pai de ver nosso filho. O que ele aprontou?

Emma suspira antes de responder: – Seu pai, Aquela figura mal-educada, fanfarrona e dramática, já foi fazer fofocas e chorar as pitangas para você?

Thomaz, franzindo a testa e esperou  a esposa responder.

Emma, com um olhar cansado: – Ele achou de bom tom ensinar nosso filho a maltratar os empregados. Segundo ele, é  o qur cavaleiros fazem.

Thomaz, balançando a cabeça: – Lamento por isso, Emma. Você merece paz em casa. Mas, acho que proibi-lo de ver o neto, pode ser um pouco traumático para nosso pequeno.

— Eu não o proibi, apenas disse que não poderá mais ficar a sós com ele. Sem a minha ou a sua supervisão.

— Realmente não se pode confiar em nada que ele diz. - A decepção na voz do homem fez o coração de Emma vibrar e encolher. Apesar de tudo, ela sabia que Thomaz ainda cultivava amor pelo pai. – Faremos do seu jeito, meu bem. Vai ficar tudo bem. - Thomaz disse lhe dando um beijo

Emma sorriu, agradecida pelo apoio de Thomaz, e o abraçou mais uma vez, encontrando conforto nos braços do marido enquanto Henri continua a brincar despreocupadamente.

— Já que este assunto está resolvido, que tal juntarmos? Henri já se banhou e eu esperei para fazer o mesmo... Só que com você.

— Plano perfeito. - Thomaz soltou a esposa e caminhou até o filho. – Oi garotão.

— Papai! Estava ansioso para que chegasse. Olha o que montei hoje. - Disse o pequeno lhe mostrando o pequeno carrinho de madeira que confecciono com o auxílio de um dos empregados da casa. – O senhor Paul me ajudou.

— Que perfeição. Lembrou de agradecê-lo pela ajuda?

— Sim. - O pai orgulhoso deu-lhe um afago gostoso.

— Muito bem filho. Agora guarde seus brinquedos, lave as mãos e vamos jantar.

Abraçados, o casal o observou a criança subir as escadas correndo para cumprir  o qur lhe fora pedido.

Sentados a mesa e compartilhando uma refeição quente, essa era, na opinião de Emma a definição de felicidade. Por mais simples que a cena parecesse, ela está a feliz. Porém, sempre há escuridão, ela sempre tenta destruir a luz.

    Do outro lado da cidade, quase em meio a floresta, Lorrence colocava as mãos em algo perigoso.

— Tem certeza que isso funciona? - Perguntou girando o pequeno frasco nas mãos e observando o líquido transparente dançar dentro dele.

— Tem minha palavra. Em um adulto, duas gotas são o suficiente para solucionar o problema.

— Perfeito. Talvez eu deva dar tudo a ela... ‐ O olhar perverso é escuro moldado pelo sorriso torto o transformava em um ser que se assemelhava à qualquer monstro dos contos de fadas.

— Não será preciso. Se quer que seja invisível e indefectível... De duas gotas misturada no suco. Acredite, ela já sofrerá o bastante.

— É  instantâneo?

— Não. O senhor disse que ela é  quase da sua altura, vai agonizar por uns dias. Assim parecerá  que contraiu alguma doença. Quanto menor o indivíduo, mais rápido e letal é  a ação.

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