Emma acordou cedo, arrumou-se e saiu sem tomar café. Caminhou alegre em direção a casa de Thomaz. A cada passo que dava sentia em cada fibra de seu corpo que algo extraordinário iria acontecer, só não sabia o que. Só percebeu que talvez fosse cedo demais quando olhou a casa do homem toda fechada ainda.
Sentou-se sob a sombra daquela que tinha se tornado a sua árvore favorita e ali ficou observando o lago e a chegada dos homens que trabalhavam na reforma do grande casarão. Quando viu Thomaz, sentiu-se tão feliz que foi inevitável não sorrir. O viu cominhar em sua direção e estar nos braços dele tinha se tornado rapidamente a sua coisa favorita. Deixou que fizesse o que desejava. Respirar era algo muito necessário, mas, Emma simplesmente não queria findar o beijo e na verdade sentiu-se um pouco irritada quando Thomaz se afastou.
— Case-se comigo? - Nunca pensou que ouviria isso dele. Sem reação alguma, Emma o olhou um pouco incrédula e piscou várias vezes antes de responder qualquer coisa.
— Onde está o homem que odeia casamentos? - Foi a única coisa que veio em mente e literalmente transbordou por sua boca. Thomaz riu.
— Está junto com a jovem que jurava que nunca ia amar. ‐ Emma não podia negar que essa era sua nova realidade. Ela já não pensava mais daquele jeito.
— Thomaz... Isso é loucura. - Disse rindo.
— Pode até ser, mas, não acha que certas Loucuras são gostosas demais pra deixarmos de lado?
— Prometa-me que nada irá mudar. Não sou uma dama da alta sociedade Francesa apesar de ter nascido para ser uma. Tenho pensamentos e atitudes e não vou mudar por conta do que sinto.
— Jamais me casaria se não fosse pra ter você por inteiro. Eu prometo.
— Me caso com você senhor Savói.
Na opinião de Emma o sorriso que se formou no rosto de Thomaz era de longe o mais lindo e sincero que ela já havia visto. Um beijo tenro e calmo foi trocado.
— Preciso falar com seus pais. Acha que irão gostar? - A insegurança dele fez Emma fazer uma careta.
— É capaz da mamãe lhe dar uma de nossas propriedades e todos os seus cavalos como forma de gratidão por me "desencalhar". - Respondeu fazendo aspas com os dedos nesta última palavra.
— Que exagero.
— Estou falando sério. - Emma respondeu levando a mão ao estômago na sequência.
— Não se sente bem?
— Não se preocupe, apenas não comi nada então...
— Está aqui a quanto tempo?
— Umas duas horas mais ou menos.
— Não é atoa que seu corpo está reclamando. Vamos! Vou te alimentar antes que caia dura. O que iam pensar de mim. Que deixo minha noiva morrer de fome? - Pegou na mão de Emma e a levou para dentro sa casa do lago.
— Ué o senhor não ia supervisionar a obra? - Margareth questiona ao ouvir o patrão voltar. – Desculpa, não sabia que íamos receber visita.
— E eu ia, mas, antes preciso alimentar minha futura esposa. - Os olhos da mulher se arregalados e um grande sorriso nasceu em seu rosto. – Ah! Sim. Margareth essa é Emma. Meu amor está é minha funcionária mais querida, Margareth.
— Já nos conhecemos. Sua irmã sempre fala da senhora quando vou a vinícola.
— Sou muito grata pelo que fez por ela. A senhorita é um anjo.
— Anjos possuem assas Margareth, e eu tenho desejos humanos demais para ser um. - Emma respondeu olhando diretamente para Thomaz o que fez a senhora a sua frente dar um sorriso não e o rapaz corar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Além Da Eternidade
FanfictionA jovem Emma Solpel sempre foi considerada por todos a sua volta uma rebelde causadora de problemas. Muito a frente de seu tempo e disposta a enfrentar os padrões de 1861. Thomaz Savói é o herdeiro de uma das famílias mais tradicionais de Paris. C...