P.O.V. Eric.
Ai que tarefa ingrata. Ter que levar uma adolescente ás compras e como se isso não fosse entediante o suficiente ainda acabei encontrando com Bill Compton que estava acompanhando sua nova progênie e sua humana. Felizmente a jovem Tribrida rapidamente se entreteve iniciando uma conversa com Jessica.
-Que família adorável você tem, senhor Compton. - Alfinetei.
Vi o rosto da Tribrida se retorcer numa careta.
-Cara, como você é babaca.- Disse a morena.
Eu só dei um sorrisinho.
-E você é uma pentelha.- Falei.
Mas, a reação, a resposta dela me pegou de surpresa, me desarmou, me irritou. O jeito como ela falou, o tom de sua voz, a expressão no rosto dela.
-Mas, que tristeza. Acho que começo a entender a maldição dos vampiros deste mundo, vocês tem tudo. Tudo, riqueza, poder, velocidade, força, agilidade, destreza, inteligência, imortalidade, mas ainda assim estão sempre sozinhos, solitários... vocês tem tudo, tudo o que alguém poderia desejar e ainda assim nunca estão satisfeitos. Nunca contentes.- Disse a garota soando triste, ela parecia ter pena.
P.O.V. Hope.
Será que algum dia vou ficar assim? Espero que não. Não quero me tornar fria, insensível e vazia. Não quero tratar pessoas como lixo. Enfim, me desviei destes pensamentos e comecei a conversar com Jessica, ficamos escolhendo roupas e foi legal. Acho que nunca fiz isso com as minhas amigas, me lembrei da Josie e da Lizzie, sinto falta delas. Procuramos nas araras, comparando, conversando, trocando opiniões. Depois de escolhermos o que queríamos fomos até os provadores e já lá dentro notei que Jessica parecia brava.
-O que foi? Qual é o problema?- Perguntei.
-Eu o odeio. Ele fez isso comigo! Me transformou nisso.- Comentou a ruiva irritada.
-Lamento, sou da opinião que ninguém deveria ser transformado á menos que seja por vontade própria. Eu vi o que isso fez com a minha família. Ester jamais perguntou á nenhum de seus filhos se eles queriam aquilo, Mikael menos ainda. Todos os meus parentes sofreram com isso, cada qual a sua maneira. Para o meu pai se transformar foi sinônimo de dor, rejeição e violência. Para o tio Elijah? A alma dele foi morrendo aos poucos, a sua nobreza, seu altruísmo viraram uma coisa distorcida, meu tio Kol além de nunca ter sido realmente capaz de controlar a sua sede, ainda sofreu por perder sua conexão com a magia. Ele deixou de ser bruxo e ele era bom nisso, ele amava. E para a tia Rebekah? Significou nunca ter escolha, ser incapaz de ter um companheiro, filhos, uma família. Era isso o que ela queria uma vida simples e humana.- Contei.
-E você? O que você perdeu quando se transformou?- Jessica perguntou.
-Minha humanidade.- Respondi com sinceridade e tristeza.
P.O.V. Jessica.
Hope é muito simpática e sensível, me ajudou a escolher roupas legais, vestidos, jeans, jaquetas, sapatos, foram umas horas divertidas. Isso até a Sookie decidir interferir.
-Não acha que é muito nova para usar uma roupa tão curta?- Perguntou Sookie á Hope.
-E desde quando é da sua conta que roupa eu uso ou não? Eu não pedi a sua opinião.- Retrucou a Tribrida.
-Você parece uma vadia. A sua mãe devia...
-Não fale da minha mãe!- Disse a Tribrida num sinal de alerta.
-Sua mãe devia ser uma vadia!- Gritou Sookie.
A loira não teve mais tempo de falar nada porque a Tribrida a prensou contra a parede, sufocando-a.
-A minha mãe... era uma RAINHA! Ela era uma líder nata, poderosa e destemida, altruísta, amorosa, feroz. Minha mãe salvou e unificou seu povo, ela deu a vida dela por mim. Morreu queimada viva para me salvar. Enquanto os seus pais? Eles te achavam uma aberração, temiam você. E morreram por sua causa igual a sua vó!- Disse Hope destilando veneno.
Ela soltou Sookie.
-Mentirosa. Cala a boca!- Retrucou a loira.
A Tribrida não disse nada só de um sorriso maldoso.
-Veja. Veja o "acidente". O vampiro matou seus pais, eles foram estraçalhados, sinta o medo deles. E a sua vó? Eu tentei, mas não pude salvá-la. Você quer saber porque eu quero que você viva? Eu quero que você viva para que assim... possa destruir tudo o que você mais ama. Contemple o seu futuro Sookie!- Disse Hope apontando a sua mãozinha para Sookie.
A loira caiu no chão apertando a cabeça.
-Você vai causar um banho de sangue sem precedentes. Vai colocar sua melhor amiga Tara Thornton na mira de um vampiro chamado Franklin que vai sequestrá-la, torturá-la psicologicamente, se alimentar dela, estuprá-la e fazer dela uma refém e ai Franklin vai morrer, Tara também. Ela vai pular na frente de uma bala para salvar VOCÊ.- Disse Hope.
-Pare.
-Parar? Mas, esse é só o início do seu reino de terror. Porque você vai trair o seu povo, vai entregar a localização deles para o vampiro que matou os seus pais e ele vai se alimentar de todos eles. Um massacre sem tamanho!- Enquanto Hope falava Sookie se debatia.
P.O.V. Sookie.
Eu posso ver, posso ver imagens horripilantes. Vi meus pais sendo assassinados, vi minha vó sendo morta, o perigo no qual Tara se encontrava, vi ela sendo usada, abusada, estuprada, senti o medo dela, vi minha melhor amiga se atirar na frente de uma bala e morrer.
-Pare, por favor.- Implorei.
-Mas, o final é a melhor parte. Porque você vai deixar o homem que ama doente, literalmente. Vai infectá-lo e ai... vai afundar uma estaca no peito dele. Por isso eu quero que você Sookie Stackhouse viva. Porque todos que você ama... vão morrer, você vai matá-los. Lembre-se sempre disso.- Ela soava fria e maldosa.
E quando acabou, ela simplesmente virou as costas e saiu. Me deixou no chão caída.
P.O.V. Eric.
Uau! Estou impressionado, paguei pelas compras e nós saímos da loja, entramos no carro.
-Aquilo foi vicioso.- Comentei.
-Ela falou da minha mãe. Mesmo com meu ódio profundo por aquela loira burra, aquele imã de problemas, o anjinho da morte... eu NUNCA, JAMAIS falei uma única palavra de mal da família dela. Nunca. Nem do estúpido do irmão dela, jamais desonrei o nome da família dela. Eu sou uma Mikaelson, ninguém machuca, difama a minha família e se safa. NINGUÉM.- Disse a garota séria, notei que ela brincava com um de seus colares enquanto falava.
Depois de uma tarde de compras que acabou numa briga que deixou a humana do Bill atordoada, jogada no chão chorando compulsivamente fomos voltamos para a minha casa, um empregado trouxe as coisas dela, os livros e tal. Mas, quando chegamos em casa, no momento em que a Tribrida entrou no quarto ela deu falta de alguma coisa, fosse o que fosse era importante porque eu NUNCA vi essa garota desse jeito. Ela parece com medo, nunca em nenhum momento desde que a conheci eu a vi com medo.
-Se foi. Alguém pegou. Meu Deus alguém pegou!- Disse a garota entrando em pânico.
P.O.V. Hope.
Eu sou mesmo uma tonta. Trouxe comigo algo que pode ser usado contra mim. Uma arma que pode me nocautear. Tô frita! Preciso encontrar, preciso encontrar a adaga e as cinzas antes que sejam usadas contra mim. Mas, quem? Quem iria pegar? Quem seria capaz de invadir a casa do vampiro Xerife da Louisiana? E mais importante de tudo...
-Quem saberia exatamente o que procurar? Como saberiam?- Me questionei.
P.O.V. Personagem desconhecida.
Peguei a arma e entreguei nas mãos da loira como combinado.
-Coloque a adaga nas cinzas, jogue as cinzas sob o ouro e enfie a adaga no coração dela. Assim você se verá livre da jovem Tribrida. Para sempre.- Falei.
-Como você sabia disso? Como sabia da arma?- Indagou a garota.
-Não importa, tudo o que importa é que cumpra a sua parte do acordo. E quando acabar levarei o corpo.- Eu disse.
Sai sem dar a garota mais explicações. Tenho que terminar o que comecei.
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Uma Tribrida em True Blood
FantasyEu já tenho postada uma fanfic da Hope indo parar no universo True Blood, mas decidi melhorar. Depois de descobrir que é capaz de viajar entre os mundos Hope decide testar suas novas habilidades e acaba indo parar no Universo onde Vampiros existem e...