Chumbo Grosso

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P.O.V. Hope.

Dizem que um inimigo em comum pode unir até aqueles que eram inimigos antigos. E temo que seja verdade, um passarinho verde me contou que os vampiros Reis, Rainhas e Xerifes, todos os importantes estão planejando uma reunião por causa do que aconteceu com o Mestre. Portanto, o inimigo em comum sou eu. Que decepção, estou decepcionada comigo mesma afinal todo o ponto de eu ter vindo para cá foi para recomeçar e ser uma pessoa melhor, parece que falhei.

E o fato desses vampiros estarem tramando contra mim não seria tão ruim, se a vadia da minha vó não estivesse á solta por ai, não a vejo desde o dia em que a poupei depois dela ter me sequestrado e se os vampiros estão se mobilizando contra mim, suponho que seja hora de iniciar o contra ataque. Preciso de aliados por isso vou atrás daqueles que tem mais a ganhar fazendo uma aliança comigo. Eu não queria isso. Eu nunca quis.

Então sai bem cedo e fui em direção ao pântano. O pântano é nojento, fedido, cheio de criaturas que rastejam, mas fechando os olhos e usando todos os meus sentidos eu consegui ouvir o som das criaturas rastejando, coaxando e sentir o fedor do lodo entretanto não foi só este cheiro que eu senti. Consegui encontrar uma matilha de lobisomens.

Enquanto Isso na Mansão da Rainha Sophie Anne...

P.O.V. Eric.

Todos os vampiros anciãos, os Reis, os Mestres, os Xerifes foram convocados para uma reunião sobre como lidar com a Tribrida. Eles estão apavorados.

-Oh, é uma garotinha puta que pariu! Estão com medo de uma garotinha?- Falou Edgington gargalhando.

-Com o devido respeito, Vossa Majestade, mas eu testemunhei o Poder dela. Sou a prova viva disso, ela fez de mim um diurno e eu não sou o único. Existem outros com a mesma habilidade que eu, eles devem isso á ela. Mesmo quando ela matou o Mestre... ela o matou para proteger um de nós.- Disse Godric.

Houve uma grande confusão, muitos a queriam morta porque estavam com medo.

-Mas, ela não morre! Eu estava lá naquele dia quando ela salvou Bill Compton da morte, a garota foi queimada viva até virar pó e ela não morreu!- Protestou outro vampiro.

-É, e a prata também não funciona, eu a vi ser algemada e ela não queimou!- Disse outro.

Todos falavam sobre como ela não podia ser destruída, estavam apavorados.

-Ah, cacete é só enfiar uma estaca no coração daquela pentelha que o problema estará resolvido.- Disse o meu inimigo.

-Temo que não seja assim tão simples. E vocês não tem a menor chance de ganhar até porque... não conhecem o seu inimigo, não fazem a menor ideia de com quem ou o que estão lidando.- Disse aquela voz.

Olhando para ela eu a reconheci, era a mulher que Hope espancou e depois curou. A mulher tem uma postura impecável, austera, sua expressão é fria e impassível como a de uma Rainha.

-E quem porra é você?- Perguntou Edington.

-Eu sou Esther Mikaelson, a Bruxa Original. Essa... essa criança é um resultado dos meus pecados contra a natureza. Eu trai a natureza quando transformei meus filhos em vampiros, passei mil anos do Outro Lado, no limbo, tentei matá-la uma vez e fracassei. Não falharei outra vez.- Disse a mulher.

-E porque confiaríamos numa bruxa?- Questionou Sophie Anne.

-Porque sem mim, vocês não tem a menor chance. Gostemos ou não minha neta é o ser sobrenatural mais poderoso que já caminhou por esta terra, ela é a primeira e a única. Entretanto, mesmo com todo este Poder ela ainda é uma garotinha.- Disse Esther.

-Você mataria sua própria neta?- Perguntei.

A bruxa olhou para mim e disse que eu deveria estar agradecendo a ela porque eu não fazia nem uma vaga ideia do que Hope era verdadeiramente capaz.

-Ela é uma híbrida parte vampira, parte lobisomem e como tal não é limitada nem pelo sol, nem pela lua. Ela caminha de dia sem precisar de um anel e pode transformar-se numa loba sempre que quiser, isso para não dizer que tem veneno á vontade, uma mordida dela e você tão velho quanto é... vai estar morto num dia. Hope não só possui os poderes devastadores dos bruxos primogênitos da minha linhagem como passou a vida sendo treinada nas artes negras por outra primogênita. Minha filha Freya. Eu sou Poderosa, entretanto minha irmã mais velha Dhalia e minha filha Freya são... três, quatro vezes mais poderosas do que eu jamais serei.- Alegou a bruxa.

A Rainha Sophie Anne cometeu o grave erro de debochar da cara dela e como resposta a bruxa acenou com a mão e quebrou-lhe o pescoço sem nem se dignar a olhar para a cara da Rainha.

P.O.V. Hope.

Consegui, eu os encontrei. E eles estão... apavorados, com raiva.

-Por favor, perdoem a intrusão. Meu nome é Hope.- Me apresentei.

-Você é Tribrida.- Disse uma deles, uma jovem de mini saia e blusa preta.

-Sim, sou eu. Por favor, eu não sou sua inimiga, não vim para lhes ferir, mas para fazer uma oferta. Para oferecer uma vida melhor.- Respondi colocando as mãos para o alto em sinal de rendição.

-Nós não queremos nada a ver com os sanguessugas. Soube que usou uma magia negra para fazer eles andarem de dia.- Retrucou outro de jaqueta de couro com o emblema de algum clube de motoqueiros, cabelo comprido e com uma garrafa de cerveja na mão.

-Você. Eu te conheço, você é Marcus o alfa desta matilha, pai de Emma. Por favor, apenas me ouçam se decidirem não aceitar a minha oferta partirei e os deixarei em paz. Eu prometo.- Falei.

-E o que exatamente você tem á oferecer sanguessuga?- Perguntou o Alfa.

-E se eu dissesse que posso livrá-los do seu vício em sangue de vampiro, que posso fazê-los melhores, mais fortes, mais rápidos e mais letais do que o mais velho dos vampiros? Posso lhes conceder força, velocidade, imortalidade e tudo isso sem abrir mão de sua essência. Posso fazer de vocês... lobisomens que não são limitados pela lua cheia e vampiros que caminham no sol. Cuja mordida é letal para qualquer vampiro puro sangue. Veneno á vontade, posso lhes dar o Poder de sair deste lugar, o poder para defenderem seu povo, sua famílias, seu lar.- Ofereci.

Eles se entre olharam. Logo o Alfa se manifestou.

-Eu prefiro morrer do que ser vampiro.- Disse Marcus cuspindo no chão.

-Muito bem se esta é a sua escolha.- Falei, mas fiz questão de demonstrar a minha força.

Coloquei o Alfa contra uma árvore e o agarrei pelo pescoço.

-Deixemos uma coisa bem clara, eu poderia pegar todos vocês e os transformá-los á força, mas não vou. Porque não sou assim, eu não quero ser assim, entretanto se vocês querem passar o resto de suas vidas vivendo neste pântano imundo e tendo crises de abstinência, matando vampiros pelo seu sangue e fazendo inimigos que não terão força ou Poder para derrotar... fiquem á vontade. Não é a minha vida que está em perigo. Eu não sou viciada.- Eu disse pouco antes de soltá-lo.

Felizmente consegui a informação que queria. Alcide Herveaux, o pai dele é dono de uma firma de construção em Jackson, Mississipi. Então eu vim atrás dele o problema mesmo foi que alguém veio atrás de mim.




Uma Tribrida em True BloodOnde histórias criam vida. Descubra agora