Tribrida na TV

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P.O.V. Hope.

O dia da entrevista chegou. Já nos bastidores eu fui devidamente vestida, maquiada e tive o meu cabelo feito por profissionais da mais alta qualidade. Tudo já está pronto e eu sou a próxima!

Olhei para a Flannegan em pânico.

-Não posso fazer isso!- Eu disse.

-Sim, você pode e você vai.- Disse Nan, é ela é um doce. Só que não.

Então enfim o apresentador chamou meu nome.

-E hoje, no Good Morning America ela que tem sido motivo de polêmica na internet tanto para humanos quanto para vampiros, senhoras e senhores vamos receber a senhorita Hope Mikaelson!- Ouvi o apresentador Robin Roberts me chamar.

E não tive escolha se não entrar no palco sorrindo e acenando. Fui aplaudida pela plateia, cumprimentei o apresentador apertando-lhe a mão e lhe desejando bom dia, então me sentei. 

-É um prazer recebê-la.- Disse Robin.

-É um prazer estar aqui.- Respondi sem nunca parar de sorrir.

Então as perguntas começaram a primeira logicamente foi sobre o vídeo que saiu na televisão de mim matando o humano, queimando ele vivo.

-Infelizmente, o vídeo é verdadeiro. Deixei minha ira me dominar e queimei a casa do cara com ele dentro, entretanto... o mesmo homem e alguns de seus amigos tocaram fogo na minha casa comigo dentro. Se eu fosse uma vampira comum, eu certamente estaria verdadeiramente morta. E por favor, saibam que não estou tentando justificar o que eu fiz, entretanto tudo que eu tinha inclusive fotos de família, retratos dos meus parentes, virou pó. Eu fui deixada sem nada, absolutamente nada.- Respondi.

-Não seria melhor falar com a polícia?- Indagou o apresentador.

-Não acha que eu tentei? Infelizmente a polícia... nem se incomodou. Devem ter arquivado o caso e ficou por isso mesmo, não apenas eu perdi tudo o que eu tinha, mas acabei internada no hospital e devido á minha capacidade sobrenatural de cura... anestesia não funciona. Consegue imaginar estar com 90 por cento do seu corpo queimado, em carne viva e não poder ser anestesiado? Antes deste incidente lamentável, depois que me curei... liguei para o Xerife de Bon Temps, expliquei a situação, fui até a delegacia prestei queixa e meses e meses se passaram, mas a polícia não fez nada. Então... já que polícia não se incomodou em me dar justiça achei que era hora de fazer as coisas pessoalmente e sim, foi vingança, olho por olho, dente por dente. Não me eximo da culpa, assumo a responsabilidade pelo o que fiz e me arrependo.- Eu disse.

-É verdade que você faz vampiros caminharem no sol?- Perguntou Robin.

-Sim.- Respondi.

Quando ele perguntou como, dei meu melhor sorriso e respondi.

-Eu sou uma bruxa. É assim que eu faço. Magia.- Eu disse.

-Uma... uma bruxa? Tipo, bruxa, bruxa?- Ele questionou surpreso.

Sorri e acenei positivamente com a cabeça.

-Então tem um chapéu pontudo?- O apresentador perguntou fazendo uma piada.

-Não, lamento desapontar. Veja bem, as criaturas sempre existiram e imagino que... era uma vez, á muito tempo, alguém... realmente viu algo. Algo que apavorou os humanos tanto que vocês começaram a criar estas... histórias, lendas para negar que éramos reais e no meio de toda esta fantasia há uma partícula minúscula de verdade. Portanto não, não tenho chapéu pontudo, nem voo numa vassoura, na verdade bruxas não voam e ponto final e também não tenho caldeirão.- Disse com expressão divertida.

-Mas, os vampiros tem caixões. Isso já é provado. Você tem um caixão?- Ele indagou.

-Não, mas meus parentes tinham. Eu me lembro da minha mãe colocando os caixões com os meus tios dentro do caminhão de mudança, tínhamos um quarto só para os caixões. O meu pai guardava o caixão da tia Rebekah, do tio Kol, do tio Finn e do tio Elijah numa masmorra secreta lá na casa da plantação. Muitas vezes com os meus tios dentro.- Eu disse sorrindo com as lembranças. Estava brincado de pega pega quando achei a masmorra e abri o caixão vendo o meu tio Kol lá dentro todo ressecado com a adaga no coração. Eu gritei que todo mundo veio atrás.

-Seus parentes? Sua mãe?- Questionou o apresentador.

-Imagino que já tenha ouvido o povo se referir a mim como... Tribrida. Esse nome tem um motivo de ser. Veja, não como os outros vampiros de quem já tenha ouvido falar ou mesmo que já tenha conhecido... eu não tenho criador. Eu nunca fui humana, jamais. Ahm, minha mãe, minha mãe biológica era uma lobisomem, minha vó paterna Esther Mikaelson era uma bruxa e o meu pai, meu pai biológico era... Klaus Mikaelson um dos primeiros vampiros do meu mundo. Geralmente, vampiros não podem procriar. Entretanto... no caso do meu pai... a magia o fez vampiro, mas ele nasceu lobisomem por isso quando ele dormiu com a minha mãe foi capaz de engravidá-la. Eu sou... uma bruxa Mikaelson primogênita, com uma mãe lobisomem e um pai vampiro.- Esclareci.

Pegando todo mundo de surpresa.

-Está dizendo que nasceu vampira?!- O apresentador parecia estar em choque.

-Exatamente. Eu sou Hope Andrea Mikaelson, filha de um Original o que deveria ser impossível, mamãe era lobisomem, papai era vampiro, linhagem de bruxas. É por isso que me chamam de Tribrida. Porque sou uma híbrida. De três criaturas diferentes. Tribrida.- Expliquei fazendo o três com a mão.

Foi uma procissão de perguntas sobre a minha família que eu fiquei feliz em responder porque me fez lembrar dos meus pais, dos meus tios e tias. Das memórias que eu tinha deles é meio agridoce. Mas, então como um bom ser humano curioso ele começou com as perguntas indiscretas.

-Pode nos dar uma demonstração de seus poderes? Pode virar lobisomem?- Ele perguntou.

-É melhor não. Pelo bem de todos inclusive o meu. Temos que pensar na segurança das pessoas não concorda?- Respondi.

-Sim, mas é seguro não é?- Ele questionou.

-Se estivesse frente a frente com um lobo, um lobo normal na floresta... acharia que é seguro brincar com ele?- Indaguei dando uma resposta polida.

Foram três horas de entrevista, respondi perguntas de todos os entrevistadores, da audiência e recebi hate quando o Reverendo Newling apareceu no palco sem dúvida fizeram isso para jogar lenha na fogueira.

-Vampiros são uma abominação. Bruxas são hereges!- Gritou o reverendo.

-Me diga Reverendo, o senhor acredita que Deus criou todas as coisas? Que tudo o que existe, existe pela Graça do Senhor?- Questionei.

Cara, ele ficou sem resposta. Até porque se uma pessoa religiosa acredita que Deus criou o mundo e tudo nele então... quem nós pensamos que somos para condenar o outro por ser o que ele é? Como Deus o fez. O Reverendo só disse que não discutiria com uma sub-humana.

-Então tá. Respeito sua decisão.- Respondi.

Não pude evitar de sorrir um sorriso sacana, maldoso. E lá se vai o respeito.

-Porque esse sorriso abominação?- Perguntou o Reverendo.

-Porque eu conheço o seu futuro Steve Newling. E algo me diz que vai se surpreender com o caminho que as coisas vão tomar. Espero estar por perto para ver o momento no qual finalmente o senhor se libertará desta jaula Reverendo. Deus criou todas as coisas, mas foi o homem que decidiu o que era errado. Lembre-se disso.- Eu disse sorrindo ternamente para ele.

Foi uma experiência inesquecível sem dúvida. Mas, acabou e eu voltei para casa, bem para a casa de Godric e avisei que tinha conseguido dar entrada numa casa só minha e que me mudaria na próxima segunda feira. E a reação dele foi a mais inesperada quanto possível.

Uma Tribrida em True BloodOnde histórias criam vida. Descubra agora