Indomável

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P.O.V. Eric.

Estávamos reunidos comemorando a vitória sob os lobisomens, quando de repente ouvimos o som de carne sendo estraçalhada seguido por um silêncio agourento. E então a cabeça do chefe da segurança do Edgington rola pela porta adentro sujando o chão de mármore de sangue. E parada lá em toda a sua glória estava a Tribrida.

Ela olhou bem para a cara do Rei da Louisiana e lambeu o sangue do guarda que estava na sua mão.

-Mm, até que é gostoso.- Ela disse numa voz monótona.

-Você tem muita coragem de aparecer aqui. Está tudo bem ela não pode entrar.- Se gabou Edington.

-Não posso? Porque motivo?- Ela questionou.

-Não blefe comigo, você não pode vencer.- O Rei assegurou.

-Vocês vampiros tem egos tão grandes. Você sabia que o Mestre se achava invencível e olha como ele acabou. Sozinho, dissecado num caixão deixado para apodrecer. Mas, não respondeu minha pergunta. Porque eu não posso entrar?- Ela perguntou.

-A minha amiga bruxa fez um feitiço para impedir qualquer vampiro inimigo de entrar. Precisa ser convidada.- Respondeu Russell.

-É mesmo vovó? Mesmo, mesmo?- Indagou Hope.

Um dos empregados vinha trazendo uma bandeja num carrinho então de repente ele atacou a bruxa. A esfaqueou, afundou a faca no coração dela matando-a. Deu para ver que ela foi pega de surpresa.

-A coisa sobre os feitiços é que todos eles tem brechas. E como diria meu tio Elijah o diabo está nos detalhes. Meu Deus que casa linda essa a sua, as colunas, coríntias, linda mesmo. Veja bem o feitiço de barreira, de proteção que a minha avó lançou era ancorado por uma bruxa, uma bruxa viva. E agora que a bruxa está morta... qualquer um pode entrar sem... precisar de convite.- Explicou a garota colocando lenta e graciosamente um pé dentro da mansão de Russell, o som do salto batendo no mármore parecia ensurdecedor.

Ela invadiu a Mansão do Rei da Louisiana dando-lhe um sorrisinho sacana e logo depois prosseguiu com o massacre. Ela massacrou todos os guardas, arrancou suas cabeças, seus corações, mordeu seus pescoços e sem demora estávamos sendo invadidos por um exército de criaturas, de híbridos que dizimou rapidamente os seguranças de Russell e partiu para cima dos Reis, Rainhas e Xerifes. Eles não os mataram só os morderam e os deixaram para morrer. A Tribrida sumiu no meio da confusão, vi Russell pegar um de seus amigos e apontar uma estaca de madeira para o peito dele.

-Eu não faria isso.- Alertou Hope. Ela tem Talbot como refém.

-Vou matar você sua besta!- Disse Edgington pouco antes de avançar, mas ela o repeliu usando magia. O fez atravessar a sala.

-Isso demonstra o quão pouco você me conhece, porque se conhecesse saberia que não há nada que possa fazer para me impedir. O mais triste de tudo é que... poderíamos ter sido bons amigos, mas você foi malvado comigo e machucou meus amigos. E eu não gostei.- Hope soava como uma menininha mimada, era como uma birra infantil.

Então ela olhou para mim e perguntou: -O que acha? Devo mordê-lo ou não?

-Eu não faria isso.- Disse e realmente eu não faria eu o estacaria.

-Não, imagino que não. Mas, eu sim.- Respondeu a garota. Num movimento rápido ela afundou as suas presas venenosas no pescoço do esposo do Rei da Louisiana.

-Talbot! Talbot!- Gritou Russell.

-Isso valeu muito as calorias.- Gabou-se a Tribrida.

Enquanto isso Russell ainda estava chorando, se desesperando.

-Oh, não seja um bebê ou vou te dar algo pelo o que realmente chorar, além do mais deveria estar me agradecendo, desta vez poderá estar com o seu amado nos seus últimos momentos. Você vai viver para assistir o seu marido apodrecer, vai poder estar com ele enquanto o meu veneno destrói lenta e dolorosamente o seu corpo, sua mente, vai poder ver esse lindo rostinho colapsar e virar uma pilha irreconhecível de pele e sangue. E assim terá aprendido a sua lição do jeito mais difícil.- Disse Hope com calma e até com certa pena.

-Sei que pode salvá-lo. Por favor, por favor salve-o.- Implorou Russell.

-Eu poderia, mas eu não quero. Você faz uma vaga ideia de quantos inocentes você matou naquele atentado? A explosão... matou quatrocentos e cinquenta e sete pessoas inclusive três crianças. A maioria não morreu da explosão eles morreram queimados, asfixiados. Passaram dias em agonia antes de morrer. Então sinto muito, mas acabou a piedade. Aproveite as consequências de suas ações.- Declarou a garota pouco antes de sair correndo levando com ela o seu exército.

O tempo foi passando e a situação foi piorando, os vampiros mordidos piraram, surtaram começaram a gritar, a se alimentar descontroladamente na tentativa de se curar e pouco a pouco eles sucumbiram aos delírios, á febre, a dor. E morreram. Eles iam explodindo um a um.

E então foi a vez de Talbot que estava nos braços de Russell quando morreu. Foi um momento de glória para mim, finalmente o assassino dos meus pais pagou com sangue.

-Você tomou a minha família de mim e agora tomei a sua. É, pois é eu posso ter dado á jovem Tribrida uma mãozinha abrindo a porta para o seu amigo lobisomem poder entrar e matar a bruxa. Enfim, estamos quites.- Falei pegando a coroa do meu pai de volta e saindo enquanto Russell estava chocado demais para reagir.

Ele estava no chão chorando, gritando e tentando em vão catar os pedaços do seu amado marido.

Uma Tribrida em True BloodOnde histórias criam vida. Descubra agora