P.O.V. Hope.
Eu acordei com o meu corpo todo dolorido, minha cara suja de terra e os meus ouvidos zunindo. Me levantei com muita dificuldade para ver aquele cenário de devastação. Os lobos caídos no chão feridos, a pele em carne viva, muitos mortos. Crianças chorando de medo, de pavor. Um bombardeiro suicida passou pelos meus feitiços de proteção e se explodiu pelas queimaduras havia wolfsbane na bomba. E como se tudo isso não bastasse de algum jeito uma horda de vampiros veio logo em seguida e começou a chacinar a matilha. Mordendo seus pescoços, arrancando seus corações, suas tripas.
Mesmo no meu estado eu fiz o melhor que pude para combatê-los. Usei feitiços derretedores de cérebro, usei magia para jogá-los longe. Mas, um dos cretinos me agarrou, nós lutamos, mas estou fraca, a explosão bagunçou meus sentidos e o mata-lobos não ajuda, para a minha sorte o vampiro cantou vitória antes da hora e eu tive a oportunidade de afundar as minhas presas no pescoço do infeliz. Foi a primeira vez que bebi sangue de vampiro e foi como... como receber uma injeção de força, de adrenalina, bebi, bebi e bebi o máximo que consegui. O que restaurou as minhas forças e fez a cura funcionar mais depressa.
Eu o larguei até porque com o veneno de lobisomem no corpo ele já está morto mesmo. E com as minhas forças restauradas usei tudo o que tinha para aniquilar os meus inimigos, eu os decapitei com minhas próprias mãos, arranquei os corações, mordi os pescoços, derreti os cérebros. Até sobrar só um deles. Quando um dos lobos ameaçou atacar eu o impedi.
-Eu preciso dele vivo!- Alertei.
-At sonom.- Coloquei o vampiro para dormir e o arrastei para dentro de uma das cabanas.
Depois de prestar socorro aos feridos com tudo o que eu tinha inclusive o meu próprio sangue, voltei para dentro da cabana para poder amarrar e interrogar o infeliz.
-Vocês por acaso não tem... correntes de prata, tem?- Perguntei.
P.O.V. Alcide.
Ela não está bem, está fraca. Mal se aguenta em pé e ainda assim está empenhada em lidar com o vampiro.
-Você nem fica em pé Hope. Como vai interrogar um vampiro potencialmente mil anos mais velho que você?- Eu disse.
-Eu preciso. Olha em volta, esses sem vergonhas invadiram nossas terras, passaram pelos meus feitiços de proteção e massacraram a nossa gente. Eles mataram crianças! Eu quero saber como fizeram.- Disse a Tribrida.
Quando perguntei o que havia de errado com ela, ela não quis me responder, entretanto não precisei de muito tempo para juntar as peças. Hope é vampira.
-Está com sede. Quer beber sangue, sangue humano.- Constatei.
-Parabéns Alcide, por isso você é o meu preferido. Você é aquilo que um lobisomem deveria ser, o que um alfa deveria ser. É um líder nato, inteligente que entende a pureza de ser um lobo, a nobreza de ter uma conexão mística com o nosso eu mais puro. É uma pena que aquela fada caipira e burra vai te levar para o túmulo do mesmo jeito que vai levar o Compton e metade de Bon Temps. Fique longe dela Alcide, ela está longe de ser uma vítima inocente, tudo que se aproxima de Sookie Stackhouse... morre.- Disse a Tribrida como um alerta.
Como ela mal se aguentava em pé e fez tudo para curar e salvar a matilha eu ofereci as minhas veias e ela aceitou. Não foi como dizem que é, eu não senti nenhum prazer com aquilo, doeu quando fui mordido, me senti fraco depois, mas sobreviverei. Depois de estar com as forças renovadas ela entrou na cabana dos Jonhson onde estava o vampiro, acorrentou-o a uma cadeira com pesadas correntes de prata e então fez um feitiço para que ele recobrasse os sentidos.
-Sua vadiazinha, vou fazê-la pagar por... AAA!- O vampiro gritou quando ela afundou seus dentes no pescoço dele.
-Não seja um bebêzinho ou vou te dar algo pelo o que realmente chorar. Agora, eu quero saber como passaram pelos meus feitiços, como descobriram a localização da matilha?- Hope perguntou.
-Eu não vou falar nada, vou morrer de qualquer jeito agora que você me...- Antes que ele pudesse terminar ela se mordeu e enfiou o próprio sangue pela goela abaixo do vampiro o que fez a mordida curar.
-Meu sangue e somente o meu sangue é a cura para toda a mordida de lobisomem. Seja um menino bonzinho e talvez eu te cure outra vez.- Disse Hope pouco antes de mordê-lo novamente.
-Agora, a resposta para minhas perguntas por favor.- Ela pediu num tom sério, era uma exigência disfarçada.
O vampiro teve que chegar á beira da morte verdadeira, mas respondeu. Disse que uma loba ruiva de olhos azuis, uma velha tinha nos dedurado e que uma bruxa tinha ajudado eles a derrubar os feitiços de proteção que Hope fez.
-Eu quero nomes.- Exigiu Hope.
-A loba eu não sei, Mary acho, mas a bruxa... é Esther.- O vampiro contou.
Depois de obter a informação Hope deu seu sangue para curar o vampiro, pouco depois ela o estacou matando-o.
-Eu disse que o curaria, não que o deixaria viver.- Ela justificou num tom maldoso.
-Esther. A árvore venenosa, bem suponho que não terei remédio se não podá-la duma vez.- Disse Hope num tom monótono e sem emoção.
Mary ruiva de olhos azuis, velha. Não. Não é Mary, é Martha e falando no diabo a loba apareceu e ficou absolutamente chocada vendo o cenário de total devastação no qual o acampamento havia se transformado. A explosão da bomba deixou uma cratera enorme no meio do pântano, alguns dos trailers tinham sido virados pelos vampiros, muitos dos nossos morreram no ataque. Os corpos ou o que sobrou deles estavam sendo empilhados para serem cremados.
-Olá Martha. É bom ver você de novo. Está orgulhosa do seu trabalho? Olha em volta todos os que morreram, esses cadáveres, o sangue deles está nas suas mãos, afinal os vampiros jamais teriam chegado até aqui se não tivessem recebido uma dica de uma lobisomem de olhos azuis e cabelos ruivos já com uma certa idade.- Falei muito irritado.
-Eu... falsas acusações. Vampiros mentem.- Disse Martha.
-Não. É você que está mentindo, seu pulso está acelerado, seu coração parece que vai explodir, está suando, as pupilas estão dilatadas. Nos dedurou e se eu tivesse que adivinhar o motivo eu diria que fez isso por vingança por eu ter matado Marcus num duelo do qual ele aceitou participar seguindo as regras dos lobos.- Falou Hope.
Não tive escolha se não expulsá-la da matilha. Depois disso de todas as mortes, da dor da perda, da chacina que os vampiros fizeram... os lobos aceitaram a oferta da Tribrida, fizeram fila para serem transformados porque estavam putos da vida e queriam sangue assim como eu. E logo... tínhamos um exército.
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Uma Tribrida em True Blood
FantasyEu já tenho postada uma fanfic da Hope indo parar no universo True Blood, mas decidi melhorar. Depois de descobrir que é capaz de viajar entre os mundos Hope decide testar suas novas habilidades e acaba indo parar no Universo onde Vampiros existem e...