Uma Tribrida em True Blood

Quanto mais alto se sobe, maior é a queda.

P.O.V. Isabel.

Eu estava na sacada quando vi um corpo caindo e então depois de uma queda longa o corpo atingiu o chão quebrando-se como um ovo jogado no chão, a cabeça abriu, os ossos se quebraram todos, o pescoço retorcido numa posição não natural e quando eu consegui ver o rosto da pessoa... fiquei chocada. Era a bruxa de Eric. Sai encontrando-me com Stan no corredor e pela cara dele... ai meu deus!

-O que foi que você fez?!- Perguntei preocupada, temendo pela sua vida.

-Eu não fiz nada. Cuida da sua vida.- Respondeu Stan.

Algumas horas se passaram, Godric estava lamentando a morte da bruxa dizendo que ela fez algo por ele, deu-lhe um presente inestimável pelo qual ele sempre seria grato e de repente, fez-se um silêncio sepulcral e todos encaramos chocados aquela figura entrar pela porta do salão de festas. Sua roupa estava imunda cheia de sangue, sujeira, tudo rasgado esfarrapado, mas a bruxa estava viva e tinha em mãos uma estaca de madeira. Nos olhos dela eu vi profunda tristeza e fúria. Uma fúria que queimava.

Ela olhou para Stan com a estaca na mão, dos seus olhos vertiam lágrimas como se estivesse decepcionada, triste, chateada. Parecia até um tanto desequilibrada, louca.

-Eu me pergunto... afundar uma estaca no peito de alguém que veio ajudar por livre e espontânea vontade, tentar matá-la enquanto dorme e depois... quando isso falha, chutá-la e atirá-la por uma janela. Isso não seria muito humano, seria?- Ela questionou encarando Stan.

A garota começou a chorar de tristeza, de decepção.

-Não como vocês eu sinto muito profundamente. Eu sinto as coisas, coisas como gratidão, como tristeza e ira. Traição. Sabe, eu não planejava contar. Eu teria deixado para lá, te perdoado, ninguém jamais saberia, afinal... todos cometemos erros, fazemos coisas para nos protegermos, para proteger aqueles que amamos, agimos por impulso... e ai nos arrependemos.- Falou a menina chorando, as lágrimas escorriam pelo seu rosto.

-Me diga Stan, qual é a definição de humanidade?- Indagou a garota.

Ele não respondeu.

-Como você chamaria alguém que pode matar uma pessoa sem nunca tê-la conhecido antes, sem nem ter lhe dado... uma chance?- Perguntou novamente.

Ninguém entendia nada do que estava acontecendo. Bom, alguém entendeu.

-Está acusando Stan de tê-la atirado de uma janela? Ele te atirou pela janela?- Questionou o Xerife.

-Não estou acusando ele de nada. Só quero saber porque. O que eu já fiz... para você querer me matar, tentar me matar. Duas vezes. Eu não queria ser assim, não queria me sentir assim! Eu só queria ajudar. Eu não queria, mas acho que sou tão louca e imprevisível quanto a minha vó.- Disse a menina pouco antes de se mover numa velocidade humanamente impossível ficando frente a frente com Stan.

Porra ela é uma vampira! Como assim?

-Não respondeu minha pergunta. Porque tentou me matar? O que eu já fiz para você tentar me matar?- Ela questionou.

-Eu... eu...- Ele não conseguia responder.

-Vou te ajudar.- Falou a moça.

Então ela olhou nos olhos de Stan e perguntou novamente, desta vez ele respondeu. Conheço esta reação, ela... ela o glamourizou. O que?!

-Eu tentei te matar porque você é uma porra de um lobisomem.- Respondeu ele.

-Obrigado pela sua honestidade.- Agradeceu a menina num tom calmo, frio.

-Como você fez isso? Como diabos você pode me glamourizar, um vampiro não pode glamourizar outro é impossível.- Disse Stan apavorado.

-É, acontece que eu... sou uma tipo especial de vampiro. Porque sou uma Original, por isso posso compelir você. Por isso...  agora está nas minhas mãos. Vai fazer o que eu mandar quer queira quer não. Agora, quero que pegue isso e enfie no seu coração.- Disse a garota oferecendo a estaca para Stan.