Capítulo 2

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Um pequeno aviso antes do capítulo... Pra quem já leu o primeiro capítulo, havia um erro de versões e onde estava escrito o nome do Neymar era pra ter sido do Henrique. Desculpem pelo erro. Quando eu escrevi esse capítulo a primeira vez, a história era dele e na hora de postar eu não reparei o erro. A partir de agora já está tudo corrigido, inclusive o capítulo anterior que eu repostei.
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O som do telefone vibrando contínua e insistentemente fez Marília despertar um pouco do sono tão pesado que tinha. Era difícil assimilar o que estava acontecendo, o quarto em que estava era estranho, o som chato de notificações continuava soando, mas ela não sabia de onde vinha e não foi tão rápido pra se acostumar com a claridade.

Quando finalmente encontrou o celular debaixo do travesseiro, desbloqueou a tela, viu a chuva de mensagens que tinha, e entrou na conversa com o irmão mais novo.

Caralho, onde você tá?
As meninas falaram que o Henrique foi atrás de você, mas eu não consigo falar com ele porque ele também sumiu. Espero que vocês estejam juntos porque se você estiver com aquele babaca eu juro que vou ficar muito puto com você
Lila, é sério, tô preocupado contigo
Me fala que você tá bem e onde você tá, por favor
Eu tô começando a pensar em ligar pra polícia
As nanica tão surtando aqui do meu lado

Meu Deus, pra quê esse desespero todo?
Tô bem <3 Obrigada pela preocupação 😘

Eu quero te matar
Tô todo preocupado e você achando graça...
Onde cê tá?

Não sei
Eu não lembro de muita coisa depois que saí do estádio
Tomei um remédio pra dormir tão forte que apagou até a minha memória
Acho que tô em um hotel
Com o Rique

Menos mal
Tô aliviado por saber que ele tá com você
Ele disse que você iam encontrar a gente, mas vocês não apareceram

Relaxa, tá tudo bem

— Seu despertador é diferente. — não que ela nunca tivesse visto ele assim, mas ver o Ricelly sair do banheiro apenas com uma toalha na cintura e com o cabelo completamente molhado, denunciando que havia acabado de tomar banho fez o coração da loira acelerar. Não porque sentiu aquelas borboletas no estômago, mas porque os dois não tinham tanta intimidade assim pra isso... e ela desejou com todas as forças que esse limite de intimidade não tivesse sido violado em momento nenhum da noite que ela começava a se preocupar por não lembrar.

— São só mensagens, besta. — mesmo que sua mente gritasse em dizer que aquele medo era loucura, Marília tocou o corpo por debaixo do cobertor, para se certificar de que sua roupa ainda estava lá. Ela deu um suspiro aliviado quando sentiu o jeans da calça e viu que ainda estava com o casaco que Henrique havia a emprestado. — Só pra... tirar uma dúvida, o que rolou ontem a noite depois que a gente saiu do estádio?

— Cê disse que não queria ir pro hotel que todo mundo tava, então viemos pra cá. Você tomou dois calmantes e apagou. Aí teu telefone começou a tocar e você acordou e agora eu tô te explicando isso. — suspirando mais uma vez em alívio, ela riu e balançou a cabeça negativamente. — Por quê tá me perguntando isso?

— É uma história engraçada... — e completamente maluca e humilhante de ser dita em voz alta, ela pensou. — eu acordei um pouco... desnorteada, sem saber onde tava e vi você... só de toalha e pensei que... — sem graça e sem saber como continuar a frase, ela coçou a cabeça em desconforto. — e-eu pensei que...

— Que a gente tinha transado? — ele perguntou rindo, voltando pra dentro do banheiro.

— É, e eu tô me sentindo uma idiota por isso.

Luz Negra - Disfarce 1Onde histórias criam vida. Descubra agora