Declaração

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Assustei com uma movimentação no corredor e me levantando pensando que algo tinha acontecido. Sigo o meu pai que entra no escritório e me deparo com dois caras e Sarah, que estava chorando muito nervosa. Meu pai lhe entregou um copo de água e notei que estava tremendo. Me aproximo preocupada.

一 Tudo bem?

一 Oh, minha querida. - Ela me abraça e eu retribuo tentando passar um conforto. 一 Eles encontraram meu filho.

Olho para ela surpresa, sabendo toda a história da separação dos dois. Acabo me emocionando também.

一 Como assim?

一 Eles não sabem ainda onde exatamente ele está. Só sabemos que continua aqui nos Estados Unidos e que está fazendo faculdade. - Meu pai explica.

一 Nunca tivemos uma pista sequer desde que ele fugiu.- Sarah se afasta limpando o rosto. 一 Saber que meu menino pode estar aqui nessa cidade, me deixa tão ansiosa e esperançosa, Danni.

一 Esse dois são os detetives encarregados do caso. Eles disseram que o jovem rapaz vive sozinho e que não foi registrado com outro nome. - Meu pai diz e olha para ele.

一 Então quer dizer que ele ainda tem o registo de vocês?

一 Sim. Meu filho está vivo! - Ela diz e eu fico pensando, se ele tivesse o mesmo nome não tornava mais fácil encontrá-lo?

A abraço com carinho, pois estava feliz por estar avançado nas investigações. Mas me afasto para olhar seu rosto quando sinto seu corpo gelado e a vejo pálida começando a gemer de dor.

一 Ai, meu Deus. Ela não está bem. - Meu pai vem e ajuda a pegou no colo no momento em que ela desmaia.

一 Vamos para o hospital. - Meu pai diz descendo as escadas. Corro para o meu quarto e visto um sobretudo já que estava apenas com baby doll e pego a bolsa dela com os documentos. Encontrei meu pai no carro e fomos para o hospital. Chegando lá, ele entra com ela e eu fico na sala de espera angustiada.

Quando chegamos ao hospital era umas seis horas da manhã, e não vi o tempo passar até que meu celular tocou com uma ligação de Rachel.

一 Amiga, não vai vir para a escola hoje? - Afastei o celular do ouvido e vi que já eram oito e meia.

一 Nossa, eu esqueci da escola. - Cocei os olhos e respirei fundo.

一 Como assim? Aconteceu alguma coisa?

一 A Sarah, ela passou mal e vim para o hospital com meu pai e ela. Os dois estão lá dentro há um tempo e eu fiquei aqui fora esperando.

一 Nossa, espero que seja só um susto mesmo.

一 Eu também.

一 Então você não vem hoje?

一 Não, nem só pela Sarah, mas também estou de suspensão. Ainda tem mais dois dias.

一 Ah, é mesmo.

Ela encerra a ligação quando o professor entra na sala e no mesmo instante meu pai aparece.

一 A Sarah teve uma parada cardiorespiratória. - Ele senta ao meu lado e apoia as mãos na cabeça respirando fundo.

一 Isso já aconteceu há dois meses e eu não fazia ideia. Foi quando ela estava na empresa e eu viajando. O médico pediu para ela se afastar mais do trabalho ou só iria piorar. Por isso que eu estou tomando conta, assumindo seu lugar em reuniões, só para ela não se estressar, mas eu achava que era para prevenir isso, e não porque já aconteceu. O médico pediu novos exames.

Coração AtrevidoOnde histórias criam vida. Descubra agora