Diana Delacour x Sebastian Sallow

Capítulo 14

Pela manhã Ominis revisou tudo o que diria ao jornalista, revisamos todos os pontos e ele foi após o almoço, no dia seguinte à notícia seria divulgada e o céu cairia sobre nossas cabeças.

*****

As mesas do Salão Principal estavam lotadas como em todas as manhãs, em breve as corujas viriam entregar a correspondência.

Uma a uma elas foram entrando e soltando cartas, berradores, bilhetes e o jornal aos alunos.

A mão se Sebastian segurou a minha, logo o inferno iria começar. Em menos de 5 minutos todos os olhares se destinaram a mim, todos os comentários possíveis foram feitos, desde mentira, verdade, pena e vingança.

O nome Gaunt preencheu o Salão e até mesmo Ominis foi apontado, seu nome estava no anúncio como fonte de referência.

A diretora Weasley teve que intervir para manter a ordem, não consegui permanecer ali, eu tive que sair, meus amigos vieram comigo e meu destino seria a cripta, mas logo fomos alcançados pela diretora.

-Senhorita, essa história é verídica? -ela pergunta.

Ominis intervém contando tudo, pela ajuda que tive anteriormente me vi na obrigação de contar a diretora sobre o outro lado envolvendo o objetivo dos Gaunt, minha Magia Ancestral, a parte do repositório estar agora comigo não foi dita, mas o segredo não iria durar muito.

Os olhos dela se voltaram para o meu pulso, mesmo coberto com a capa ela percebia algo, da mesma forma ela olhou para Sebastian, mas não comentou nada.

-Você tem o total apoio de Hogwarts querida, aqui é sua casa, só peço para que não deixe de ir às aulas, os N.I.E.M.S irão determinar seu futuro, e o agora é passageiro.

Concordo com ela mas decidi que talvez seja melhor pular a primeira aula.

Na aula a seguir que seria de feitiços, o professor Ronen me para antes que entre na sala, avisa que alguém do Ministério foi enviado para falar comigo e Ominis, ambos já me esperavam na sala da diretora.

Não tive escolha senão ir, pelo menos não estaria sozinha. Por onde quer que eu passasse era ouvido o nome Gaunt, nunca achei que teria tanta aversão como depois de hoje.

A diretora me espera na subida das escadas para sua sala, Ominis já está sentado em uma das cadeiras e o enviado do Ministério em pé ao lado do assento da diretora.

-Vamos direto ao ponto, sabem porque estou aqui e o que será perguntado, e não preciso lembrá-los que mentir aqui será considerado um crime. -diz o homem.

-Faça suas perguntas. -digo.

-Comece do início.

Ele pega um bloquinho de notas e uma pena esperando que eu comece a falar.

-Certo, meus pais foram mortos pela família Gaunt, queriam manter seu padrão de sangues-puros e meu pai um Gaunt se relacionar com uma trouxa não era aceito. Eles os mataram para evitar que nascesse uma criança mestiça e manchasse o nome da família, teriam me matado ainda bebê se meus pais não tivessem conseguido me esconder, mas mesmo depois de muito tempo eles me acharam, chegaram a ir no orfanato do Mundo Trouxa que morei desde que me lembro, mas o professor Fig já havia me levado, em suas pesquisas sobre mim descobriram a Magia Ancestral e se acendeu a ganância.

O homem anota de tudo, conforme falo em voz alta minha ficha cai, o quão problemático e pesado é o fardo, uma garota que nem fez 17 anos ainda tem que lidar com um poder desconhecido além do fato de ser caçada pelas pessoas que deveriam me proteger.

Sinto minhas emoções crescendo cada vez mais, meu peito dói e a pressão que sinto em minha cabeça é como se fosse explodir, a mão de Ominis aperta a minha. Ele começa a contar como seu pai sempre contava a história da família ter matado seu tio, e como usavam isso para ameaçá-lo, para ficar na linha.