Capítulo 13

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- Ah, então para além de fraca, também és uma cabra! Tens uma pequena discussão comigo e ligas logo a outro homem para foderes?

Não sabia como responder a isto. Ele fez-me  tanto mal e agora ainda me vinha chamar nomes?!

Derek estava à minha frente, entre mim e Nick, como forma de proteção. Ficou tão irritado com ele, que disse:

- A culpa não é dela de tu seres um filho da mãe mimado que não soube protegê-la! Se a tivesses tratado como merece ser tratada, provavelmente era tua! Mas decidiste ser um cabrão horrível, que não soube lidar com os seus próprios sentimentos e despejou-os na pessoa que era suposto proteger. E depois de tudo isso, ainda vens para aqui chamar-lhe nomes?! Mas quem é que pensas que és? Se quiseres, por uma vez, ser um homem decente, o melhor que tens a fazer é desaparecer e eu nunca mais te ver! E, se eu fosse a ti, era rápido porque a polícia já vem a caminho.

Nick desapareceu da porta. O que ele não sabia era que a policia já lá estava à sua espera.

De repente, lembrei-me das crianças.

- Derek! Elas vão ver-te! 

- E não queres que elas me vejam?

- Não assim de repente! Quero explicar-lhes, com calma, saber o que elas pensam!

- Pois, mas tu estás num estado horrível, precisas de ir ao hospital fazer uma TAC e elas devem estar acordadas dentro dos quartos, com medo de sair.

- Liga à Maggie! O meu telefone está ali. - apontei para o lado, o sítio onde tinha sido espancada.

Derek ajudou-me a sentar. Já começava a conseguir mexer o mínimo. Agarrou no telefone, ligou à Maggie, pôs em alta voz e envolveu-me nos seus braços. Passado alguns segundos, colocou-me no seu colo e envolveu os nossos braços à frente da minha barriga. Beijou-me a testa e as bochechas, em seguida o pescoço e depois olhou para mim com aqueles olhinhos que eu não conseguia resistir e perguntou baixinho:

- Posso?

Acenei e depois de tantos anos, encostou os seus lábios nos meus. Que sensação. Que saudades da sua boca, da sua língua, dos seus braços, das suas mãos que sabiam sempre onde eu mais gostava que elas estivessem... De tudo. Que saudades do seu sabor. Um sabor doce que me sabia a lar. Um sabor único, que nunca consegui sentir na sua ausência. Tentava puxar-me mais para si, pela cintura, e agarrava-me na cabeça com a outra mão. Eu segurava-me ao seu pescoço e ia passando as mão naquele cabelo perfeito de que tanto senti falta. Primeiro foi um beijo lento, calmo, mas rapidamente foi acelerando e se tornando selvagem.

Teríamos ficado ali, envolvidos um no outro por horas, dias, semanas... Mas fomos interrompidos pela voz de Maggie.

- Estou? - Os nossos lábios separaram-se, mas tudo o resto não se mexeu. Derek puxou-me para mais perto de si e encostou a minha cabeça no seu pescoço, enquanto me fazia carinho na coxa. Eu respondia:

- Maggie, olá! Olha aconteceu uma situação... Já está tudo bem. Mas eu preciso de ir ao hospital e não tenho ninguém para ficar com as crianças. Eu prometo que explico tudo depois, mas vem rápido, por favor. Elas devem estar mega assustadas, nem sei se estão acordadas ou não. Se não estiverem, não as acordes. Mas elas não me podem ver assim... Não tenho tempo para explicar vem só, por favor.

- Estranho, mas okay.

Eu disse que ia melhorar! Aproveitem!

Beijão! 💖❤️

A nossa história... Outra vezOnde histórias criam vida. Descubra agora