Capítulo 15

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- Eu vou falar com elas, primeiro sobre Nick e depois sobre ti, okay? Vamos ver a reação delas e quando eu te der sinal podes entrar, Combinado? - Já estava mais calma e pronta para enfrentar a realidade.

Derek acenou com a cabeça e ajudou-me a levantar.

Entrei em casa e subi as escadas, para ir ter com a Maggie. As crianças estavam entretidas a brincar no garnde quarto do Bailey, por isso, Maggie saiu sem elas perceberem para vir falar comigo.

- Então, de certeza que tens muitas perguntas, mas ainda não te posso responder. Se quiseres vai lá abaixo, sai e vais encontrar quem te dê respostas, mas só com uma condição: não podes ficar espantada durante muito tempo, porque depois eu preciso que não estejas em choque, percebeste?

- Sim... Acho eu...

- Boa, até já.

Entrei no quarto, e fui envolvida por abraços, enquanto ouvia

- Mãe! estávamos preocupados. 

- Eu sei. Prometo que vos explico tudo!

- O que tens na cara?

- Sentem-se aqui, vou explicar-vos tudo. - Respirei fundo. - Então, no domingo à noite devem ter-me ouvido a discutir com o Nick, certo? - Eles acenaram, então prossegui - Zola, lembraste de eu te dizer que às vezes os casais discutem e isso é normal. Mas que, há outras vezes em que essas discussões vão longe demais?

- Sim. A tua discussão com o Nick foi uma dessas outras?

- Sim, infelizmente, sim. O Nick ficou muito chateado com a mãe por uma coisa e não soube controlar a sua raiva. Ele magoou-me muito! Por isso, eu fui para longe dele. Compreendem isto?

- Mas foi ele que te fez isso? - Ellis apontou para a minha cabeça. 

Eu acenei. - Foi, foi ele.

- Então nunca mais vamos ver o Nick? - Perguntou Bailey.

- Isso é uma pergunta difícil. Talvez o voltem a ver, se se sentirem confortáveis e quiserem, mas só em sítios com alta segurança e sempre comigo por perto. Para além disso, dentro desta casa, nunca mais o veem. Querem fazer mais alguma pergunta? Podem fazer, está tudo bem. 

Ninguém falou. Era hora de lhes contar sobre Derek.

- Está bem. Há mais uma coisa. É muito chocante e inesperada, okay? - Acenaram - E não faz mal se não aceitarem muito bem. 

- Mas é uma coisa boa ou má? - Ellis era a mais impaciente. 

- Depende. É boa, mas é tão boa, que provavelmente vocês consideravam impossível de acontecer e não sei como vão reagir.

- Conta logo, mãe! - Disse o Bailey.

- Pronto. Então... Sabem que o vosso pai morreu há já alguns anos. Ele teve uma morte cerebral. Mas acontece que ele acordou, já depois de os médicos o terem considerado morto. - Os seus rostos iluminaram-se - No entanto, não se lembrava de nada, quem era, onde estava, os seu passado... Nada. Por isso nunca nos procurou. - Voltaram a ficar tristes e Zola já estava a chorar. Parei para a abraçar. - Então Zola, eu disse que era uma coisa boa! Ouve até ao fim. Continuando, ele nunca nos procurou porque não se lembrava de nada, mas há cerca de 6 meses começou a lembrar-se de algumas coisas e agora já tem a memória completa.

- Isso quer dizer que ele está vivo? - Disseram em coro - E lembra-se de tudo?

As crianças já sabem!!! Está tudo a compor-se!
Beijão! 💖❤️

A nossa história... Outra vezOnde histórias criam vida. Descubra agora