06: Amigos ou inimigos?

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Me espergueicei na cama cansado, que horas seriam? Eu devia estar atrasado para o trabalho.

Meio zozo levantei, minha cabeça doía, a azia em meu estômago era forte, o que tinha acontecido ontem a noite?

Focando minha visão analisei o cômodo onde eu estava, aquele não era meu quarto, nem mesmo minha casa.

O quarto possuía tons cinzas, curtinhas compridas cobriam o que parecia ser a passagem para uma sacada, as paredes eram um tom marrom claro, algo simples, pude ver no canto do quarto uma grande estante repleta de livros e do lado uma poltrona que parecia confortável.

Desconfortável sai do quarto e desci as escadas até o andar de baixo, mas não encontrei ninguém na sala. Me sentia perdido, de quem seria aquela residência?

Ouvi barulhos vindo de um corredor a minha direita, sem opções, decidi por fim seguir o barulho.

No fim do corredor pude avistar uma silhueta de frente para o fogão, aquela deveria ser a cozinha.

A pessoa possuía costas largas e o cabelo estava amarrado em um coque, não poderia ser... Não mesmo.

- Que bom que acordou, achei que a cachaça tinha lhe matado - Ele falou me pegando de surpresa, pisquei confuso, não me lembrava de nada da noite anterior, mas eu nunca bebi ao ponto de me esquecer de tudo.

- Severus? Onde estou? - Perguntei ignorando sua fala, e procurando algum lugar para me sentar. Logo eu estava sentando diante a mesa, observando o moreno cozinhar.

- Não me diga que você esqueceu da nossa noite? - Falou se virando para mim com um olhar triste, minha garganta fechou.

Eu e o Snape?

Não precebi que tinha ficado a muito tempo caldo até ouvir sua risada.

- Você realmente acreditou nisso? - O pocionista ria zombando da minha cara, era um lado do sonserino que eu realmente não conhecia, nem mesmo sabia que ele podia fazer piadas.

- Poderia parar de rir da minha cara e me falar o que estou fazendo aqui? - Falei gesticulando para o lugar.

- Bem... depois que eu pedi aquela garrafa você engatou em outras, bebeu para um caralho - O pocionista falava fazendo uma careta - Você até mesmo começou a desabafar da sua miserável vida para mim.

O sonserino tinha um sorriso nos lábios, agora eu sabia que tinha me dado mal. De todas as pessoas do mundo para saber meus segredos eu tinha que ficar bêbado logo com Severus Snape?
espero não ter falado nada confidencial.

- Até que você estava tão mal que nem falar conseguia, e um de nós tinha que te levar pra casa, como Gryffin e Chris moram perto eles foram juntos, e sobrou para mim cuidar da Cinderela - Severus revirou os olhos ao que pareceu se lembrar de algo - Mas como eu não sabia onde a princesa morava, tive que te trazer para minha casa.

Foi então que me toquei, aquela poderia ser a casa do Snape.

Após ser da informação passei a observar melhor ao meu redor, a cozinha parecia com qualquer outra normal, tinham uma janela que mostrava um capo, ao que parecia não havia outras casas por ali, o dia parecia nublado e frio, estranho para o verão.

Em uma das paredes da cozinha um quadro estranho estava pendurado, nele havia o que pareciam ser pessoas, pois o traço estava turvo demais para ter certeza, as pessoas pareciam está em desespero, como se tentassem se libertar de algo, mas nada as prendia.

- Gostou do quadro? - O pocionista falou pondo um prato em minha frente.

- Ele é... interessante - Falei encarando a comida que ele tinha posto em minha frete; torradas, becon e omelete.

- Não parece do tipo que gosta de arte - O Professor sentou em minha frete, pondo duas chaleiras na mesa  - Café ou chá?

- Café, e não, realmente não sou tão chegado a arte - Respondi começando a comer, quem diria que um dia eu dividiria a mesa com Severus Snape e que iríamos conversar normalmente.

- Acho que deveria começar a ser - Falou dando uma grafada na comida. Levantei as sobrancelhas confuso para o moreno, ele pareceu que ver minha confusão e não tradou a explicar - Sabe, por causa do caso. Talvez a peculiaridade do assassino esteja relacionada à isso.

Acenei a cabeça entendendo, ele realmente estava certo, mas como eu iria conseguir ligar os pontos se eu não sabia o mínimo do assunto.

- Acho que você deveria ir em museus trouxas, isso além do fato de que o assassino tem muita chances de ser um mestiço - O sonserino não parava de falar,  confesso que minha dor de cabeça estava piorando, mas era legal ouvir suas idéias.

- Você parece saber do assunto, por que não me ajuda nisso além das poções também? - Falei olhando para seu rosto que continuava neutro.

- Prefiro não me envolver tanto com você, mas agradeço o convite - Olhei para o professor indignado, ele não queria minha companhia era isso?

- Achei que éramos amigos agora.

- Amigos é uma palavra forte, que tal conhecidos? Conhecidos que conseguem passar tempo juntos sem se matarem - Confesso que sua fala me fez rir um pouco, mas o que eu podia esperar, não é como se ele fosse me perdoar e virariamos melhores amigos.

- Acho que assim está bom, mas realmente gostaria de sua ajuda - Insisti, eu não podia recusar ou ignorar nenhuma possibilidade.

- Se insisti tanto posso te passar a lista de alguns museus locais, mas prefiro não ir com você - Fiz uma careta ao ouvir sua fala mas por fim aceitei, era melhor que nada, e eu realmente não gostaria de pedir para Gryffin cuidar disso, ando cobrando demais do garoto.
Comemos em silêncio o resto da refeição, depois me despedi do Snape é fui para casa, afinal eu ainda teria que passar no trabalho.

Chegando em casa a sensação de solidão me abalou como sempre, e começo a pensar que ter passado esse tempo com o Snape não foi tão ruim, ele era uma companhia agradável.

Estava indo tomar um banho quando uma coruja começou a bicar minha janela. Abri a mesma para a ave, logo retirei a carta que estava presa em sua perna, a coruja era desconhecida para mim, observei o bicho ir embora antes de abrir o recado.

Arregalei  os olhos com o conteúdo do papel, Lily me convidava para tomar um chá com ela.

Fazia alguns meses que não nos falávamos, o que ela poderia querer?



Olá querido?
Como vão? Espero que bem!

Esse foi o capítulo de hoje, espero que tinham gostado e me desculpem pelos erros.

Gente como vocês devem ter percebido Voldemort não está vivo nesta fanfic, mas ele existiu, o negócio é que não houve profecias, horcuxs esses caraios, ele foi morto por Dumbledore no começo da formação da sua seita de comensais.

Só achei que deveria explicar isso pra deixar claro.

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