Pt.2 Julgamento

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Após a senhora Huffly, outra testemunha entrou, para a minha surpresa e a dos outros aurores era nada mais nada menos que Brunilda Tanaks.

A jovem garota com sempre exalava um ar confiante, sem delongas ela se sentou na cadeira e olhou em volta da sala.

Ouvi diversos cochichos da plateia, sem dúvidas muitos eram com pena da garota. Mas duvido muito que se eles a conhecesse com eu conhecia iriam ter pena do mesmo modo.

- Anne Brunilda Tanaks, jura dizer a verdade, somente a verdade e nada além dela em nome de Merlim - A mesma ladainha que foi feita com Huffly foi feita com ela.

- Juro - Ela disse de maneira direta.

- Darei voz a defesa - O ministro falou, e Michel rapidamente se levantou.

- Sra.Tanaks, você é aluna do meu cliente, certo?

- Sim.

- Seu pai e o Sr.Snape já tinha se encontrando antes?

- Não, eu sempre procurei manter meu pai bem afastado dos meus assuntos - E ali estava Brunilda, mas apesar da fala rude parece que apenas eu reconhecia o ódio da mesma pelo falecido pai.

- Então a senhorita pode confirmar que eles nunca se encontraram antes?

- Não, meu pai era um homem misterioso, ele tinha uma vida que muitos não tinham ciência, talvez eles já tivessem se conhecido, ou pelo menos o professor o deveria ter conhecido - A garota falou entediada, olhei para Severus em busca de alguma reação a fala da garota, infelizmente nada.

- Então o Sr.Snape poderia ter o conhecido, mas haveria alguma razão para matá-lo? - Michel perguntou ajeitando o óculos sobre o nariz.

- Creio que sim, Jordan era um porco, duvido que teria compaixão por ele se soubessem de tudo - A garota falou dando um sorriso afiando, e todos pareciam ter finalmente compreendido o sentimento da garota pelo pai, e a pena que sentiam dela deu lugar para indignação, os murmúrios se espalharam pelo local, fazendo o ministro pedir silêncio.

- Sem mais perguntas - Michel então se sentou.

- Dou a vez agora para a acusação - Gabriel se levantou com rapidez e andou até a frente garota.

- Você diz crer que havia motivos para que seu pai morresse...

- Sim - Brunilda falou o interrompendo, sorri para o ato, eu me lembrava muito bem o quanto ele odiava ser interrompido.

- Não acha que um ódio adolescente pelo seu pai é muito para desejar que ele morresse? - Gabriel agora tinha um sorriso cruel no rosto, mas para a surpresa dele e nenhuma minha Brunilda pareceu não se abalar.

- Bom, se eu soubesse que seria tratada apenas com mais uma adolescente com raiva do pai eu não teria aceitado vir depor nesse tribunal - A garota respondeu afiada, tenho que confessar, por mais que não goste da garota ela tinha seu prestígio.

- Não quis dizer isso...

- Oh, mas você quis sim - O tom de deboche da garota era óbvio - Talvez o senhor tenha sido um amigo íntimo do meu pai, pois parece conhecê-lo melhor que eu.

Todos encaravam a garota perplexos, Gabriel agora parecia não ter o que falar.

- Sem mais perguntas - Ele respondeu, e se dirigiu de volta a seu lugar. Os aurores se aproximaram para levar a menina embora, pude perceber que ela deu um sorriso meigo para Severus antes de ir, o que me pegou de surpresa.

Brunilda sabia sorrir? E ainda mais tinha sorrido para Severus no meio de seu julgamento.

Deixando isso para lá, o ministro resolveu dar uma pequena pausa após a conversa com a jovem.

Logo todos estavam espalhados, me afastei um pouco dos aurores, precisava de um pouco de ar. Olhar para Severus sabendo que a qualquer momento ele iria ser preso pelo resto da vida ou condenado a morte me dava calafrios.

Talvez fosse pelo nosso recentemente envolvimento, ou por como olhar para ele me fazia ter vontade de despi-lo e enchê-lo de beijos. Merlim, eu não podia, aquele era um assassino impiedoso, que tinha matado 10 bruxos e nem mesmo tinha uma razão para fazê-lo.

Expulsei aqueles pensamentos da cabeça, Severus era culpado e deveria ser julgado como tal.

Estava encostado numa parede próxima à entrada da sala do julgamento quando Chris me abordou, já fazia um bom tempo que eu não falava com ele, embora o visse constantemente na companhia de Gryffin.

- Olá, James - Ele falou pondo uma mão sobre meu ombro e sorriu de leve para mim, respondi um oi curto e sem animação.

- Acha que ele vai pegar o Beijo do Dementador? - Ele perguntou se encostando ao meu lado.

- Provavelmente - Respondi no automático.

- Sabe, para um bruxo que acabou de finalizar o maior caso de sua carreira, você não parece muito animado.

- É só mais um caso... - Dei de ombros como se não me importasse.

- Hum, eu queria saber se era uma boa ideia lhe contar isso, agora acho que sim - Olhei para o ruivo confuso - Poderia me seguir por favor.

Sem esperar mais nenhum segundo o ruivo saiu andando, esperando que eu o seguisse, por mais suspeito que isso parecesse minha curiosidade foi mais alta e logo eu me via seguindo o mesmo.

Caminharmos bastante até chegarmos a uma parte deserta do ministério. Chris parrou de frente a uma porta e a abriu, revelando que dentro continha apenas velhos livros. Olhei confuso para aquilo, era isso que ele queria me mostrar, um grande estoque de livros empoeirado? Mas quando eu menos esperava, ele puxou um dos livros, revelando uma passagem secreta, por onde entrou rapidamente, e eu não tive outra escolha se não segui-lo. Caminhamos por um corredor escuro, até finalmente chegamos a uma salinha, que para minha surpresa já havia alguém nos esperando, não só alguém, lá estava Remus, Sirius, os irmãos da loja de poções e Gryffin.

- Mas o que... - Falei perdido.

Remus percebendo minha expressão, tomou um passo a frente, coçou a garganta e me olhou desconfiado.

- James, precisamos te contar algumas coisas...

Eae queridos, como vão?
Esse foi o capítulo de hoje, espero que tenham gostado e me desculpem pelos erros.
Até o próximo!

Killer - Snames Onde histórias criam vida. Descubra agora