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ANA LUÍSA MEZENGA

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ANA LUÍSA MEZENGA

A boate estava lotada. Lotada ao extremo e talvez... só talvez eu esteja me sentindo um pouco deslocada nesse ambiente. Claro que eu nunca recuso uma boa festa, mas sabe quando é uma festa em ar livre? Sem paredes te fechando, sem lugares escuros... Pois é, mil vezes melhor...

Aqui ta fechado... E escuro de certa forma... tudo me deixava assustada.

Respira Ana Luísa... Nada vai te acontecer.

― Vamos ao barman pegar bebidas, vem com a gente? ― Camila chamou ao receber meu olhar. ― Eu acho melhor você vir com a gente, não confio em te deixar sozinha em uma boate. ― comentou e eu franzi a testa.

― Isso machuca, okay? ― disse ao colocar a mão em meu peito. ― Pensei que você me amava e não que me odiasse.

― Não é isso, meu amor. ― Camila sussurrou e tocou no meu nariz. ― Eu só não confio nos homens dessa boate. ― forçou um sorriso. ― Boate não é um dos melhores lugares para mulheres ficarem sozinhas. ― disse receosa.

― Vai ficar tudo bem, okay? ― garanti ao forçar um sorriso. ― Eu vou atrás de um sofá, isso sim. ― Comentei e ela junto com seu marido rolaram os olhos. ― O quê? Eu passo o dia em pé naquele estúdio, vocês querem o quê? ― cruzei os braços.

― Que você se divirta. ― Kleber falou, fiz careta ― Ana, viemos para nos divertir e não para ficarmos sentados em um sofá. ― negou com a cabeça. ― Você assim como a gente precisa se divertir e esquecer um pouco os problemas.

― Vou me divertir em um sofá, beijos e até já. ― comentei ao acenar com a mão e me afastei deles. 

Um sofá... eu só queria um sofá naquela boate para poder me sentar pelo menos dez minutos.

Sai andando pelo lado oposto que Camila e Kleber, e fui em busca de um sofá para me sentar. E de fato, eu achei.

― NALU! ― Escutei um grito me chamando fazendo-me virar de uma vez e  encontrando a jornalista andando em passos rápidos em minha direção enquanto puxava o jogador pelo braço.

Lunna, sempre chamando atenção. Afinal, estamos falando de Lunna Melchior.

Sorri quando vi eles parando em minha frente, fazendo-os retribuir o sorriso. Eram um casal adorável de tão lindos.

― Eu mandei você subir para o vip, bobona. ― Lunna disse, eu dei de ombros. ― Mas não você é tão teimosa que não faz o que eu falo. ― bufou irritada.

― Primeiro que você não manda em mim. ― Ressaltei e ela riu ao negar com a cabeça. ― E pastor, eu não sabia que você frequentava esse tipo de ambiente. ― brinquei e ele fez careta. ― Creio que deva ser pecado para sua religião, seu pastor sabe onde você está? ― brinquei ao cruzar os braços.

MEU MUNDO PRIVADO ― MATHEUZINHO ( EM PAUSA) Onde histórias criam vida. Descubra agora