Quarenta e Quatro - Cinco minutos

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Fiorela está com o dedo de Marconi na mão, e o leva para o leitor de digital

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Fiorela está com o dedo de Marconi na mão, e o leva para o leitor de digital.

Eu a avalio, achando estranho sua mudança de postura momentânea, não fazendo ideia do que aconteceu, mas como ela mesmo disse, não tínhamos tempo para isso.

Em alguns minutos, os homens de Marconi devem chegar, e eu não sei exatamente quanto tempo Nicholas e Amon levariam para chegar, logo só podia contar realmente comigo e com Fiorela para sair daqui.

Eu sei que foi burro e inconsequente vir sozinho para cá. Mas quando eu recebi aquela mensagem dizendo onde Fiorela estava, não quis esperar para encontrar meus irmãos e vir, então eu os avisei e sem pensar vim. Não podia cogitar a hipótese de não vir e arriscar que Deus sabe lá o que acontecesse com minha mulher.

A porta do cofre se abre em segundos, e Fiorela mal olha para mim quando diz:

— Entramos.

Eu ergo meus olhos ao redor e vejo todo tipo de armamento, munição, trajes, e tudo mais. Com certeza, Marconi mandou trazerem para cá com medo de alguma invasão a sede conhecida de sua família depois das minhas sanções.

Nós pegamos o máximo de coisas possíveis, sem que tirasse tanto nossa mobilidade. Encontramos aparelhos de rádio e configuramos uma frequência para nós dois. Fiorela se arruma em silêncio, mas dessa vez um silêncio incômodo. Eu não posso deixar as coisas continuarem dessa maneira.

— Amor, o que está havendo?

Ela se recusa a olhar em meus olhos, e não fala nada. Eu me aproximo dela, levantando com delicadeza seu rosto em direção ao meu, e encontro tristeza.

— O que houve? Fala comigo.  — imploro.

— É besteira, podemos conversar sobre isso depois! — ela insiste.

— Pode não haver depois, meu amor. — respondo sério traçando as linhas de seu rosto com minhas mãos.

Ela me encara dessa vez, com olhos muito expressivos e diz quase num sussurro:

— Tenho medo de como as coisas vão ser ao sairmos daqui, tenho medo de você finalmente perceber que eu sou um monstro, e fugir.

Era isso que a preocupava? Como eu poderia fazer ela entender que o que quer que ela fizesse nunca faria eu amá-la menos, que eu nunca teria medo ou receio de qualquer uma das suas faces.

— Meu amor, eu sou seu, meu coração é seu, nenhuma de suas faces me assustaria. — digo enquanto acaricio seu rosto — Se sobrevivermos a isso, vou dedicar todos os meus dias para te provar que amo todas as suas versões. Que eu te amo por completo.

Lágrimas brilhavam em seus olhos verdes nesse momento, e um brilho de esperança surge, junto a um sorriso radiante em seus lábios. Ela se aproxima e se jogando contra mim cola nossos lábios num gesto impulsivo. Eu a abraço o máximo que nossos armamentos e coletes permitem, mas correspondo ao beijo que tem um gosto de lar.

Mia Bella, MafiosaOnde histórias criam vida. Descubra agora