Magnum Ferraro é um homem belo, rico e poderoso. Chefe da maior máfia da Itália, à frente dos Ferraro, ele não é acostumado a ser confrontado por ninguém, principalmente uma mulher, até agora.
Fiorela Bernardi, é uma força da natureza, mais conheci...
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Magnum estava fora de si. Mas não de uma maneira explosiva, barulhenta ou caótica como a maioria das pessoas ficam. Ele estava com uma calma letal, e com um olhar demoníaco, com tanto ódio que eu senti medo por Marconi.
— E ele vai! Se não por nós, por Smirnov. A questão é que eu quero ve-lo acabado, humilhado. Levado a nada, por ter ousado pensar que podia jogar conosco e ameaçar minha familia. Ele vai preferir ter morrido.
Eu vejo os olhares trocados entre os três irmãos e eu sei exatamente qual é a sensação deles nesse momento. Nós podemos ser tudo o que quiserem nos chamar: ruins, assassinos, bandidos, mas nunca, nunca mecham com nossas famílias. Família é sagrado.
— Não vou mais perder tempo, vou começar a arrumar a reunião agora mesmo, comunicando imediatamente os aliados. — Diz Nicholas ansioso.
— Vou preparar nossos homens. — diz Amon.
Assim, os meninos saíram do escritório, quase que correndo, e me deixaram a sós com Magnum.
Vejo Magnum respirar fundo, e começa a dar alguns passos em direção a um aparador onde algumas bebidas estão disponíveis. Ele serve um copo de uísque para si, e se virando em minha direção pergunta:
— Aceita?
— Sim. — respondo.
Deixando seu copo apoiado ao seu lado, ele pega outro copo igual e deposita a mesma quantidade de bebida. Seus movimentos são ágeis e precisos, mas consigo ver o turbilhão de sentimentos escondidos por trás dessa exatidão.
Magnum caminha em minha direção com seu copo na mão, trazendo o meu na outra. Ele estende sua mão me entregando o copo que eu logo aceito.
O vejo indo em direção a um sofá, e se sentando com as pernas cruzadas. Ele toma um gole de seu uísque em silêncio. Busco seus olhos e encontro cansaço neles.
Eu tomo um gole da minha bebida e a ardência da bebiba ambar é bem vinda.
— Me sinto um idiota por não ter percebido o que estava bem diante dos meus olhos. — Magnum confessa a mim.
Então é isso. Ele está frustrado por não ter descoberto a verdade antes.
— Mas ele vai pagar! — ele continua — Ele mexeu com o homem errado.
— Sim, ele vai. — afirmo.
Uma sensação estranha toma conta de mim, eu não gosto nem um pouco de ver Magnum desse jeito tão cabisbaixo.
Sei que não posso pedir para ele ficar feliz com a situação, ou agir como se nada estivesse acontecendo, mas quero que ele não se sinta sozinho, que ele saiba que não precisa passar por isso assim. Então eu ando até o sofá onde ele está, penso em onde me sentar, se no colo dele ou na poltrona ao lado, mas resolvo não abusar da sorte de ser vista e sento na poltrona ao lado.