Capítulo Quatro - Um jogo que dois podem jogar

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Passos soam e logo vejo uma mulher vestida de preto, que imagino ser a cerimonialista e nos chama

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Passos soam e logo vejo uma mulher vestida de preto, que imagino ser a cerimonialista e nos chama. Parece que está na hora da cerimonia começar.

Após uma ligeira apresentação, seguimos a moça em direção ao local onde seria a entrada do altar, e que estava fechada para as outras pessoas que já aguardavam o começo da cerimônia. A cerimonialista nos explica a ordem que as coisas vão acontecer e que Ferraro e eu seremos os primeiros a entrar. Nesse instante, sinto o olhar do homem sobre mim novamente.

Ferraro se aproxima de mim, arrumando sua postura e com as sobrancelhas arqueadas e o braço sendo ofertado, vem em minha direção dizendo:

— Pronta, amore mio?

Ao fundo, ouço a cerimonialista dizer que assim que as portas se abrirem, devemos caminhar até o altar, com Ferraro devendo parar na direita e eu na esquerda do altar. Mas tudo que eu ouvir realmente foi esse galanteador cretino me chamando de amore mio.

Sem conseguir controlar meu péssimo humor, digo:

— Se eu fosse você, Ferraro, teria mais cuidado na escolha das palavras.

Ele levanta a sobrancelha novamente, com surpresa contida em seu olhar. Realmente acredito que um homem como ele não esperava por essa, com toda certeza.

— E por que eu precisaria ter, amore mio?

Ele se aproxima mais do meu rosto com os olhos divertidos e com um meio sorriso nos lábios. Ele parece achar graça em uma mulher tão inofensiva fazer ameaças a ele.

Aproveitando a porta ainda fechada, e com a cerimonialista prestando atenção em qualquer coisa além de nós, eu me aproximo ainda mais dele, ficando a milímetros de seu rosto e mais ainda de seus lábios, mostrando a ele que eu não seria intimidada, que não tenho medo de seu grande porte , seus poderosos músculos ou de quem quer que ele seja.

— Por que, corazión, esse é um jogo que dois podem jogar! — sussurro quase colando nossos lábios.

Desejo brilhava em seus olhos e percebo que novamente o peguei de surpresa! As mãos dele já estavam a caminho do meu corpo, mas antes que ele pudesse responder ou fazer qualquer coisa, a cerimonialista diz:

— Casal, chegou a hora! — E a porta se abre.

Com um relativo esforço ele se vira e então entrelaça nossos braços e sorri pra mim. Um sorriso glorioso e absurdamente sexy, que com certeza faria meu coração pulsar freneticamente, além de molhar calcinhas.

A parte da calcinha até funcionou, se eu for bastante sincera, mas eu me lembro que meu coração, nesse sentido romântico, não existe. E como não o tenho, apenas ignoro o desejo e aceito o desafio contido nesse sorriso. Me esforço e dou o meu melhor sorriso pra ele, o mais radiante.

A música começa a soar em algum lugar da igreja, e dando alguns passos para dentro percebo que de repente, todas as atenções estavam sobre nós. Observo o rosto do máximo de pessoas possível, tento verificar se a planta do local é a mesma que nos foi passada, e foi. Então posso relaxar um pouco, pois minha equipe estará preparada caso necessário.

Mia Bella, MafiosaOnde histórias criam vida. Descubra agora