Capítulo Dezenove - Vou é?!

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A reunião com os meninos foi relativamente tranquila. Eu conto como tudo aconteceu, tirando obviamente a minha transa com o irmão deles. E logo, vejo que os três homens estão fora de si, querendo matar Marconi a todo custo.

Eu faço questão de dizer que não poderíamos agir por impulso, já que se eles não tiverem nenhuma prova concreta contra Marconi, e o matassem com base na minha afirmação, logo as outras famílias da máfia poderiam questionar os porques dos Ferraro, e pensar que poderiam os matar a seu bel prazer, sem justificativa. O que poderia certamente gerar inseguranças e um possível desafeto com algumas outras familias importantes desnecessariamente.

Depois do meu pequeno discurso, os homens parecem convencidos de que realmente precisamos pensar antes de agir, logo ficou combinado que iríamos pensar em possíveis ações e amanhã nos reuniremos novamente para discutir e combinar o que realmente precisa ser feito. Me despeço de todos e vou para o meu quarto dormir, afinal o dia foi longo.

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Faz um lindo dia lá fora, um belo dia para estar na rua e ver pessoas. Parece que as mulheres da familia tiveram o mesmo pensamento pois ao chegar na mesa de café da manhã, dona Julieta, tia Cecília e dona Joana já haviam combinado um passeio pela cidade, e incluíram eu e Jade nele, sem ao menos perguntar a nós. Então sem muito que pudéssemos fazer, nós tomamos café e nos arrumamos para sair.

O dia foi incrível, visitamos vários lugares lindos da cidade, e por mais que fosse difícil admitir, as Ferraro/Fiore são muito divertidas e animadas. Dona Julieta então, era como a líder da matilha, sempre pegava em meu braço e saia me arrastando para me mostrar lugares, coisas, pedindo minha opinião sobre decoração, roupas e tudo que visse pela frente, também fez questão de dizer que eu agora também era parte da família dela e com isso vinha todas as coisas boas e as ruins como ser arrastada por aí com ela.

Depois de uma longa e feliz manhã, nós chegamos em casa e eu resolvo olhar a hora. Faltam algumas horas para o horário da reunião com os Ferraro, mas ainda tenho tempo para um banho. Mexendo em alguns botões, coloco a banheira para encher, enquanto isso, escolho uma playlist calma em meu telefone e coloco para tocar. Sirvo uma taça de vinho, e me regozijo ao sentir o ardor doce descer por minha garganta.

Sinceramente, eu não lembrava o quanto era bom ter um tempo longe das minhas responsabilidades, um tempo em que eu não preciso me preocupar com quase nada. Entro na banheira, sentindo a água quente beijar minha pele, e colocando minha taça de lado, afundo meu corpo por completo na banheira. Voltando a superfície, encosto minhas costas e reclino meu pescoço no encosto.

Com meus olhos fechados, eu estava tão relaxada que mal me dei conta da voz grave acompanhada de batidas suaves que soaram na porta do banheiro.

— Fiorela?

A voz de Magnum soa através da porta do banheiro, e lembro então que realmente não tranquei a porta principal do quarto, acredito que ele deva ter me chamado, mas como eu não respondi deve ter aberto e percebido que eu estava no banheiro.

— Entra — respondo.

Nessa altura do campeonato, não tinha nenhum motivo de fingir vergonha dele. Afinal, ele já viu tudo que tinha para ver aqui.

Magnum entra no banheiro, e para na porta, apenas me observando. Eu sinto seu olhar percorrendo meu corpo, e seus olhos escurecem.

— Pois não? — Digo exigindo uma justificativa para sua intromissão.

— Aceita companhia?

Eu vejo o desejo contido em seu olhar, mas também vejo uma sombra além, um cansaço, algo o incomoda. Então apenas afirmo que sim com a cabeça, e nenhuma outra palavra o vejo tirando a própria roupa.

Mia Bella, MafiosaOnde histórias criam vida. Descubra agora