Quarenta e Três - Vadia

7.2K 486 21
                                    

Eu bato na porta do banheiro, e o segurança abre, e me puxa para fora

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu bato na porta do banheiro, e o segurança abre, e me puxa para fora. Ao me puxar, vejo uma faca na mão do homem. O homem a segura de uma maneira insegura e com muita distração, quase sorrio para o universo me ajudando. Finjo me desequilibrar de uma maneira que o homem acaba interrando a faca em sua própria coxa.

Uma sequência de palavrões sai da boca do homem, e logo o segundo homem chega ao chão ao lado do capanga machucado.

— Desculpe! Desculpe!

O homem me empurra com força me fazendo bater com as costas na parede.

Merda.

Falta o ar nos meus pulmões, e aproveito para fazer uma cena. Fecho meus olhos, respirando
pausadamente. O exemplar da fragilidade. Marconi observa a cena e logo levanta da cadeira com os olhos em fúria, só que ao invés de ser direcionada a mim, é direcionado a seus homens.

— Seu filho da puta! Se encostar mais um dedo sujo nela, eu enterro uma faca igual a essa na outra coxa!

Ele se vira até os outros homens e diz apontando para mim.

— Ela é minha agora! Minha!

Raiva brilha nos olhos do homem ferido, e eu sei que o alvo foi atingido.

— Agora, saia daqui antes que suje meu tapete de sangue! Vá, você, vá com ele. — Ele apontou para o outro segurança.

Enfim, só restaram dois, que agora montavam guarda na porta e Marconi a minha frente. Eu poderia enrolar mais, mas minha paciência com esse homem já acabou. E acrescento o descaso com seus homens em sua lista de pecados.

Olho para o relógio, e vejo que meu tempo está acabando, se Magnum chegar antes que eu acabe, tudo pode piorar drasticamente. Chega de máscaras, chega de enrolação, hora da jogada final.

— Venha até aqui, vou te contar o plano que você tem que seguir. — Marconi diz.

Eu já estava quase chegando na posição que desejava para pegar a arma de um dos homens, afinal, mesmo com as adagas uma arma não seria ruim, mas me direciono para o local que Marconi pediu, afinal sua arma estava muito próxima dele, e qualquer movimento em falso me denunciaria.

Eu poderia simplesmente pegá-la e matá-lo e depois lidar com os homens, ou aproveitar a proximidade e cortar sua garganta. Mas antes que eu pudesse fazer algo, alguém bate na porta com certa urgência.

Eu me viro junto com todos em direção a comoção vinda da porta, e a cena que eu vejo parte meu coração.

Magnum está com as mãos amarradas, cercado de mais de cinco homens e aparentemente desarmado.

Mia Bella, MafiosaOnde histórias criam vida. Descubra agora