Magnum Ferraro é um homem belo, rico e poderoso. Chefe da maior máfia da Itália, à frente dos Ferraro, ele não é acostumado a ser confrontado por ninguém, principalmente uma mulher, até agora.
Fiorela Bernardi, é uma força da natureza, mais conheci...
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Hoje é o nosso último dia juntos nessa situação. Para o bem ou para o mal amanhã Fiorela volta para a Espanha, e eu não sei ainda como vamos ficar, por mais que eu torça bastante para que ela nos dê uma chance. Eu resolvo então fazer uma surpresa para ela, e seja lá o que ela decidir, pelo menos teremos uma última noite especial. Por mais que eu esteja torcendo para que não seja a última, afinal de contas.
Eu converso com a equipe da casa pela manhã e peço algumas coisas para conseguir montar o que eu imagino, no fim do dia. Após aguardar todos irem para seus quartos, eu pego tudo que já estava separado e levo até o local da surpresa que mais parece uma praia deserta dentro da ilha particular. Após ter preparado tudo, eu volto por todo o caminho e bato na porta da varanda de Fiorela. Eu chamo a chamo para vir comigo, e jogando conversa fora, aproveitando a linda noite, nós caminhamos até o local. Percebo o brilho nos olhos de Fiorela ao olhar o que preparei após tirar as mãos de seus olhos e meu coração pula no peito.
— Chegamos!
Fiorela se joga em mim e Deus! Eu nem acredito em quão sortudo eu posso ser em presenciar essa reação vinda de Fiorela. Isso me trás um sentimento forte de proteção, uma grande vontade de agrada-la, de nunca querer deixar essa luz nos olhos dela se apagarem.
— Magnum! É incrível!
Eu a seguro ainda mais contra mim, pressionando seu corpo ao meu respondo:
— Isso não é nada perto do que você merece, meu amor.
Fiorela sorri, deslumbrante, com seus olhos verdes brilhando límpidos para mim e meu mundo se resume a esse momento entre nós. Como eu quero vê-la assim pra sempre, com esse sorriso resplandecente jorrando alegria pelos olhos. Me beijando ainda, ela volta para o chão e depois vai andando quase em pulos para a esteira.
— Eu nem sei o que dizer, Magnum — ela sorri olhando para mim — Isso é tão romântico!
Ela se senta na esteira, entre as almofadas e continua a me olhar. E com um dedo me chama para perto.
Hipnotizado por seus olhos, eu apenas sigo o que ela manda, como um servo seguindo seu dono, e me sento ao seu lado exatamente onde ela pediu. Olhando para ela, eu pergunto ansioso:
— Isso significa que você gostou então?
Um novo sorriso surge em seu lábio e ela diz:
— Eu amei, Magnum!
Ela se joga em cima de mim, me fazendo deitar na esteira e começa a beijar meu rosto freneticamente. Minha bochecha, meu nariz, minha testa, meus olhos, tudo, novamente.
Eu apenas sorrio como um bobo, um idiota feliz, plenamente e terrivelmente feliz, por esse momento estar acontecendo. Como eu pude viver esse tempo inteiro sem isso? Como pude viver esse tempo sem Fiorela?
Ela sai de cima de mim depois de algum tempo e se senta ao meu lado sorrindo.
— Quem diria que Magnum Ferraro poderia ser tão romântico?
Uma gargalhada involuntária sai de mim.
— Quem diria que Fiorela Bernardi gostaria de atos românticos?
Ela sorri, mas vejo uma pontada de tristeza passar em seus olhos e isso me causa certa preocupação.
A vontade de perguntar a ela o porque dessa tristeza vem, mas eu nem consigo perguntar porque antes que eu pudesse falar mais alguma coisa, ela fala:
— Pois é! Na realidade, nem eu sabia que eu gostava. Ninguém nunca fez algo desse tipo pra mim.
Ela disse isso sorrindo, quase dando de ombros, mostrando que não se importava.
Mas eu percebo seu tom de voz falhar e sei que se importa sim, mais do que ela acha.
Um ódio cresce dentro de mim por cada homem babaca que colaborou para que Fiorela sentisse isso. E nesse momento, eu me faço uma promessa, de que durante o tempo em que eu estiver com ela, eu farei de tudo para mostrar a ela o quanto ela merece esses atos de romantismo.
— Uma parte bem egoísta de mim fica feliz que não tenham feito, assim eu vou estar marcado pra você, de alguma maneira. — eu digo.
— Aí Magnum, quando deixamos de brigar, para falar de coisas desse tipo? — ela diz suspirando e sorrindo.
— Deixamos de brigar? Você continua com a sua lingua ferina e sempre me deixando louco quando me desafia. — provoco.
Ela se aproxima passando as mãos por meu rosto e sorrindo diz:
— Alguém tem que falar o que todos pensam mas não tem coragem o suficiente para dizer.
Eu encaro seus olhos verdes e digo:
—E esse alguém é você?
— Sim! — ela diz com convicção.
— Então que Deus me ajude!
Fiorela sorri para mim e eu sei que estou perdido. Nesse momento, banhados pela luz da lua, com apenas os céus e o mar como testemunha minha fixa cai e eu não sei como, nem quando, mas eu sei que eu não posso não ter mais Fiorela em minha vida. Que eu não a quero longe de mim. Que eu não suportaria a possibilidade dela existir no mesmo universo que eu e não te-la em minha vida.
— Magnum?
Percebo que estou a encarando por um tempo e sem falar nada. Milhões de coisas se passam pela minha cabeça mas a única que consigo falar é:
— Fica comigo?
— Eu já estou com você, Magnum. — ela diz meio desconfiada.
— Você sabe que não é disso que estou falando, mia bella. Estou falando de começarmos um relacionamento de verdade, com a nossa família ciente de tudo, sem precisarmos nos esconder. Eu estou aqui por inteiro, querendo você por inteira.
Percebo que a choquei pela sinceridade, mas era isso. Era o que meu coração dizia.
— Bom, eu pensei, pensei e pensei, e eu tenho mil motivos para que isso seja uma má ideia.
Eu já ia começar a refutar, pois por mais que eu tenha que respeitar a decisão dela de não querer se envolver mais comigo, eu não poderia desistir tão fácil. Mas então vejo Fiorela colocar o dedo em minha boca e continua a falar:
— Mas eu também sinto que existem mil e um para que possa dar certo. Então, sim Magnum, eu concordo com o seu discurso e que está na hora de sairmos das sombras.
Deus! Eu nem sei o que falar.
Uma alegria toma conta de mim e tudo que eu penso é em gritar para todos que ela é minha, oficialmente minha.
Então, por motivos totalmente egoístas de não querer chamar atenção de ninguém ,e não estar disposto a compartilha-la com o mundo. Então eu apenas a puxo, e beijo profundamente.
