10. Bêbado

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Severus tinha acordado sem muita dor no dia seguinte, era controlável e ele podia se levantar sem fazer muito esforço, sua fome por sangue também não era muita, presumiu que provavelmente era por causa da formação do útero que deveria estar pedindo por mais força vital, todavia, Harry ainda não tinha voltado com seu animal, ele não podia esperar mais, iria ele mesmo atrás de comida.

Lucius acordou ao seu lado, ele estava com preguiça de sair da cama, mas sua barriga ainda rugia de fome, ele não poderia ficar ali por muito tempo.

-Bom dia... - o loiro murmura ao se levantar, ele estalou as costas que estavam um pouco doloridas pelo exercício quente de ontem, e pensou se deveria tomar uma poção analgésica junto com suas outras poções.

-Bom dia Lucius – Severus se virou para ele e se levantou para ir até o closet para pegar uma muda de roupas, o loiro tinha ido direto para o banheiro. Ele espera por sua vez e toma um banho rápido, colocando a roupa que tinha pegado e foi junto do outro homem para o salão de jantar, Draco já estava ali lendo o jornal da manhã.

-Bom dia pai, padrinho – o loiro menor diz sem tirar os olhos do artigo chinfrim que escreveram naquele dia. Severus não o respondeu, apenas se aproximou dele e deixou um beijo no topo de sua cabeça, sabia que seu afilhado não teve muito carinho em sua criação a parte de Narcisa, ele preencheria essa lacuna.

-Eu vou sair agora de manhã, não se preocupem, e não saiam de casa – o vampiro diz aos dois pensando em ir lá se desculpar com o maldito lobo, assim ficaria livre para ficar em casa e aproveitar seu alfa e fazê-lo engravidar.

-Tome cuidado – Draco murmura para o padrinho com um tom de medo em sua voz, não havia dúvidas que ainda tinham pessoas que não acreditavam que ele era um mocinho na guerra e algo poderia acontecer.

-Obrigado – Severus sorri de canto - eu só vou rever um velho conhecido - ele faz um carinho rápido nos cabelos do jovem antes de se afastar para sair.

O vampiro sai dos campos de enfermaria e aparata para uma antiga e velha fazenda onde criavam ovelhas, ele não podia negar que era uma boa comida. O dono era um senhorzinho, ele sempre fazia depósitos a sua conta no banco trouxa como se para pagar por suas ovelhas drenadas.

Ele não se demorou muito ali, foi até o curral, pegou uma e foi até a floresta para poder se alimentar em paz. Depois disso aparatou para Grimmauld, pensando que Remus estaria ali já que ele basicamente era um sem teto. Bem, dito e feito, encontrou o homem miseravelmente apoiado contra a mesa, em cima dela havia um pequeno acolchoado feito de blusas com um bebe ali em cima.

-Lupin – o moreno chama o lobisomem que parecia quase estar desmaiando, mal aguentava seu peso de pé.

-Seve-rus... - Remus levantou um olhar bêbado para ele, um pouco antes de cair de novo e se apoiar contra os armários da cozinha.

-Céus, o que houve com você? - Severus geralmente não perguntaria, mas devido as circunstâncias, poderia fazer um esforço para se importar com ele, e o pequeno bebê que dormia naquele cercadinho feito às pressas.

-Tonks morreu na guerra – Lupin riu como um demente, sua fala estava embargada pelo álcool e suas pernas fraquejaram, o fazendo perder a força e escorregar para o chão.

-Merlin – Severus respirou fundo, poderia ceder um pouco de seu tempo e paciência para ajudar o homem a tomar rumo. Ele andou até o homem e o levantou para que pudesse sentá-lo em uma das cadeiras – vou pegar um copo de água para você.

-Ela morreu, Sever-rus – Remus estava tão zonzo que deixou a cabeça cair contra a mesa e se afundou nela – m-me deixou.

-Sim, sim, terrível – o moreno murmura enchendo o copo e dando ao homem, o ajudando a beber, aliviaria um pouco a tontura da cabeça. Não adiantava tentar consolar ele agora, no momento estava tão bêbado que não lembraria mais.

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