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Ravka, Os Alta, Pequeno PalácioVerão

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Ravka, Os Alta, Pequeno Palácio
Verão

Vesti meu kefta, saindo do quarto em seguida. Todos da minha equipe que ainda estiverem vivos devem ter chegado, então vou procurar por informações deles.

— Uma equipe foi enviada até o orfanato e recolheram o corpo de uma grisha e a criança órfã que seria coletada — uma grisha curandeira dizia enquanto entrávamos no necrotério.

— Ana Mikhailova — falei e peguei a ficha de dados dela ao lado do corpo. Eu sabia que ela tinha uma irmã que ainda estava em treinamento. — Estão dando a assistência para a irmã?

— Sim, todos os itens foram passados para a garota e ela foi incluída ao grupo de órfãos.

— Certo, mais algum? — perguntei e ela me guiou até outro corpo. — Yelena Popov...

— A mãe recebeu uma quantia de dinheiro equivalente a três pagamentos para ajudar nas despesas da casa — a curandeira disse. Ao lado do corpo de Yelena estava o corpo do garoto que foi com ela. — E tem outro.

Andei até o último corpo, esse sem o corpo da criança ao lado.

— Dimitri Zenik — sussurrei, sentindo meu nariz arder e minhas lágrimas acumulando nos meus olhos. — E a criança?

— Foi encontrada na floresta, deve estar com o grupo de órfãos no treinamento — ela disse e eu concordei, respirando fundo e me despedindo.

Não havia conseguido sequer me despedir de Dimitri; ele cuidava de mim e nunca me deixava sozinha... caramba, fazia tempo que não perdia alguém tão próximo. A dor é uma merda.

Virei em um corredor e encontrei Baghra ao lado de Aleksander. Ela me olhou, parecendo entender que algo não estava certo.

— Minha criança, quem morreu? — ela perguntou, bem direta, e eu ri amargamente disso.

— Dimitri — falei, sentindo meus olhos arderem novamente e o olhar de Aleksander se intensificar em mim, mas não durou muito. Baghra veio para o meu lado, me levando para sua caverna.

[...]

Andei pelos corredores, querendo chegar até a sala de guerra quando trombei com Alina e algumas criadas.

— O que é isso? — perguntei assustada ao ver Alina vestida com vestidos shu nobres e até com maquiagem shu.

— A rainha pediu para que ela estivesse bem apresentável; os olhos shu não facilitaram... — uma das criadas falou, e vi Alina se encolher um pouco.

— Saiam daqui! — ordenei, e elas fugiram como baratas tontas. — Vem, praguinha.

Segurei na mão de Alina, levando a garota para o meu quarto. Ela parecia radiante ao ver como os designers mudavam de um quarto para o outro.

Meu quarto era cheio de tecidos brancos, móveis brancos e até quadros em diferentes tons de branco. Às vezes, pensava que era um daqueles quartos de hospício.

Lights and Shadows- A.Morozova(Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora