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Ravka, Os Alta, Grande Palácio Inverno
Epílogo
Alina lia um livro ao meu lado enquanto eu observava a neve cair pela janela, a festa de inverno iria ser hoje, estavamos apenas esperando a hora para descermos.
-Mãe, para onde as pessoas vão quando morrem?- Alina perguntou fechando o livro, abri e fechei a boca algumas vezes, enquanto tentava pensar em uma resposta boa, mas não brega como "viram estrelas".
-Ninguém sabe ao certo, mas eu acredito que simplesmente deixam de existir, sem essa se lugar bom ou lugar ruim, se não, qual seria o sentido de morrer? Acabar seu ciclo da vida?- falei bebendo um gole de água- e só resta as memórias e vitórias que essa pessoa conseguir proporcionar ao mundo.
Alina ficou em silêncio por alguns minutos, pensativa, até que olhou para mim com os olhos brilhando.
-Faz sentido, vou fazer algo grande para existir para sempre na cabeça de todas as pessoas!- ela falou confiante.
-Quando decidir o que vai fazer de tão grande, vou te apoiar- falei sorrindo pequeno.
-Minhas meninas, vamos?- Aleksander perguntou entrando no quarto, Alina foi a primeira a se levantar, sendo rodopiada no ar pelo pai- minha doce princesa, está ainda mais linda hoje.
-Obrigada papai- a menina falou corando um pouco e beijando a bochecha de Aleksander.
Me levantei também, caminhando até eles.
-Moya Tsaritsa, tenho certeza que os Sanktos lá de cima tem inveja de mim- ele disse sorrindo galanteador, deixando Alina no chão e vindo até mim, me puxando para um beijo.
Escutei Alina murmurar um "Que nojo", o que me fez rir e me afastar de Aleksander.
-Moi Tsar, você também está magnífico -falei me afastando mais para ver seu traje de gala.
Preto...
-Vamos logo!-Alina chamou indo para a porta do quarto.
Descemos as escadas juntos, e chegamos até a porta do salão de baile onde estava acontecendo toda a festa, assim que nos anunciaram, a porta se abriu e todos os olhares se viraram para nós.
Alguns me olhavam com pena, certamente vazaram informações sobre o parto de dois meses atrás, mas só agora eles puderam me ver pessoalmente.
Ergui mais a postura, com meu braço entrelaçado ao de Aleksander, que também segurava a mão de Alina. A pequena foi a primeira a nos abandonar, indo atrás de Genya para comer doces.
Já eu e Aleksander andamos por todo o salão, comprimentando cada nobre, todo já eram os políticos que escolhemos, mas não daríamos segunda chance a nenhum deles se começarem a se corromper, ser simpática não era difícil para mim, aprendi a muito tempo que para não parecer ameaçadora bastava sorrir de forma meiga e fingir que está prestando atenção no que a pessoa está dizendo.
