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Ravka, Keramzim, Orfanato. Verão.
— Aemma, pode dar uma ajudinha aqui? — Yelena perguntou, apontando para Ana, que vomitava horrores. Certamente elas viraram a noite em um bar e agora vão ter que lidar com um dia inteiro de trabalho.
Olhei ao redor, notando que havia um bebedor de cavalo ali perto. Peguei um balde de ferro enferrujado e o enchi com a água do bebedor, que certamente estava cheia de saliva de cavalos. Voltei até as garotas e despejei o balde na cabeça de Ana, que, além de se assustar, pareceu melhorar imediatamente.
— AEMMA! — Ana gritou, irritada.
— Saímos em quinze minutos — falei, andando para a carruagem, com minha mochila em mãos.
— Como todos não te odeiam? — Dimitri perguntou, já sentado no banco da carruagem.
— Eu sei ser encantadora quando quero — expliquei, dando um sorrisinho de canto. Dimitri riu, me oferecendo um pedaço de pão que eu aceitei facilmente.
"— Trabalhamos para o rei, não é como se pudéssemos escolher muita coisa, Aemma — Aleksander falou enquanto eles entravam no castelo.
— Eu queria estar com a minha bebê, e não participando de eventos idiotas — ela sussurrou. Em seguida, sentiu as mãos do marido segurarem as suas de forma delicada.
— Só hoje, vamos comemorar com eles e amanhã, ao amanhecer, vamos diretamente para nossa menina. Poderemos ficar com ela por bastante tempo — ele disse, levando a outra mão para o rosto da esposa, acariciando sua bochecha pálida. — O que me diz?
— Só hoje, amanhã voltamos para Lyra — disse, com os olhos fechados e soltando um suspiro. Sentiu os lábios do conjurador das sombras selando os seus e sorriu minimamente.
Eles haviam acabado de terminar a última batalha com os inimigos de Ravka e foram convocados para o palácio, já que aconteceria um baile de comemoração oferecido pela rainha.
Para que as criadas a preparassem, foi separada de Aleksander. As garotas pareciam animadas enquanto decidiam que tom de maquiagem usar e que penteado fazer.
— Deve ser incrível ser casada com um homem tão poderoso e bonito como o Darkling — uma das servas falou enquanto passava algo melequento em seus lábios. — Como o conquistou?
Abriu os olhos para encarar a garota; seu olhar transmitia a pura cobiça idiota. Foi o suficiente para irritar Aemma.
— Ele sempre foi meu e eu dele — explicou, olhando-se no espelho e depois voltando o olhar para a jovem. — E eu também dei um jeito nas outras pretendentes.
— Oh! Eu... já terminei, o vestido está em cima da cama. Ellie vai te ajudar a vestir — a garota falou e se retirou do quarto.
A tal Ellie soltou uma risada enquanto a ajudava a colocar as roupas dos nobres da época. O tecido era um branco azulado com um brilho delicado e mangas ombro a ombro.
