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Ravka, Keramzim, Orfanato

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Ravka, Keramzim, Orfanato.
Verão

— Eu falei para irmos rápido, então, por que eles estão banhando? — perguntei irritada ao ver as crianças saindo do banheiro.

Eu queria desferir uma série de xingamentos para Ana, mas pela saúde mental das crianças eu decidi que sair de perto seria melhor.

— Eles estavam sujos e grudentos — Ana tentou explicar, e eu a encarei incrédula, lhe dando as costas em seguida.

— Eu não quero deixar o Maly! — Alina disse, me seguindo. A ignorei completamente, sabendo que uma hora ela cansaria. — Não vou sair daqui!

Normalmente, eu conseguia lidar com as crianças órfãs; era só ser gentil que eles automaticamente te adoravam e faziam tudo o que você pedia. Mas Alina é extremamente difícil.

Parece que ela não tem aquela necessidade de atenção e carência dos órfãos...

— Dá pra me olhar?! — ela gritou com a voz embargada. Respirei fundo e me virei. A garota com traços Shu tinha o nariz avermelhado e o rosto molhado por lágrimas. — Por favor, me deixa ficar.

— Alina, todos viram o que aconteceu e, nesse momento, os inimigos de Ravka querem pegar você. E eu posso te garantir que não é para levar para o pequeno palácio, te dar comida, treinamento e roupas novas.

— Querem me matar? — ela perguntou assustada.

— Sim.

— Mas por que? O que eu fiz de errado? — ela perguntou novamente.

— Nada. Sua espécie não agrada a eles e, por isso, se acham no direito de tomar essas decisões idiotas e matar pessoas inocentes por algo que elas sequer tiveram escolha — falei, e um dos grishas que nos acompanhavam se aproximou. Andrei, éramos quase amigos; Dimitri gostava bastante dele, então eu também tentava ser simpática.

— Viktor foi informar que encontramos a conjuradora. Devemos partir imediatamente — ele explicou, e eu acenti, logo o vendo se afastar novamente.

— Para o bem do Maly, você precisa vir conosco — falei e dei as costas novamente. Ela tem dez anos; já tem um mínimo de noção de vida.

[...]

Ana havia ido levar uma das crianças ao banheiro, mas até agora não retornou. Então tive que ir até eles para os apressar.

— Ana? — a chamei, mas não tive resposta. Senti um arrepio estranho pela espinha e soube que algo estava muito errado.

O banheiro estava silencioso quando entrei, mas logo notei a poça de sangue e o corpo de Ana decapitado, assim como a criança que ela estava guiando.

Porra...

Um grito raivoso veio de trás de mim e eu, no mesmo instante, conjurei um corte, dividindo ao meio o assassino. O sangue dele melou o meu kefta. O identifiquei como um drüskelle assim que passei os olhos; isso era ruim, muito ruim!

Corri para fora do banheiro e voltei para a carruagem, puxando Alina de dentro.

— Tirem os keftas! Cada um com uma criança e se espalhem. Nos encontramos no pequeno palácio — falei enquanto jogava meu kefta para dentro da carruagem e pegava uma capa para Alina.

— O que houve? Cadê a Ana? — Yelena perguntou retirando o kefta e puxando outra criança. Peguei também minha mochila que tinha algumas coisas úteis para a viagem.

— Drüskelles e Ana estão mortos, assim como a criança que foi com ela — expliquei e vi as crianças arregalarem os olhos. Evitei olhar para Yelena, sabendo que seu olhar agora deveria estar cheio de dor e luto — Obedeçam seus responsáveis temporários, certo?

— Sim, Aemma — disseram juntos. As crianças órfãs me adoram, menos Alina; a pestinha me olhou com deboche e cruzou os braços.

— Tome cuidado — pediu Dimitri, deixando um beijo em minha testa e correndo com sua criança nos braços até um cavalo.

Vi Yelena fazer alguns movimentos com a mão e, por cima dos ombros, vi outro Drüskelle pulando de cima do telhado. Mas caiu no chão morto.

— Eles não vão ferir os outros no orfanato; eles não são grishas, ficarão bem — afirmei enquanto soltava os cavalos da carruagem — Vem, Alina.

Apesar de não sermos exatamente "amigas", ela me obedeceu por estar tremendo de medo.

Acelerei o cavalo ao máximo que podia, não olhando para trás, sem saber se Dimitri, Andrei e Yelena conseguiram sair com as outras três crianças nos cavalos restantes.

Acelerei o cavalo ao máximo que podia, não olhando para trás, sem saber se Dimitri, Andrei e Yelena conseguiram sair com as outras três crianças nos cavalos restantes

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•Capítulo Revisado.

Lights and Shadows- A.Morozova(Revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora