Capítulo 16

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Chegando, amores! Perdoem a demora! Tá uma loucura por aqui, mas prometo que logo terão muitas novidades!

No mais, comentem, comente, comentem! Fico ansiosa, aguardando para saber o que estão achando. 

Miguel

Ela bufa um riso.

— Sei! — e então volta a admirar a vista da janela. — Minha amiga diz que acha a cidade de São Paulo feia. Muito cinza, com prédios demais.

Eu pondero suas palavras e agora sigo o seu olhar.

— Ela não deixa de ter razão em alguns aspectos. Mas eu não sei se acho a cidade completamente feia. Tem lá suas belezas. Você cresceu aqui?

— Nasci aqui, fui para o interior e depois tive de voltar para cá. Se fosse minha escolha, eu nunca voltaria para essa cidade. — seu olhar parece se tornar distante. — É como você falou, ela tem sim suas belezas, mas eu a acho muito violenta, opressora. O meu sonho é morar no interior. Um lugar com mais verde, mais união entre as pessoas, talvez. E, lógico! Menos violência! Talvez quando eu me formar, possa tentar colocar isso em prática.

— Cresci e vivi minha vida inteira aqui. Mas viajo muito, passo longas temporadas fora, então não posso dizer que esteja totalmente preso a esse lugar. Por isso acho que nunca pensei sobre me mudar.

Elena murcha um pouco, os lábios torcidos para baixo.

— É que vivemos realidades diferentes.

É impossível não notar seu tom um pouco triste. E eu também noto que não sei nada sobre essa garota. E eu quero muito conhecê-la melhor.

— Você quer se sentar um pouco? — aponto para um canto da sala, onde há um jogo de sofá, que uso para fazer reuniões mais informais.

— Ah, não! Eu não quero te atrapalhar!

— Não atrapalha, de forma alguma! Eu precisava mesmo de uma pausa.

— Se for assim... — assente, indo para onde indiquei.

— Quer beber alguma coisa? Tenho água, refrigerante, chás gelados...

— Água está ótimo!

Pego uma garrafinha, um copo, vou até ela e a sirvo.

— Obrigada. — agradece. — Como está Bruce? — pergunta, assim que me acomodo do lado dela.

— Deixando minha mãe louca com sua mania de marcar território e destruir os móveis.

Elena ri e eu amo o som de sua risada.

— Ele precisa apenas ser educado. Não está acostumado a ter regras, um dono.

— Sim, sim. Ela está procurando um adestrador.

— Posso te indicar um.

— Isso seria muito bom! Minha mãe reclama, mas, no fundo, está adorando a presença do bichinho. Ele ocupa muito o tempo dela e ela estava mesmo precisando de uma distração.

— Que bom! Fico feliz que Bruce tenha conseguido um lar!

Ela se sentou sobre uma perna, meio de lado, um braço sobre o encosto do sofá para poder me encarar de frente, então faço o mesmo.

Nós nos entreolhamos e trocamos sorrisos.

— Eu posso te fazer uma pergunta pessoal?

— Tinha medo de que chegasse esse momento.

— Você tem a opção de não responder, se quiser.

— Ok, então. Faça a pergunta e eu decido se respondo ou não.

Uma noite com o bilionário - Virgindade leiloadaOnde histórias criam vida. Descubra agora