Capítulo 6

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E vamos a mais capítulo de Miguel e Elena! Tô amando escrever sobre eles e as ideias do que vem pela frente me tirando o sono! Talvez será a primeira vez que, realmente pego pesado num história, então estejam preparada(o)s! 

Por favor, comentem, me deixem saber o que estão achando! Beijos, beijos, beijos! 


Miguel

Contenho um suspiro entediado, enquanto ouço minha mãe falar da reforma que quer fazer no jardim. Mais uma delas. Notei que, desde que meu pai se foi e ela deixou de sair, Cristina tenta ocupar seu tempo com alguma coisa que possa ser feita em sua casa. Já reformou a piscina, que usa muito pouco. Já redecorou a casa, construiu uma estufa para plantas, mesmo não entendendo nada sobre isso. Ela era uma mulher cheia de energia, de vontade de viver, antes de se prender em seu mundo, onde julga estar segura. Era organizadora de programas de caridade, adorava frequentar festas ou ser a anfitriã das suas. Tudo era motivo para uma comemoração. É triste ver no que se tornou, mas, não posso culpá-la, por se enclausurar, depois do que passou. Do que assistiu naquela noite fria de agosto. E o mínimo que posso fazer por ela, é ouví-la e estar presente, sempre que posso, já que sou filho único e seu maior apoio. Dessa forma, não são nem oito horas e aqui estou, tendo sido acordado por seu secretário pessoal, para tomar café da manhã com ela. E fui conseguir pegar no sono em torno das cinco da manhã...

Estou quebrado, a cabeça pesa, mas nunca negaria esse pequeno momento a ela. Acho que não negaria nada a essa mulher! Sempre foi uma mãe incrível! Um ser humano incrível! Não mereceria o que lhe aconteceu! Assim como meu pai... Como sinto falta do velho Leonardo! Era um homem muito ativo. Ele e Cristina não ficavam parados. E gostavam muito de viajar. Eram muito parceiros. Tinham uma casa segura, um carro seguro, eram cuidadosos, mas nada disso impediu aquela tragédia.

— Eu não sei... — a voz de minha mãe me traz de volta a realidade. — Gosto das rosas, mas acho que me cansei delas. — diz, apontando para o extenso campo rosado de variadas cores, ao longo da entrada.

Esforço-me para acompanhar seu raciocínio.

— Eu também gosto das rosas. — digo a primeira coisa que me vem à mente.

— Gosta? Acha que devo mantê-las? — parece em dúvida.

Levanto-me e paro ao seu lado, olhando na mesma direção que ela.

— Acho um desperdício arrancá-las, mas... do que eu entendo? — sorrio e enlaço seus ombros.

Cristina também sorri e envolve minha cintura com um braço.

— Eu também não entendo! Só sei que a vista me cansou. Quero algo novo.

— Nós poderíamos viajar. — sugiro, mesmo sabendo a resposta. Mesmo sabendo que o passo a seguir é que ela vai se tornar rígida junto a mim. Mesmo sabendo que mal tenho tempo para respirar, mas eu não vou desistir nunca de tentar levá-la de volta ao mundo. — Então você veria novas paisagens.

Ela dá um tapa em minha barriga e se afasta, com um sorriso triste e conformado nos lábios.

— Você é teimoso, garoto! O doutor Lemos disse que isso pode levar um tempo...

— Quanto? — me repreendo por soar seco e ansioso.

— Não sabemos! — Cristina rebate, exasperada. — Pode levar semanas, meses, anos! eu não estou com pressa! Você está?

— Talvez você devesse trocar de terapeuta... — começo com cautela, pois sei que é um assunto delicado.

— Nem me venha com essa! Sabe que gosto do meu médico! Está comigo há anos!

Uma noite com o bilionário - Virgindade leiloadaOnde histórias criam vida. Descubra agora