Capítulo 9

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E vamos de capítulo fresquinho de Miguel e Elena! 

Me deem estrelinhas, comentem! Eu amo 🥰🥰🥰

E guardem o nome da mulher que vai aparecer nesse capítulo 👀👀👀

Elena Quando volto a olhar para o notebook, vejo-o, ofegante, os braços inertes ao lado do corpo, seu membro ainda intumescido caído sobre seu abdome... De repente ele sorri de forma devassa, ainda com a cabeça descansando sobre o encosto do sofá.— Você está me observando, Crystal? Sei que fiquei rubra, mas não minto.— Você não disse que eu não podia. — rebato, na defensiva, minha voz ainda trêmula. Ainda sorrindo e com movimentos lentos, ele termina de despir sua camisa e a desliza por seu adobe trabalhado para se limpar. — Olha que bagunça você fez em mim... — Eu nem te toquei... — Não foi preciso. Seus gemidos teriam me feito gozar, ainda que eu não me tocasse... E, olha! Isso é uma surpresa! — Porque? — realmente não entendo o que ele quer dizer com essa última frase. — Como eu posso te dizer? É que eu ando... meio entendiado, sabe? — Com as mulheres?— Pode se dizer que sim. — Talvez você devesse tentar os homens. — provoco. Ele dá uma gargalhada, jogando a cabeça para trás. — Eu já tentei. Definitivamente, meu negócio é boceta! — Ao menos agora você tem certeza. — Total! E minha atual certeza, é que preciso foder você! — ele agora está sério, seu tom é potente, o olhar fixo no notebook, como se olhasse direto para mim. Tanto que fico sem ar. Limpo a voz, antes de falar, para que ela não soe trêmula como minhas pernas ainda estão. — Parece que você terá a chance... — Ah, e eu não vou perder de forma nenhuma! Pelo que vimos hoje, vamos nos dar muito bem pessoalmente. Depois que nos despedimos, enrolo-me num lençol e encaro o teto, mordendo meu lábio, tentando absorver o que acabou de acontecer. Primeiro, aquele homem vai pagar 1 milhão de reais por uma noite comigo! Isso parece surreal, mas a oferta dele está no site! São tantos zeros que até me perco na contagem! Mas, ao mesmo tempo em que estou ansiando que não a retire, estou assustada! Isso significa que terei de me deitar com ele. Terei de transar com ele e Miguel Brandão ainda não passa de um desconhecido. Ok, tivemos um sexo virtual que foi incrível! O cara soube me guiar, me deixar excitada como nunca fiquei com outro! No entanto, fico imaginando como será quando for de verdade, quando ele me tocar... Será que a imagem de Rui não vai me assombrar como das vezes anteriores em que tentei ter mais intimidade com um homem? Será que não vou relembrar da mão nojenta deslizando por meu corpo? Do cheiro asqueroso de cigarro, bebida e imundice daquele velho horroroso? Fecho os olhos com força, sentindo a ânsia tomar meu estômago. Meneio a cabeça com força, para afastar aquelas lembranças que me agoniam. Mesmo que tenha desaparecido, aquele velho continua me assombrando. E conseguiu que, uma noite que tinha tudo para terminar de forma agradável, se transformasse em medo e asco. Miguel— O que aconteceu com você? — Daniel solta, me encarando de lado, com ar desconfiado, enquanto estamos indo para o Nordeste, no final de semana. — Como assim? — devolvo, não entendendo sua pergunta, olhando pela janela do jatinho da minha família, vendo São paulo ficar para trás. — Está com um bom humor que eu não vejo há muito tempo. Eu até poderia perguntar se você transou, mas eu sei que faz isso com frequência e não tem ajudado a melhorar sua personalidade. Ele tem razão. Eu estou de bom humor. Talvez seja a primeira vez que esteja assim, desde a partida de meu pai. E a razão disso foi uma noite incrível de sexo virtual com uma certa loirinha que tem dominado meus pensamentos. Já estive em menage, curto bdsm e outras práticas sexuais. Mas foi uma transa pela internet, com uma quase adolescente que me deixou realmente aceso nos últimos tempos. Isso é estranho e me questiono se não será preocupante. Começarei a me interessar por novinhas virgens agora? Decidi não ficar me apegando àquilo e apenas aguardar ansioso pela noite em que terei Crystal nos meus braços. Eu, literalmente, tenho sonhado com isso! Nosso encontro está marcado para o próximo final de semana. — É algo assim... — balbucio, sem me importar que ele ouça. — Se não é sexo, pode uma daquelas coisinhas que você toma... — eu ouço e sei que seu tom é de reprovação. Daniel é o que se chamam de careta. Até na bebida é comedido e vive me repreendendo sobre meus hábitos. Lanço-lhe um olhar e o vejo de lábios torcidos. Sibilo um riso. Eu sei que ele, do jeito dele, se preocupa comigo. — Não tomei nada, se é o que quer saber. — Bom para você! — retruca de volta. — Mas, então é sexo mesmo?— Cara, porque não me deixa em paz e só aproveita meu bom humor? — Ok! — ele ergue as mãos na defensiva e muda de assunto.Logicamente não contei a Daniel sobre toda a situação com Crystal. Se o sujeito imaginar que arrematei a virgindade de uma garota... Seria o assunto pelo resto de meus dias! Isso soa estranho até para mim, na verdade. Eu só não esperava me encantar por aquela jovem que eu nem mesmo vi o rosto! — O problema é, — prossegue Daniel. — você está indo enfrentar Elisa, então, é estranho que esteja de bom humor. Torço os lábios. Pior que meu amigo está com a razão nessa. Elisa é a arquiteta responsável pela Secretaria Municipal de Obras, Urbanismo e Planejamento da cidade de Fortaleza. Além de esposa do atual prefeito. Ela tem colocado empecilhos na construção de um dos meus hotéis. Na verdade, um complexo de resorts, que vão combinar hotéis, restaurantes, instalações de lazer, atividades recreativas e outras comodidades em um único local. Esses resorts vão oferecer uma ampla gama de opções de hospedagem e entretenimento para atender a diversos gostos e orçamentos e tudo isso frente à praia. Já é a terceira vez que venho à cidade para tentar resolver esse impasse. Primeiro ela alegou falta de licença ou autorização. Os advogados do grupo correram atrás de tudo e organizaram toda a papelada pedida. Depois foi violação de leis e normas. O que duvidei muito, porque meu corpo jurídico é extremamente competente nesse quesito e isso também foi resolvido rapidamente. E agora ela veio com denúncias de terceiros: se a prefeitura receber denúncias de terceiros sobre irregularidades na obra. Mas eu sei que está tudo em ordem com as obras. Não sou nenhum novato nesse ramo e minha equipe é formada por especialistas competentes. Dessa forma, eu sei bem o porquê de tantos empecilhos. É algo pessoal. — Pronto! — suspiro e me recosto na poltrona, indicando a aeromoça que me traga uma dose. — Você conseguiu destruir meu bom humor. Está feliz agora? Daniel ri e ergue seu copo recém servido num brinde silencioso. Assim que pousamos, montamos num carro que já nos espera e seguimos para o dos meus hotéis na cidade. O clima está quente e o sol brilha forte no céu. Gostaria de estar indo para uma piscina agora, mas estou enfiado num terno para encontrar o dragão. Não que Elisa seja feia. Está longe disso. Porém, da forma como vem pegando no meu pé, tem me deixado bem irritado e hoje vou colocar um ponto final nisso. — Eu vou subir, trocar de roupas e depois você me encontra na piscina. — comunica-me Daniel, indo rumo ao elevador, depois que sou avisado que a secretária me aguardo no escritório. — Isso, é... se Elisa te deixar inteiro. — ri sarcástico e some dentro do aparelho. Ele sabe bem o motivo da implicância da mulher comigo. Assim que entro, encontro a primeira dama da cidade sentada frente a enorme mesa de madeira, com suas longas e torneadas pernas cruzadas, balançando levemente. Suspiro, monto um sorriso nos lábios e me aproximo dela. — Elisa! Minha querida! A mulher coloca-se de pé e me endereça um sorriso bonito, cheio de significados. Vou até ela, seguro sua cintura e beijo suave, mas demoradamente seu rosto. — Eu poderia dizer que é bom te ver, se fosse em outras circunstâncias. — digo a ela e me afasto, rodeando a mesa. Desabotoo meu terno e acomodo-me na cadeira, sob o olhar escrutinador dela. Sei bem do efeito que tenho sobre ela, então mantenho um sorriso de lado nos lábios. Ela volta a se sentar e cruzar as pernas de forma lenta e calculada. Eu aprecio o show, demonstrando interesse. Astuta, percebe meu olhar e torna o movimento ainda mais sensual. — Eu só estou fazendo meu trabalho, querido! — ela dá de ombros. Apoiando meus cotovelos na mesa, inclino-me para a frente e digo baixo e pausadamente, quase como se tivesse fazendo uma confissão. — Às vezes acho que você só faz isso para me trazer de volta para Fortaleza... — noto um lampejo de desconforto passar pelos olhos verdes da mulher, como seu eu tivesse acertado na mosca. Mas logo retorna com seu sorriso quase lascivo. Elisa sabe que é bonita e do poder que tem sobre os homens. E, mesmo sendo casada com alguém poderoso, que já o era antes mesmo de ser eleito, não deixa de flertar com o sexo oposto.— Talvez eu esteja unindo o útil ao agradável. Volto a me recostar na cadeira, tamborilando os dedos sobre o tampo da mesa, estreitando os olhos e a examinando minuciosamente. Ela me encara de volta, impassível. — Você sabe que está tudo em ordem na obra, não sabe? — digo, baixo, mas firme. A mulher dá de ombro de novo.— Não o que minha equipe diz. Meneio minha cabeça levemente, ainda a encarando. Depois de dar um soco de leve na mesa, coloco-me de pé e caminho até a secretária. — Sejamos práticos, Elisa. — parando a seu lado, estendo as mãos para ajudá-la a ficar de pé. Olhando de forma insinuante para o decote generoso dela, finjo limpar a garganta antes se prosseguir. — O que posso... — deslizo minhas mãos suavemente pelos braços dela. — fazer para nos tirar desse impasse? Os olhos dela baixam, lânguidos, observando meus dedos correndo por seus braços. Então, quando minhas mãos param em seus ombros, meu polegar fazendo pequenos e insinuantes movimentos em sua pele, ela levanta a cabeça, seus olhos parando em minha boca. — Você sabe bem o que precisa fazer, Miguel... — sua voz é um sussurro rouco. Conheci Elisa há alguns anos, na época da construção de um de meus outros hotéis. Mais precisamente, num jantar onde o marido dela anunciou sua candidatura. Na ocasião, fiz uma generosa doação para a campanha do homem. E ficou claro o interesse de Elisa por mim. E não se fez de rogada, dando em cima de mim, praticamente na cara do marido. Talvez seja por isso que ele parece não gostar nenhum pouco de mim. Tratou-me com cordialidade, nas poucas oportunidades em que nos encontramos, mas eu já decifrei o seu olhar. Contorno o corpo escultural da secretária, meus dedos correndo de seus ombros, por seu colo e paro atrás dela. Elisa de Camargo Moreira é uma mulher de uns 50 anos, linda, sensual, muito segura de si e poderosa. Muitos homens dariam de tudo para frequentar sua cama. Miguel também não foi indiferente. Retribuiu o flerte com igual ardor, no tal jantar... até descobrir quem ela era e com quem era casada. Seu marido, Victor Camargo Moreira, um empresário muito rico e influente no nordeste, tem seu nome envolvido em controvérsias. Existem boatos fortes de que esteja envolvido com milícias, lavagem de dinheiro e outras coisas ilícitas. E, apesar de todos esses boatos, a mulher parece não ter muita discrição.Deixando meu corpo quase colado ao dela, digo baixinho, muito perto de seu ouvido.— Eu... acho que sei... — aperto seus ombros e noto que ela prende o ar. — o que você quer, Elisa. — E você... — as mãos de unhas compridas e bem feitas se espalham por minhas coxas. — vai me dar o que eu quero? — Eu vou repetir o que eu já te disse uma vez. — faço uma pausa proposital, praticamente colando meu quadril à sua bunda bem feita. — Eu não fodo mulheres casadas. — sinto quando se enrijece diante de mim. Elisa tenta se afastar, mas não permito, segurando-a pelos ombros. — E isso não mudou. Mesmo você sendo uma mulher muito atraente, eu não vou te levar para a cama! E se você continuar brincando comigo, usando de artimanhas e se metendo nos meus negócios... farei com que se arrependa! — concluo entre dentes. Com um puxão, Elisa se livra do meu aperto e me encara, seu olhar carregado de raiva.— Não pense que pode me tratar assim, Miguel! — E não pense que pode se meter nos meus negócios, Elisa! — Vai se arrepender... — Eu pago para ver! — a interrompo, aproximado-me e ficando cara a cara com ela. — Não tenho medo de você! Recolhendo o casado e sua bolsa que estavam dispostas em uma poltrona, se encaminhou para a porta, mas não partiu sem antes deixar uma última ameaça.— Se depender de mim, seu complexo nunca saíra do papel! — e, saiu, obviamente batendo a porta atrás de si. Suspiro frustrado, com a sensação de que ainda ouvirei falar de Elisa de Camargo Moreira.

Uma noite com o bilionário - Virgindade leiloadaOnde histórias criam vida. Descubra agora