24 - Dor de cotovelo

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Dor de cotovelo, Erik profetizou uma vez que é o que ela sentiria por Derek. E Liana estava convencida. Palavras ruins realmente voltam, fez uma anotação mental para cuidar bem das coisas que falaria dali pra frente.

Estava mortificada de ciúmes de Derek ao lado da noiva, nem a raiva que sentia por sua atitude possessiva durante a briga lhe impedia de sentir assim.

Erik tinha razão nas brigas que antecederam sua saída de casa anos antes, ela era realmente muito idiota por gostar de alguém como Derek.

Erik também não era flor que se cheire! Se engomadinha Lemmet era tão boa assim deveria ser a eleita.

- Case-se com ela então!

- Não! Não que-ro!

- Mas se a admira tanto é o que deveria fazer.

- Liana - ele disse com seu melhor sorriso, o sorriso com o qual outras moças poderiam ser manipuladas - minha princesa, devo lembrá-la que somos uma casal apaixonado, devemos nos portar como tal.

"Gêmeos lindos" Liana pensou. Ele podia ser prepotente, convencido soberbo, manipulador e dezenas de outros adjetivos, mas ele podia ser, porque era lindo, tão lindo quanto o irmão.

- Apaixonados em que grau?

- Grau superlativo.

- Han?

- Superlativo absoluto...

- Bem vinda, querida! - Elizabeth os interrompeu - Vocês tem cinco minutos para acabar com esta ridícula e escandalosa encenação ou estarão casados amanhã antes que o sol se ponha!

-Isso seria maravilhoso mamãe.

A desagradável surpresa fez Elizabeth dar o sorriso mais forçado de sua vida.

- Então é isso Erik? Demoramos uma vida inteira para educar um filho e ele simplesmente joga isso no lixo por causa de um capricho! Você garota, tem noção que não passa de um capricho? Erik nunca vai gostar de você, ele só está fazendo isso para não deixar ocasião para o irmão. Erik recebeu a educação de um príncipe, nunca poderia gostar de uma pobre coitada, filha de uma qualquer...

- Já chega mamãe - Erik a interrompeu.

Elizabeth estremeceu voltando a si.

- Minha predileta, mamãe - disse Erik simulando uma pequena apresentação, tomou Liana pela mão e a fez rodar exibindo-a para como um brinquedo novo.

- Oh! - disse Elizabeth. - Você premeditou.

- A senhora disse que a minha predileta seria importante.

- Eu desconhecia a respeito de quem falávamos, esta criada não pode ser!

E ela saiu sentindo-se traída pelo filho. Todos os funcionários da fazenda trabalharam pesado por aquele baile. As melhores moças das cidades adjacentes estavam presentes, tudo para que Erik pudesse ter boas opções de escolha.

Ela se viu esbarrando num garçom, as taças de cristal com vinho branco se chocando ao chão. E num acesso de fúria ela mesma derrubava com as mãos uma bandeja de aperitivos de um aparador junto a parede.

- Querida? - disse o lord Trewsky interrompendo seus pensamentos. - Não há nada que possamos fazer agora. Demos a melhor educação possível, nunca faltou nada a esses meninos. Ele agora está escolhendo seu futuro. Ninguém poderá dizer que fomos pais ausentes, desnaturados.

- Todas essas moças, as mães vão me odiar.

- Sim querida.

- Vão pensar que as fiz viajar por horas para assistir Erik com sua escolhida sem renome algum, uma desconhecida!

Trewsky BrothersOnde histórias criam vida. Descubra agora