21 - Vingança Abalada

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- É que eu disse a ele que não sei montar senhora, ele terá que me carregar em seu cavalo, isto é, se as senhoras não se importarem - ela se referia à possível futura sogra e à mãe.

- De forma alguma! - as mães disseram em coro para consternação do rapaz.

- Erik! - repreendeu-o Elizabeth, interrompendo o fora mental que ele gritava contra Hellen.

- Será um prazer! - Ele disse à contragosto, dando-se por vencido.

Saíram da propriedade sem muita cerimônia, Hellen tinha assinado sua sentença de morte com a concorrência que a olhava com ferocidade.

Imaginou que elas só não lhe lançavam uma flexa ali mesmo por medo de acertar o alvo errado - ele não, o sobrenome, em vez da senhorita-leoa-Lammet.

- Onde vamos? - ela quis saber.

- Não sei - ele disse sincero.

- Creio que precisamos conversar senhor, posso chamá-lo apenas Erik?

- Não.

Ela sobressaltou-se à sua frente com a negativa.

- Prefiro que me chame de Trewsky - ele disse zombeteiro com apenas meia intenção de amaciar a situação.

- Como queira, lhe chamarei da forma que mais lhe agradar, Erik Trewsky.

Ela esperou, como ele não esboçou resposta continuou.

- Então, Trewsky, me diga o que gostaria que eu fizesse.

Erik arqueou a sobrancelha.

- Senhorita Lammet, eu preferia que estivesse na boa companhia de nossas mães em vez de estar aqui comigo.

- Não me diga isso, meu doce Trewsky. Sabemos que existe algo intrigante entre nós dois.

Erik quase engasgou.

- Senhorita, eu tinha outra impressão da vossa pessoa.

- A impressão que precisava ter, e que todos têm porque é o que eu sou. Agora quero mostrar quem gostaria de ser para o senhor, existe um certa correspondência entre nós e creio que com um pouco de privacidade podemos nos convencer disso...

Erik por fim já não lhe captava mais sentido às palavras, bem à frente na estrada de chão avistou um cavalo e a silhueta feminina lhe roubou toda a atenção.

Parou o cavalo num canto da estrada, próximo à margem de um rio que conhecia e disse à Hellen que o aguardasse à margem do rio, em alguns minutos ele se juntaria a ela.

A moça não o decepcionou, interpretou seu pedido de forma errada e se foi sorridente imaginando sabe-se lá o quê.

Ele seguiu em frente alguns metros à pé para poder interceptar Liana longe dos ouvidos de Hellen.

- O que está fazendo sozinha nesta estrada? Onde esteve a noite passada? - ele quis saber, autoritário, surpreso ao vê-la pela primeira vez em trajes mais finos.

- E você, o que faz aqui? - ela retrucou.

- Liana!

- Só você pode ser o curioso aqui? Eu tive una noite de cão e quem você pensa que é para me tratar assim?

- Eu sou seu quase-noivo! E fale baixo! Não quero que ninguém nos ouça.

Liana olhou o cavalo à beira da estrada.

- Não me diga que está acompanhado? Não preciso de um quase-noivo - ela se interrompeu ao ver a figura elegante saindo da trilha. - Fico feliz que já tenha encontrado candidata mais adequada para se vingar de seu irmão.

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