- É que eu disse a ele que não sei montar senhora, ele terá que me carregar em seu cavalo, isto é, se as senhoras não se importarem - ela se referia à possível futura sogra e à mãe.- De forma alguma! - as mães disseram em coro para consternação do rapaz.
- Erik! - repreendeu-o Elizabeth, interrompendo o fora mental que ele gritava contra Hellen.
- Será um prazer! - Ele disse à contragosto, dando-se por vencido.
Saíram da propriedade sem muita cerimônia, Hellen tinha assinado sua sentença de morte com a concorrência que a olhava com ferocidade.
Imaginou que elas só não lhe lançavam uma flexa ali mesmo por medo de acertar o alvo errado - ele não, o sobrenome, em vez da senhorita-leoa-Lammet.
- Onde vamos? - ela quis saber.
- Não sei - ele disse sincero.
- Creio que precisamos conversar senhor, posso chamá-lo apenas Erik?
- Não.
Ela sobressaltou-se à sua frente com a negativa.
- Prefiro que me chame de Trewsky - ele disse zombeteiro com apenas meia intenção de amaciar a situação.
- Como queira, lhe chamarei da forma que mais lhe agradar, Erik Trewsky.
Ela esperou, como ele não esboçou resposta continuou.
- Então, Trewsky, me diga o que gostaria que eu fizesse.
Erik arqueou a sobrancelha.
- Senhorita Lammet, eu preferia que estivesse na boa companhia de nossas mães em vez de estar aqui comigo.
- Não me diga isso, meu doce Trewsky. Sabemos que existe algo intrigante entre nós dois.
Erik quase engasgou.
- Senhorita, eu tinha outra impressão da vossa pessoa.
- A impressão que precisava ter, e que todos têm porque é o que eu sou. Agora quero mostrar quem gostaria de ser para o senhor, existe um certa correspondência entre nós e creio que com um pouco de privacidade podemos nos convencer disso...
Erik por fim já não lhe captava mais sentido às palavras, bem à frente na estrada de chão avistou um cavalo e a silhueta feminina lhe roubou toda a atenção.
Parou o cavalo num canto da estrada, próximo à margem de um rio que conhecia e disse à Hellen que o aguardasse à margem do rio, em alguns minutos ele se juntaria a ela.
A moça não o decepcionou, interpretou seu pedido de forma errada e se foi sorridente imaginando sabe-se lá o quê.
Ele seguiu em frente alguns metros à pé para poder interceptar Liana longe dos ouvidos de Hellen.
- O que está fazendo sozinha nesta estrada? Onde esteve a noite passada? - ele quis saber, autoritário, surpreso ao vê-la pela primeira vez em trajes mais finos.
- E você, o que faz aqui? - ela retrucou.
- Liana!
- Só você pode ser o curioso aqui? Eu tive una noite de cão e quem você pensa que é para me tratar assim?
- Eu sou seu quase-noivo! E fale baixo! Não quero que ninguém nos ouça.
Liana olhou o cavalo à beira da estrada.
- Não me diga que está acompanhado? Não preciso de um quase-noivo - ela se interrompeu ao ver a figura elegante saindo da trilha. - Fico feliz que já tenha encontrado candidata mais adequada para se vingar de seu irmão.
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Trewsky Brothers
Roman d'amourRomance de época. Vários capítulos já prontos e em revisão. Não é hot. Sinopse: os gêmeos mais lindos e rebeldes da cidade não acreditavam quando seus pais diziam que se não tomasse rumo na vida seriam deserdados. Derek sempre acostumado a conseguir...