7 - Déjà vu

121 12 4
                                    

Seguiram pela varanda por fora da casa depois pelo jardim até a casinha de ferramentas depois do estábulo. Erik parou em frente à porta para ouvir.

- Não escuto mais, você consegue ouvir?

Ela não tinha prestado atenção, mas só o fato de estar longe das pessoas felizes já era reconfortante.

- Um ruído distante.

- É, nós estamos distantes mesmo. Mas ainda não o suficiente. Vem comigo.

Erik seguiu para o bosque ao lado, não era tão tarde mas já era noite e o lugar era muito escuro.

- Erik não gosto deste lugar.

- Confie em mim - disse secamente.

Agora ele andava tão rápido entre as árvores que ela mal conseguia vê -lo. Por fim Liana o perdeu de vista.

- Erik! - chamou sem querer gritar.

- Aqui! - ele respondeu, mas ela não conseguiu achar a direção.

- Onde?

De repente ela ouviu um barulho de cordas entre os galhos atrás de sem querer deixou uma garrafa cair.

- Liana! - reclamou Erik. - Não desperdice!

Erik estava içando a caixa de vinho numa espécie de elevador, no alto da árvore havia uma casinha de madeira, onde eles brincavam quando crianças.

- Você devia ter me esperado, a culpa é sua! - respondeu, lembrar da infância quebrava a tenção de patrão e empregada. - E a garrafa não quebrou!

- Suba Liana!

- Não consigo subir com as garrafas.

- Ai, ai, ai... disse Erik coçando a cabeça.

Ele odiava serviços repetitivos, sempre lhe deixavam de mal humor. Desceu o elevador para subir as garrafas desajeitadamente.

- Agora suba, Liana.

- Não posso subir aí com você.

- Liana!!! - ralhou impaciente. -Prometo não fazer nada... que você não queira.

- Erik!

- Ah Liana, alguma vez eu te desrespeitei?

- Então para que estamos aqui?

- Para afogar nossas mágoas no vinho.

Com este argumento Liana pôs se a subir o tronco pelos degraus pregados com aquela sensação de quem vai se arrepender.

- Não troxemos copos. - Liana constatou ao entrar na casinha.

- Não precisamos.

Ele passou uma garrafa aberta para ela e deu uma longa golada na que estava em sua mão.

- Brindemos! - disse Erik.

- A quê?

- Ao futuro e à felicidade de Derek.

- Está brincando? Quero que seu irmão...

- Vá para o inferno! - concluiu Erik, ela sentou-se ao lado dele e bebeu três goles seguidos.

- A felicidade de Derek, ela arrebentou com nós dois.

- Como ela te afeta?

- Derek vai arrendar a fazenda que você mora.

"Então terei que me mudar", pensou Liana baixando a cabeça.

- Ei, tudo limpinho aqui! - considerou em seguida.

Trewsky BrothersOnde histórias criam vida. Descubra agora