Capitulo 23

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Maitê

Estar na casa de Henrique não havia sido premeditado, passei a semana lutando contra a razão e a emoção, sem saber se deveria ou não entrar em contato com ele, mais de alguma forma a saudade bateu e me vi um pouco pra baixo com falta de notícias dele e pra ser sincera me senti uma pessoa péssima quando o mesmo disse que não estava bem .. Eu queria fazer algo mais não sabia oque e nem como, Ada estava comigo esse final de semana já que meus pais haviam feito uma pequena viagem e tudo oque se tem Ada no meio tenho que me redobrar mais ainda pois a menina realmente era esperta demais.

Estava saindo do quarto de Henrique com uma blusa em mãos, por um segundo levei o tecido ao nariz sentindo o cheiro gostoso dele na peça, por fim afastei a mesma e me assustei com minha atitude me fazendo me repreender mentalmente, quando estava chegando na sala o vi meio deitado e um pouco vermelho

Maitê: Você está bem ?

Ele apenas assentiu mais não disse nada, me aproximei vendo que seus olhos estavam fechados e levei minha mão até sua pele a sentindo quente

Maitê: Agora pouco você estava sem febre, será que foi a sopa ?

Henrique: A sopa estava ótima May

Fui pega de surpresa pelo apelido, era comum todos me chamarem assim, mais na voz dele, vindo dele era uma sensação diferente

Maitê: Oque está sentindo ?

Henrique: Nada !

Maitê: Diga logo, tá na cara que não está bem ..

Ele riu mais o vi apalpar o sofá procurando por algo até sua mão se fechar no pequeno cobertor e ele o trazer pra si se cobrindo e eu fazendo o contrário, puxei a peça pra longe de seu corpo e vi seu olhar questionador sobre mim

Maitê: Não pode se cobrir se não a febre pode aumentar, onde tem um anti térmico ? Vou te dar um e depois vamos tomar um banho e você vai deitar pra dormir

Henrique: Esqueci que estava na presença de uma enfermeira

Maitê: Onde está ?

Henrique: Acho que no meu quarto, mais só posso tomar mais tarde, tomei um não tem muito tempo

Maitê: Vem, vamos tomar um banho

Me levantei segurando sua mão e o puxando até seu quarto, na metade do caminho pude ver que Ada ainda dormia e conhecendo bem minha filha ela só acordaria agora amanhã, entramos no quarto de Henrique e enquanto caminhei até sua cama para desforrar e tirar os tecidos mais grossos o vi entrar no banheiro e retirar a camiseta que usava, a cena foi pra lá de sexy, era como se tudo estivesse em câmera lenta, cada músculo dele se contraindo e em seguida sua bermuda caiu junto da cueca deixando a bunda de mostra. Pai amado !
Deixei a cama no jeito e entrei no banheiro sem me preocupar com a intimidade que isso poderia causar, Henrique estava embaixo do chuveiro e agora seu corpo inteiro tremia, puxei a toalha e assim que ele me viu fechou o chuveiro e se secou, apenas o segui até a cama o vendo se deitar e puxar as cobertas, fiquei em pé sem saber se deveria deixá-lo descansar agora ou ficar mais um pouco

Henrique: Vem, fica aqui só um pouco, já devo dormir e você volta pro seu quarto

Maitê: Você está parecendo uma criança falando

Ele fez uma careta e o vi apagar a luz deixando apenas o abajur ligado e dei a volta na cama me ajeitando do outro lado, logo seu corpo grande veio pro meu quase me imobilizando no lugar, minhas costas estavam pegando na cabeceira da cama já que estava sentada com as pernas esticadas, a cabeça de Henrique estava deitada sobre o colo dos meus seios, seu braço circulando minha cintura e sua perna em cima da minha, coloquei minha mão em sua pele vendo que ele havia esfriado e senti um grande alívio me invadir

Henrique: So um pouquinho ..

Maitê: Tudo bem..

Minha mão foi em direção ao seus cabelos e sem me dar conta comecei a acariciar seu fios, senti o corpo de Henrique pesar sobre o meu e sua respiração fazer o mesmo, aproximei meu nariz de seus cabelos e expirei fundo querendo de alguma forma manter aquele cheiro dentro de mim, escorreguei meu corpo do jeito que pude pra tentar ficar mais confortável, tentar ficar um pouco deitada mais eu estava na única posição que Henrique queria, seu aperto se suavizou por questão de segundos, tempo suficiente pra que eu deitasse de lado e logo sentisse o rosto dele na curva do meu pescoço

Henrique: Obrigado

Me assustei com sua voz grossa e baixinha sobre minha pele, apenas assenti sentindo sua boca colar na minha pele em um beijo molhado que fez cada parte do meu corpo se arrepiar e meu coração acelerar, como se pra comprovar oque eu estava sentindo sua mão pousou em meu peito, bem em cima do coração e por ali ficou, fiquei tentando entender oque tinha acontecido mais quanto mais eu pensava mais eu tinha certeza que estava chegando em lugar algum, meus olhos foram pesando até sentir meu corpo inteiro relaxar e eu me entregar a escuridão

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