Capitulo 30

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Henrique

Henrique: Não !!

Maitê: Henrique ...

Henrique: Eu já disse que não !!

Maitê: Ele quer te ver

Henrique: Mais eu não quero ver ele, não quero saber nada dele ... afinal, me explica de novo como ele foi parar no seu quarto ?

Maitê ainda me encarava daquele jeito fodido que me deixava maluco

Maitê: Eu já te falei cinco vezes

Henrique: Muita coincidência esse encontro de vocês dois, não acredito em acasos

Maitê: Destino ou não ele veio até mim

Henrique: Eu juro que ...

Maitê: Escuta ! Se você não quer eu não vou insistir, você é adulto e sabe oque faz e toma suas próprias decisões, eu apenas queria ajudar .. ele realmente não está bem e quer te pedir perdão, eu só não quero que você tenha algum arrependimento por não ter o ouvido

Respirei fundo e fechei meus olhos com força

Henrique: E você vai comigo nessa palhaçada toda ?

Ela desviou o olhar e acenou concordando

Maitê: Se é o seu pedido !! Mais será meu presente de aniversário

Soltei uma risada sarcástica e me virei indo pra cozinha, eu precisava de algo forte pra beber.

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Estava encostado no meu carro encarando a enorme escola a minha frente, o fluxo de pessoas era frenético oque me deixava ainda mais afobado, encarei o relógio no meu pulso vendo que Maitê estava atrasada, a apresentação de Ada deveria começar em breve por isso puxei meu telefone e disquei o número da mulher que tem atormentado meus pensamentos

Maitê: Eu sei, estou atrasada, mais não sei se vou conseguir ir

Henrique: Está de brincadeira né ? É a apresentação dela !

Maitê: Eu sei, e nunca perco uma apresentação sequer dela, mais dessa vez realmente estou agarrada, Monica está passando mal e Annya ainda não chegou e tem um paciente que machucou feio aqui !!

Henrique: Oque eu vou dizer pra ela ?

Maitê: É uma apresentação do dia dos pais Henrique, não acho que ela vá sentir minha falta !! A presença necessária aí é apenas você !

Henrique: Então fui promovido a pai ?!

Maitê: Não começa ...

Henrique: Mais tarde eu e você teremos uma conversa séria ..

Ela apenas desligou o telefone na minha cara me deixando ainda mais ansioso ...
Quando entrei no auditório da escola eu ainda não acreditava que estava aqui, o local era preenchido por pais e algumas crianças correndo de um lado pro outro, desci até perto do palco e me sentei ali mesmo, era um lugar visível e fácil de Ada me achar caso fosse o caso, depois de um tempo as luzes se apagaram e logo as apresentações se iniciaram, confesso que fiquei encanto ao ver as crianças pequenas fazendo apresentação, elas sequer tinham tamanho pra se manter em pé e apresentaram uma bela dança,em seguida teve a apresentação de mais seis turmas e então eu vi Ada entrar junto de mais crianças, ela sorriu quando me viu e acenou freneticamente me fazendo rir e retribuir seu aceno.
Quando todos ficaram em silêncio as crianças começaram a recitar unidas um pequeno texto e logo em seguida cada uma ia até à frente e mandava uma mensagem ao seu pai, quando Ada pegou o microfone e se aproximou da beira do palco eu senti meu sangue ser drenado pois compreendi naquele momento que ela realmente me via como uma presença paterna e eu não sabia distinguir se isso era bom

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