Maitê
Algo dentro de mim gritava incessantemente que eu estava cometendo uma burrada, minha razão dizia que estava ultrapassando limites que não deveria mais eu não me importava naquele momento, eu havia crescido em uma casa regada de amor e companheirismo e Henrique tinha sido o contrário mais mesmo assim ele não perdeu a essência que tinha, Henrique ao mesmo tempo que era forte demonstrava uma certa sensibilidade eu não sabia bem como descrever só sabia que eu o compreendia mais do que deveria e queria.
Estávamos dentro do carro quase chegando na casa dos meus pais quando senti um nervosismo me consumir, era algo novo e muito cru, eu estava incluindo Henrique na minha vida e sabia que estava o incluindo mais do que deveria e mesmo assim só queria focar e acreditar que estava fazendo aquilo porque éramos amigos. Quando o carro de Henrique parou na porta e descemos do carro sentia que minhas pernas iriam fraquejar, Henrique riu baixinho e deu a volta no carro parando diante de mim
Henrique: Arrependida ?
Maitê: Do que ?
Henrique: Se estiver desconfortável podemos ir embora eu não ligo
Joguei todos os pensamentos da minha mente pra longe, ele merecia ter uma família, merecia ter a oportunidade de ser amado por uma e sabia que a minha faria isso a partir do momento que eu o apresentasse corretamente,agarrei sua mão e comecei a puxa-lo em direção a casa, não toquei campainha pois sabia que meus pais estavam em casa já que o carro estava na garagem e que não estariam fazendo nada obsceno já que Ada também estaria aqui ... Abri a porta ouvindo as vozes que vinham da cozinha e puxei Henrique até parar na porta e ver meus pais mais Ada ali, minha mãe mexia nas panelas enquanto meu pai cortava umas folhas, Ada estava na bancada apenas encarando os dois quando fiz um som e os três olharam pra mim, na verdade não pra mim, seus olhares estavam voltados pra Henrique, Ada endireitou o corpo e seu olhar pousou em minha mão onde estava enlaçada a de Henrique, o sorriso que ela deu foi tão genuíno que seu grito nos atingiu antes que eu tivesse a chance de soltar a mão dele
Ada: Riqueeeee
A vi pular da bancada fazendo meu pai quase enfartar e correr até Henrique que soltou minha mão e se abaixou recebendo o abraço de Ada
Henrique: Como você está princesa ?
Ada: Estou bem e você ?
Henrique: Também estou bem... Achei que tínhamos um encontro marcado
Minha filha sabia oque tinha feito e cerrei meus olhos vendo que ela tinha ciência daquilo
Ada: Me desculpe, vovó me chamou pra vir e aceitei, acabei esquecendo de você
Henrique: Vou fingir que acredito em você
Ela riu e o soltou o puxando mais pra dentro da cozinha, minha mãe tampou as panelas e limpou as mãos no avental e se aproximou
Linda: Eu me lembro de você ! Você estava na festa de aniversário da Ada
Henrique: Eu mesmo Senhora
Linda: Senhora não por favor, sou muito nova pra isso, me chame apenas de Linda
Henrique sorriu e esticou a mão pra minha mãe que a segurou no mesmo instante
Henrique: Tudo bem Linda, me chamo Henrique
Linda: Eu sei
Eles se afastaram e quem se aproximou foi meu pai o encarou de cima abaixo mais Henrique não se intimidou, é claro que não se intimidaria o homem era maior que meu pai e fora isso era um delegado, claro que ele tinha confiança em seu próprio porte
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Renda Se
RomanceMaitê é uma mulher comum, formada como enfermeira e mãe solo de primeira viagem, ainda nova seu sonho era se formar e construir uma família mais seus planos mudaram quando engravidou, mãe solo, embora seu sonho continuasse com o tempo ela os guardou...