A música acabou, mas quando ela parou de beija-lo, as mãos de Alexandre continuaram sobre ela. Estavam os dois em choque, eletrizados pelo o que tinha acabado de acontecer. Ele estava ofegante, a olhava como se ela já estivesse nua. Aquilo a deixou ainda mais molhada do que ela gostaria de assumir.
Queria ele.
Tinha medo de querer, mas queria.
Como a vida poderia ser tão controversa? Não era sobre nunca e nem sobre sempre, mas ela nunca pensou que fosse estar nos braços dele de novo por mais que sempre tivesse esperado.
Só não sabia se era certo, não agora.— Me leva para casa? — ela pediu, se assustando com o próprio tom de voz.
Rouco, necessitado.
Ele não estava esperando nada, tentou deixar as expectativas o mais baixas possível, mas era impossível não sentir a fisgada na virilha, como seu pau já estava doendo no aperto da calça. Respirou fundo, a pegou pela mão e foram até o caixa. Alexandre pagou a conta em silêncio enquanto ela evitava olhá-lo. Medo de estar transparente demais.
— Ainda bem que não bebi. — ele falou sorrindo ao ver o tanto de pessoas que esperavam por um Uber.
O caminho para casa foi feito em silêncio. Tinha algo ali entre eles, um medo de quebrarem o que estava acontecendo. Era naturalmente o próximo passo, mas a ideia de irem para casa assustava Giovanna.
Não era a mesma, ele não era o mesmo. Ele teve outras mulheres, ela só teve livros. E seu corpo não era o mesmo antes da profissão. E tinham os problemas, os traumas entre eles.
Quando chegaram em casa, o silêncio continuou. Alexandre pegou a mão dela, beijou devagar, e sorriu.— Fiz isso no hospital, lembra? Você acordou bem na hora. — ele falou.
Ela sorriu.
— Eu fiz isso com você também... duas vezes.
— Duas?
— É, quando você estava todo quebrado no hospital e... quando se embebedou aqui em casa.
A feição dele mudou.
— Eu fui muito... rude?
— Perguntou se eu queria o divórcio. — ela falou rápido.
— Bom, então eu estava realmente bêbado, jamais perguntaria isso sóbrio.
— Por que?
— Medo de você falar sim e eu realmente ter que te dar isso.
Giovanna balançou a cabeça devagar, olhou para a boca dele e foi atraída como um imã. Tinha certeza que o beijo dele produzia alguma substância viciante. Sentiu as mais de Alexandre descerem por suas costas nuas. Os dedos acariciavam devagar, provocando. A língua dele a explorava, reconhecia. Giovanna arranhava sua nuca, unhas arrepiando a pele dele. Não conseguiam se afastar, ele a apertava, braços envolviam. Foi só quando sentiu as mãos dele descendo pelo decote das costas até os dedos traçarem a linha da calcinha que ela se afastou devagar. Alexandre perceber e subiu as mãos, ofegante.
— Desculpa...
— Não, eu... só preciso que tenhamos calma nisso. É tudo muito recente.
Ele concordou de imediato.
— Tem razão, eu sei... eu...
Alexandre olhou para baixo, a ereção marcada na calça. Giovanna acompanhou, olhando também, sentindo o ar faltar.
— Não se preocupa, eu... vou resolver isso. — ele falou, implorando para que ela parasse de olhar.
— Vai? — ela perguntou surpresa, mas logo se corrigiu. — Sim, claro, você... sabe o que fazer com isso.
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minta pra mim | gn
FanfictionForçados a um casamento por conveniência, Giovanna e Alexandre não convivem e em comum só tem o sobrenome. O que aconteceria se ambos precisassem um do outro quando menos esperassem?