Especial de Natal 🎄

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Benjamin olhava ao redor ansioso

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Benjamin olhava ao redor ansioso. A festa estava cheia, as luzes apagadas, flashs brilharam na batida da música. Era fim de semestre, e Lucas estava dando a festa agora que seus pais estavam viajando. Estava calor, ele podia ouvir algumas pessoas pulando na piscina, mas ele preferia estar aqui dentro mesmo, curtindo o som.

Dançava tranquilo quando seu olhar cruzou com o de Guilherme. Desviou logo, voltando para a bebida misturada em seu copo vermelho de plástico.

Procurou o olhar de Júlia pela casa, mas não a via. Só precisava de mais um resvalo com ela para parar de delirar. Estava prestes a ir atrás dela quando sentiu uma mão firme em seu braço. Voltou o olhar e viu o garoto na sua frente.

— Por que está fugindo de mim, Ben?

Benjamin sentiu o coração acelerar. Não conseguia explicar isso, conseguiu manter esse sentimento tão adormecido que era impossível esse recém chegado na escola ter acordado isso com um terremoto.

— Não estou fugindo de você, Guilherme. — ele falou sério.

— Então fica perto de mim.

O olhar de Guilherme era acolhedor, era calmo, era tudo que Benjamin não sentia agora. Sentiu o celular vibrar no bolso, a mensagem de seu pai brilhava para ele.

Filho, já estou aqui na esquina para quando quiser ir embora.

— Meu pai chegou, eu já vou.

— Ben! — Guilherme chamou mais uma vez, mas o garoto saiu em disparada da casa.

Benjamin entrou no carro rapidamente, recebendo um olhar estranho de Alexandre.

— Que foi, filho? Aconteceu alguma coisa?

— Não, não. O senhor chegou na hora certa, eu estava com dor de cabeça já.

— Dor de cabeça? Você é jovem, Ben. Tem que aproveitar.

Benjamin olhou para o pai e suspirou. Ele era seu melhor amigo, sempre foi, desde que ele se lembrava. Contava tudo para ele, falava tudo para ele, mas não sabia dizer se isso que se passava com ele...

Ele sabia que seus pais nunca deixariam de amá-lo, mas ele via tanta coisa, escutava tanta coisa.

Resolveu ficar calado. Começou a mexer no celular e quando chegaram em casa, foi direto para o quarto.

— Ei, não quer assistir a reprise do jogo comigo? — Nero perguntou.

— Podemos assistir amanhã, pai? Hoje tô acabado.

— Quer que eu leve um remédio para você?

— Eu tenho lá no quarto. Boa noite, pai, te amo.

— Boa noite, filho. Também te amo.

Alexandre observou o garoto subir as escadas. O achou tão estranho dessa vez, na verdade ele parecia estranho desde que terminou com Júlia. De certa forma ele achou até bom, Giovanna então nem se fala. Não iam com a cara da menina e ela não parecia fazer o filho.

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