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Filha de uma mãe empregada doméstica e de um pai de taxista, Judy é uma jovem negra de vinte anos que ganha uma bolsa de estudos em uma das melhores universidades da Espanha. Seria tudo maravilhoso se ela não fosse alv...
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MASON MUSSOLINI
Cansado.
Eu me encontrava praticamente embriagado de sono, morto. E isto, se desvia ao fato de que eu só consegui pregar os olhos ás seis da manhã, quando o dia já havia amanhecido. A conversa do dia anterior com a minha irmã, havia me deixado um tanto quanto preocupado, ansioso, e com medo. Sim, medo de de magoá-la mesmo sem a intenção. Medo de fazer alguma coisa errada, algo irreversível.
Apesar de não parecer, Mika e eu tínhamos uma relação muito especial. Claro que a maior parte do tempo estávamos brigando ou discordando em algo, mas ainda sim eu a amava demais e tinha absoluta certeza que o sentimento era recíproco. Talvez fosse apenas um mito quando diziam que os gêmeos podiam sentir como o outro estava, mas no meu caso e da minha irmã, era verdade, ela com certeza me conhecia como ninguém, me conhecia até mais que o meu pai, ou a minha mãe e sempre sabia quando eu não estava bem, ou o que estava sentindo, e posso dizer que eu também consigo saber o mesmo sobre ela. Não porquê éramos gêmeos, mas porquê realmente fomos dois irmãos que cresceram muito unidos, que enfrentaram o "quase abandono da mãe", a ausência do pai em casa, o que nos levou a praticamente sermos criado por Bertha nossa governanta e "babá", e claro ainda por sermos os mais velhos, tivemos que ajudar na criação de Kate, nossa irmã caçula.
Nosso problema nunca foi dinheiro, porque isso meu pai sempre teve muito. Sem contar que eu e Mika juntos éramos milionários ao herdarmos toda a fortuna do nosso tio Kaleb irmão do meu pai. Tio Kaleb era empresário em Dubai, gay e deserdado pela família. Papai não falava com ele, nem a mamãe, nem meus avós, ninguém além de mim e Mika que quando alcançamos idade o suficiente fomos procurá-lo. Sem filhos ou nenhum parceiro, nosso tio faleceu aos quarenta e dois anos e foi uma surpresa quando o advogado ligou para nos dar a notícia, ele havia colocado tudo, tudo mesmo, no nosso nome no testamento.
Vivemos pouco com o tio Kaleb e acho que nunca perdoaria o meu pai por isso. Ele era incrível. Mas como eu ia dizendo, dinheiro nunca foi o problema pois meu pai sempre teve demais e nos dava uma mesada considerável mesmo sabendo que tínhamos nosso próprio dinheiro, era uma maneira de se parecer com um "pai" já que normalmente ele não agia como um. E também, recentemente Mika e eu nos tornamos independente literalmente, já que ela abriu uma loja de roupas, de sua própria marca e eu investi um pouco do dinheiro em um estúdio de tatuagens. Pois é, difícil imaginar que o riquinho seja tatuador, mas sim, eu sempre gostei de tatuagens e inclusive, Tobby me ajuda.
Mika e eu somos a nossa família e a única coisa em que eu pensei durante a madrugada toda foi: eu podia ter machucado várias pessoas ao longo dos meus vinte anos, várias garotas, mas não ela, não a minha irmã. Mas também não podia garantir nada, não quando tudo o que eu queria, era jogar Judy em uma cama, arrancar as nossas roupas e me enterrar nela. Tudo o que eu mais desejava era sentir aqueles lábios carnudos novamente, aquele cheiro, aquele malditos cheiro que como disse Tobby, "me deixou de quatro". Eu não podia prometer para a minha irmã que não ficaria com Judy, não podia mentir assim, por mais que eu estivesse lutando contra mim mesmo, contra os meus desejos, se Judy quisesse, eu iria, eu faria, Céus, eu deleitaria dentro dela enquanto Mika provavelmente estaria aos prontos no quarto, sem nenhum arrependimento.
