VOCÊ É FODONA

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Um pedido de desculpas pode até não consertar o erro, mas certamente deixará feliz o coração magoado.

— Neuza Coelho







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JUDY FERRAZ



— [...] Mas e aí, há quanto tempo estão juntos?


Por um momento fiquei confusa tentando entender se o "juntos" era no sentido romântico ou algo do tipo. Ele realmente estava cogitando que éramos um casal? Olhei para Tobby e ele tinha a mesma expressão que eu em seu rosto.

— Oh perdão...eu... — ele negava a medida que sorria envergonhado. — Vocês não namoram ou algo assim, não é?

— Ah...! — Tobby pareceu se dar conta e negou rapidamente me olhando. — Somos só... amigos ?! — me encarou pedindo confirmação e eu assenti o ajudando.

— Sim, estudamos na mesma faculdade, ele é meu veterano. — sorri. — Só isso.

— Ah é que...eu pensei... — ele parecia meio perdido olhando para nós dois. — Enfim, me desculpem e vamos continuar bebendo hahaha....

Acabei sorrindo junto e então entramos em algum assunto sobre caça. Aliás, Tobby e o senhor Bob, já que eu não entendia nada sobre o assunto, na minha cabeça nem existia essa cultura da caça na Espanha e toda essa coisa da área rural. Preconceituoso da minha parte, eu sei. Mas era só ignorância, e até que estava sendo divertido ouvir sobre as aventuras do anfitrião, ou talvez eu só estivesse com muito álcool na cabeça para achar graça em mortes sangrentas de animais selvagens.

— E eu era conhecido sabem como? — sorriu orgulhoso. — Han, o Rei da Caça.

— É, pelo visto o senhor era muito bom mesmo! — Tobby comentou animado.

— É, eu...era sim...

Após confirmar, um clima meio melancólico se instalou no ambiente e com muita coragem, eu fui a primeira a me levantar, atraindo a atenção de ambos.

— Bem, eu acho que já vou ir descansar. — disse e Tobby se levantou também.

— Certo, de qualquer forma, a companhia de vocês foi muito agradável...! Espero que descansem e tenham uma boa noite. — disse e confirmos agradecendo antes de seguirmos pelo corredor.

Já no quarto, assim que entramos eu caminhei direto para a cama, me sentando.

— Ainda há possibilidade de ter algum tipo de veneno no vinho? — Tobby questionou com uma pitada de humor.

— Quem sabe. — dei de ombro.

— Hoje foi dureza, não é? — questionou enquanto se sentava ao meu lado.

— Sim, mas... até que o Bob deixou tudo melhor sabe, inesperadamente. — comentei com um sorriso. — Acho que não corremos nenhum perigo, ele é só um lobo solitário.

— Fiquei com pena sobre a parada da mulher e o filho... — disse pensativo. — um único filho, que ele não tem contato. O que você acha que pode ter acontecido?

— Eu realmente não sei Tobby, não consigo imaginar. Ele parece ser uma boa pessoa, mas talvez não tenha sido um bom pai, quem sabe...? — questionei sem jeito. Pois, aquelas coisas aconteciam o tempo todo.

Tobby concordo em silêncio e ficamos por alguns minutos daquela forma, em completo silêncio. Até, ele quebrar o gelo com algo totalmente inesperado.

*Finalizada* RESISTÊNCIAOnde histórias criam vida. Descubra agora