88 Euforia

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Na dimensão pós-apocalíptica...

Raví...

Receber o sangue da Duda dividia opiniões no búnquer pois era bem claro para todos ali que a visitante recém-chegada não era normal , pelo menos não para o padrão de todos que ali estavam; mas tinha o fato de que as pessoas que receberam o sangue da Duda estavam podendo andar livremente na atmosfera radioativa de fora do búnquer sem serem afetados.

Todos estavam em silêncio esperando que alguém se disponibilizasse a ser a primeira vítima.

Luan, 27 anos, estudante de enfermagem antes do apocalipse respirou fundo e falou:

- Todo mundo vai ter que morrer uma hora mesmo, eu aplico Rafael tem a mão muito pesada, se fosse para outras coisas eu adoraria mas para tomar esse tipo de injeção eu prefiro uma mão mais suave.

Todos do búnquer riram .

Ananda foi a segunda a tomar a decisão por aceitar o sangue da Duda.

Ananda é uma criança de 9 anos que chegou no búnquer 5 minutos após o terremoto que antecedeu o terremoto, a mãe dela deixou a criança com a gente e saiu do búnquer atrás de sua irmã que trabalhava no banco. A mãe e a tia da criança quando retornaram já estavam com o corpo descamando . A tia morreu pouco tempo depois e a mãe resistiu mais dois dias.

Peguei uma seringa e a "enchi" com o sangue do pequeno tubo de ensaio que usamos para exames e vi a menina fechar os olhos antes que eu fizeste o procedimento.
Depois da criança , as outras pessoas fizeram fila para, serem imunizadas com sangue da Duda.

Depois de ter imunizado todos que estavam no búnquer, sentimos uma alegria inexplicável por ter conseguido imunizar todos ali, em contra partida ficamos tristes por não poder tentar ajudar os que estavam no estábulo.

Poucas foram as pessoas que foram dormir, a maioria estava eufórica demais para isso. Falavam em como seria maravilhoso colocar o pé na terra novamente, falavam em sentir o cheiro das flores ( das que restaram, pois com a mudança do clima, várias plantas deixaram de existir) e outras falavam simplesmente em como seria maravilhoso andar sem o traje.

Vi ao longe Duda sozinha, sorrindo com ar de dever comprido e fui até ela .

- È agora não precisará mais de mim para te ajudar a achar o sino. - Falei ficando de pé encostado na mesma parede que ela.

- Você teria realmente a coragem de abandonar tudo que conhece como verdade para trás e ir para um lugar onde não conhece nada nem ninguém? - Duda me perguntou e eu sem pensar muito a respondi.

- A única pessoa que eu tinha não está mais entre nós , ir para outra dimensão seria como viajar para outra cidade ou outro país, eu saberia que meus colegas estão vivos , eu só não estaria com eles e está tudo bem.

- Raví a única coisa que eu preciso é que você consiga bloquear todo e qualquer pensamento , se você conseguir fazer isso eu prometo que te levo comigo. Uma vibração diferente poderá nos levar para outro lugar totalmente diferente, então eu realmente preciso que você consiga limpar seus pensamentos enquanto estivemos nos teleportado.

- Eu posso fazer isso. - Falei sorrindo ansioso pela ideia de ir para uma dimensão pré-apocalíptica.

...

No outro dia...

Duda...

Após poucas horas de sono estávamos de pé para mais um dia. Eu estava lavando o meu rosto e prendendo o meu cabelo em um rabo de cavalo quando Raví já pronto com uma mochila camuflada nas costas me perguntou:

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⏰ Última atualização: Mar 11 ⏰

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