015 - Tempo limite de felicidade

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Acho que perdi todas as forças que achava que tinha

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Acho que perdi todas as forças que achava que tinha. Mas eu tenho que manter minha cabeça erguida, não tenho nada do que me envergonhar.

Hoje a Nana vai viajar para Austin com a família, e enquanto isso, eu vou ter que lidar com minha tia sozinha. É frustrante não poder nem ao menos trocar mensagens com a Nana porque minha tia ainda não devolveu meu celular e provavelmente vai demorar a devolver. Isso se ela devolver.

O pior de tudo é que eu sou só uma adolescente burra e ainda por cima sou lésbica e estou rodeada de pessoas que não se importam com ninguém a não ser elas mesmas. Seria tão bom ter o apoio dela…

O caminho até o apartamento da minha tia foi lento. Tudo o que eu menos queria era ir para lá, mas não tenho mais para onde ir e me proteger dos próximos comentários dela. E se eu não voltar para casa, já viu né?

Assim que entrei notei algo diferente no ambiente. Não sei dizer o que. Deixei meus sapatos na porta e fui andando lentamente até a sala, onde encontrei uma pelúcia de elefante enorme e verde pastel! De trás dela saiu meu pai, com um sorriso enorme que encheu meu coração de alegria.

— Oi, minha princesa! —disse ele.

Meus olhos lacrimejaram. Não disse nada, apenas corri até ele e o abracei com tanta força que se ele fosse de vidro, certeza que quebraria.

— Pai! Meu Deus, você tá aqui! Não acredito! —Sempre que meu pai volta é um chororô que só, mas hoje é muito, muito diferente. —Eu senti tanta saudades pai! Você não disse que só voltaria em alguns meses?!

Ele bagunçou meus cabelos com um sorriso sincero que conforta até a minha alma.

— Decidi que queria ver a minha filhota mais cedo. Trouxe presentes! Vem, estão no seu quarto.

Eu e ele corremos escada acima em uma aposta para ver quem chegava primeiro. Assim que chegamos ao meu quarto, me surpreendi com a quantidade de coisas que ele trouxe. Me pergunto como ele fez isso.

— Meu Deus, pai! Olha isso! —Fui direto ver aqueles CDs suspeitos com uma fita. Assim que peguei nas mãos notei que eram todos os CDs da 1D autografados. —Ai, não acredito! A Nana vai pirar com isso aqui!

— Hum? Quem é Nana? —perguntou ele. Mexendo nas coisas que ele mesmo trouxe. —Tem até um bule de chá aqui meu Deus, nem lembrava mais disso.

— Bule de chá? Que lindo!

Não sei se devo contar sobre a Nana e a minha tia… Até porque ele não me tratou estranho ou mencionou qualquer coisa sobre esse assunto. Talvez eu devesse falar pelo menos sobre mim, mas não agora.

— Que horas a mana chega? —perguntou com o celular em mãos.

— Daqui a pouco, eu acho…

Espero que ela demore.

𝘁𝗼𝗱𝗮𝘀 𝗮𝘀 𝘀𝘂𝗮𝘀 𝗰𝗼𝗿𝗲𝘀 . jenna ortega Onde histórias criam vida. Descubra agora