capítulo vinte e um.

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Esse capítulo contém xenofobia e bullying, se você tiver gatilho com esses assuntos, pfv pule!

Boa leitura!

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S/n:

A praça de alimentação está lotada. O barulho de bebês gritando eadolescentes fofoqueiros deve estar prestes a romper a barreira do som. Pego todas as amostras grátis de comida pelo caminho, analisando cadaopção diferente, e arregalo os olhos quando vejo exatamente o que estavaprocurando.

Bulgogi Boyz. Esmagado entre um Subway e uma hamburgueria.

Tem um grupo de caras de vinte e poucos anos simplesmente arrasando nachapa e na preparação, carne e legumes voando para todo lado através danuvem de vapor e fumaça. Lembra o food truck, só que muito menos
gorduroso, muito mais organizado, e com espaço de sobra.

— Ah, agora sim. É aqui — digo, com a boca cheia de frango teriyaki eminissanduíches de carne.

Pego o braço da Hailee, abrindo caminho pela multidão até o restaurantecoreano, Cheri vindo logo atrás.

— A Natalie me apresentou ao Bulgogi Boyz nas férias. Tinha umafranquia na quadra do Tilted Rabbit, onde eu trabalhava. Ela pedia comidalá direto, e ando louca de vontade de comer aqui desde que me mudei.

Hailee hesita quando entramos na fila, mordendo o lábio e olhando derelance para a mãe. As palavras que ela não concluiu no provador mevoltam quando enfio mais uma amostra grátis na boca e sigo o olhar dela,vendo que a sra. Steinfeld está de braços cruzados, fazendo uma careta,
olhando para alguém que carrega uma bandeja vermelha cheia de arroz ebife quente e delicioso.

Não entendo exatamente o que está acontecendo, mas sei que tem algumacoisa esquisita.

— A gente pode comer outra coisa — digo, dando um tapinha no braçoda Hailee. — Aquele minissanduíche de carne que provei estava umadelícia.

Hailee volta a olhar para mim, e sacode a cabeça.

— Não, não. Tá tranquilo — diz, dando de ombros, quase… desafiadora,cruzando os braços no peito. — Quero experimentar.

Quando chegamos à frente da fila, o homem mais velho do balcão abre umsorriso enorme, pega nosso pedido e grita para os caras mais jovens dachapa. Em seguida, ele olha para a mãe da Hailee, que está atrás da gente.

— O que a senhora quer? — pergunta.

Ela não diz nada, provavelmente porque a voz dele se perdeu em meio aobarulho da praça de alimentação lotada.

E aí…

Ele repete a pergunta em coreano, achando que talvez seja esse o problema.

Vejo Hailee fazer uma careta quando Cheri olha para o homem comdesprezo.

— Eu não falo… — diz, com um gesto vago — …sua língua.

Puta merda.

Umas das pessoas na fila se viram para olhar para a gente.
Cheri ajeita as sacolas e aponta para a hamburgueria do lado.

— Estou com vontade de hambúrguer. Vocês pegam uma mesa?

Molly confirma com a cabeça e se volta para o homem do balcão, queparece mais confuso do que qualquer coisa. Quando Beth se afasta, ela soltaum pedido de desculpas sussurrado.

— Desculpa por isso. Ela só… Eu…

O rosto dela está vermelho-vivo, e eu a vejo mexer na carteira, desajeitada,tentando tirar o dinheiro do bolsinho interno. Cai tudo no chão, que tenhobastante certeza que ela deseja que ele se abra e a engula.

Ela Fica Com A Garota • Hailee Steinfeld and YouOnde histórias criam vida. Descubra agora