18 capítulo

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- Eu precisava ir embora de onde morava. - Falou indo em direção ao sofá.

- Mas por que? - Me sentei ao seu lado ainda segurando os jornais.

- Fiz uma coisa muito ruim no passado, então eu precisava sumir - Fechou os olhos soltando o ar dos pulmões, provavelmente estava se lembrando de tudo. - Fico feliz que está me deixando explicar, é muito importante para mim que você não pense que sou um monstro.

- Aqui fala que você matou seu marido - falei um pouco baixo - É verdade? - Perguntei com um pouco de medo da resposta.

- Sim.. - Sussurrou.

Fiquei calada deixaria ela terminar de falar.

- Eu estava assustada e aconteceu, não foi uma coisa planejada e nem com vontade eu.. Eu não sei como tudo aconteceu, éramos felizes e tudo mudou de repente, ele passou de calmo para ser irritado e agressivo.. Eu só não aguentava mais..

Sua fala foi interrompida por algumas batidas na porta, ele me olhou e se levantou para abri-la, segui seus movimentos até a porta com o olhar e voltei minha atenção para o jornal, tinha bastante coisa aqui para ler, minha atenção foi tomada quando ouvi uma voz muito bem conhecida.

- Peço-lhe que se retire da minha propriedade - Carolyna falou sem alterar o tom de voz, me levantei e me aproximei por trás. Meu pai estava na porta junto com três dos meus irmãos, os mesmo que ficaram encantados por ela.

- Olha ele aí, vamos para casa eu vim te buscar - Meu pai falou sério. Carolyna me olhou rapidamente e semicerrou os olhos em minha direção.

- Deveria ter continuado no seu lugar, eu resolveria - Falou quando se afastou da porta para ficar ao meu lado.

- Vamos, sua mãe está sentindo sua falta - Meu pai falou e meus irmãos concordaram, meu coração deu um pulo pela possibilidade dela ter sentido minha falta de verdade. Carolyna soltou uma risada debochada, mas logo ficou séria.

- Claro, sentiu muita falta quando discretamente expulsou Priscila de casa - Abaixei minha cabeça, me lembrando do dia.

- Não chame ele assim, não vê que lhe dá esperanças de ser uma coisa que nunca, nem nos sonhos ele vai ser, chame pelo seu nome Pierre - Meu pai falou irritado, senti medo dele fazer alguma coisa com Carol, sabia que não seria de muita ajuda já que pra ele sempre foi muito fácil me bater. - Vamos Pierre, para casa!

-Eu não quero - Sussurrei me afastando um pouco.

- Você não tem querer, ande vamos embora! - Lane subiu as pequenas escadas da varanda e se aproximou quase entrando na casa de camila.

- Ela não irá com vocês, Priscila ficará aqui comigo, então peço que vocês se retirem - Carolyna falou me puxando para ficar atrás do seu corpo.

Meus irmãos e meu pai soltaram risadas, assim que Carolyna terminou de falar.

- Pelo amor de Deus, olha que tipo de mulher
é você, precisa de um bom marido para
manter essa boca fechada - Carolyna soltou
uma risada sem humor.

- Já tive um e ele tentou fazer isso, mas como vê, hoje sou viúva - Arregalei os olhos com suas palavras. Eles pararam as risadas e se olharam.

- Isso não importa, e se você não sai daí e ir conosco para casa, vou tocar fogo em seus coisas, seu amigo também deverá vir conosco, Manuel quer ele de volta - Meu pai me ameaçou se afastando da porta e descendo as escadas - E você deveria encontrar um homem e não uma criança. - Apontou para Carolyna e meus irmãos soltaram algumas piadinhas.

- Ele violentou meu amigo - Falei me irritando. Michael negou com a cabeça e deu de ombros.

- Cada um com seus problemas, não tenho nada a ver com o que meu amigo faz com seu filho, e também ele tem necessidades - Falou como se fosse tudo normal. Carolyna arrumou a postura e segurou a porta.

- Priscila não irá com vocês, podem queimar as coisas dela se assim preferir, ela não precisará de mais nada que vier de vocês, Lucca decidirá onde quer permanecer, mas não irá se não for por vontade própria. - Falou e fechou a porta.

- Como eles sabiam estávamos aqui? - Me perguntei baixinho, mas camila ouviu.

- Eles nos viram juntas querida, bom isso não importa, estou feliz que não irá mais embora - Falou abraçando meus ombros, passei meus braços por sua cintura e descansei a cabeça no seu pescoço.

- Eu não me importo com o que você fez, eu confio em você e isso que importa eu quero você então, bom.. é, eu escolho você - Falei contra seu pescoço.

- Tudo bem querida, venha vamos nos sentar - Carolyna me puxou em direção ao sofá e sentou no mesmo, repeti seus movimentos me sentando ao seu lado.

- Sabe isso de escolher você, a gente vai... · Apontei para nós duas - Era juntas como? Eu estou um pouco confusa nessa parte.

- Não pense nisso, acho melhor chamar seu amigo para almoçar - Assenti me sentindo envergonhada por perguntar aquilo, me levantei e segui para o quarto que meu amigo estava.

Lucca estava dormindo todo embrulhado, me sentei ao seu lado e passei a mão por seu cabelo.

- Vamos almoçar - Falei assim que ele tinha acordado, seguimos para a cozinha e Carolyna estava servindo os pratos.

- Quer ajuda? - Perguntei me sentando de
frente para meu amigo.

- Não, querida - Se sentou ao meu lado e começamos a comer.

Foi legal o almoço, conversávamos e às vezes camila me repreendia por rir comendo, ela dizia que não queria me ver morrendo engasgada, isso nos causou mais algumas risadas e assim continuamos nosso almoço.

- Acho lindo o céu nessa hora - Falei olhando para o pôr do sol, estávamos sentadas no banco na varanda e quando meu amigo estava deitado no meio da grama.

Carolyna me olhou e assentiu, entrelacei nossos dedos e olhei para frente.

-Eu pensava juntas não como amigas - Carolyna falou baixo olhando para frente, franzi o cenho olhando seu rosto.

- O que? - Estava confusa, sobre sua fala sem sentido. A morena soltou uma risada e olhou para nossas mãos juntas fazendo um carinho.

- Respondi sua pergunta - Falou sorrindo e deu de ombros.

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