25 capítulo

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As crianças ficaram me olhando e dava para ver em seus olhares que elas estavam me julgando.

- O que houve com seu cabelo? Se você é uma princesa, deveria ser grande - Espremi os lábios e passei a mão no meu cabelo.

- Tiveram que cortar - Falei simples sem mais explicações.

- Nossa mãe, não é sua! - A garota falou com o nariz empinado.

- Tudo bem - Assenti não ligando muito para as bobagens que elas falavam.

- Você quer roubá-la de nós, mas nao vai conseguir - O garoto falou parecendo irritado - Papai disse que você, não é alguém importante e que não deveria se meter na família dos outros.

Essas crianças realmente pareciam não gostar de mim, mas não podia sair assim sem pelo menos me despedir da Amanda.

-Se você fosse importante, teria sido criada com nossa família, mas você é uma estranha que quer tomar nossa mãe. - OK, essa criança já estava me irritando.

- Não quero tomar nada de ninguém. - Falei com calma, são só crianças é normal falar besteira.

- Bastarda! - O garoto falou apertando os talheres na mão.

Engoli em seco e me levantei, bem na hora que Amanda voltou.

- Me desculpe sair assim, precisava colocar
o pequeno Anthony para dormir - Ela falou
com calma e sorrindo.

- Eu preciso ir, Carolyna me disse para não demorar - Falei sorrindo sem mostrar os dentes.

- Não precisa ir tão cedo, Carolyna sabe que você está aqui, com sua mãe. - Segurou minhas mãos, logo me puxando para um abraço. Nosso abraço não durou muito, pois as duas crianças entraram no meio me afastando da mãe deles.

- Você quer roubar nossa mãe, vá embora.

- Ela não é sua mãe, bastarda!

As crianças falavam com ódio, vi o pai delas encostado na porta da cozinha olhando tudo.

- Crianças vocês não podem falar assim com ela, Priscila é minha filha assim como vocês, tenham respeito - Amanda falou brava, mas sem levantar o tom de voz.

- Eu acho que já vou indo - Murmurei apontando para a porta e dando pequenos passos de costas.

- Não ligue para o que eles falaram, são só crianças - Amanda falou divertida, se aproximando.

- É melhor você ir embora mesmo, e não voltar, ela é só nossa mãe - A garota falou e o irmão repetiu.

Assenti e abri a porta atrás do meu corpo para sair.

- Espere ,você não pode ligar para o que eles dizem é só coisa de criança.

- Já deu minha hora de ir Amanda, Carol fica preocupada se eu não chegar logo em casa - Falei me sentindo estranha, comecei a andar para ir embora, mas parerei e me virei para ela - Carolyna e eu estávamos conversando e decidimos que o melhor a fazer é ir embora.

Amanda fez uma cara de espantada e se aproximou.

- Isso é um absurdo, eu acabei de encontrar você, quem ela pensa que é? Você é minha filha, vou lá agora mesmo para falar com ela! - Saiu andando rapidamente, praguejei mentalmente pela merda que fiz e corri atrás de Amanda.

- Olha não foi ideia dela, eu acho que vai ser melhor assim, ficarei livre de Michael e aquela família louca e posso ter uma vida normal e vai ser bom para você também, seus filhos não vão se preocupar com a bastarda tentando roupa sua mãe. - Amanda parou no meio do caminho e se virou para mim.

- Você está colocando a culpa nos meus filhos? - Vociferou raivosa.

- O que? Culpa de que? Eu só estou dizendo que seus filhos não pareciam feliz comigo atrapalhando sua família. - Falei e me virei quando ouvi alguns passos, eram aqueles demônios.

- Você também faz parte da minha família, é minha filha! - Neguei tomando fôlego para falar.

-Eu não faço Amanda, minha família é meu amigo Lucca e agora a Carolyna, mas você não, eu adorei te conhecer e amei saber que minha mãe é você, mas eu não te conheço, eu passei toda minha vida tendo a imagem de que uma mãe não é uma coisa boa, e não quero dar esse título a você. Vamos continuar nos falando, por cartas e quem sabe por telefone lá é uma cidade grande pode dar certo.

- Priscila, eu passei tanto tempo tentando ter você de volta para agora, depois de finalmente conseguir falar com você, resolver ir embora e me deixar? - Sua voz agora estava embargada, ela se aproximou e me abraçou chorando.

-Eu sinto muito, mas não posso ficar aqui - Sussurei retribuindo o abraço.

- Vou com você.

- O que? Você não pode sua família está aqui - Olhei para o lado onde as duas crianças estavam nos olhando com raiva de braços cruzados.

- Aqui nesse lugar só me traz lembranças ruins, só estava aqui para continuar ver você e agora que você vai embora, posso sair desse pesadelo e começar em um lugar novo - Assenti me sentindo mais aliviada. - Mas mesmo assim quero falar com a Carolyna, está errado algumas coisas, ela manda em você como se fosse sua mãe e eu como sou não estou gostando muito disso - Se desvencilhou do nosso abraço e voltou a caminhar em direção a casa de camila. As crianças correram atrás da mãe, e fui seguindo atrás em uma distância segura daquelas duas pestes.

Quando chegamos, Carolyna já estava na varanda esperando, Amanda já foi logo subindo as pequenas escadas e falando alguma coisa que não consegui ouvir por não estar tão perto ainda.

- Acho que ficar todo tempo em cima dela não é saudável e como mãe da mesma, não gosto de ver você dando ordens a ela! - Via o rosto de Carolyna sério e só com uma sobrancelha arqueada enquanto ouvia tudo que Amanda falava. E sobre se mudar, achei que você deveria ter me comunicado primeiro já que estávamos falando do futuro da minha filha! - Arregalei os olhos quando ela falou da mudança e engoli em seco quando os olhos de Carolyna se conectaram com os meus.

- Entendo perfeitamente sua frustração de não ser a primeira a ser comunicada, mas Priscila foi exatamente lá lhe chamar para conversarmos sobre nossa mudança, mas ela não aguentou esperar né Priscila? - Falou tudo me falando seriamente, desviei os olhos para olhar qualquer outro lugar.

- Me desculpe, as coisas desandaram um pouco e acabei falando - Carolyna assentiu e voltou a olhar para Amanda.

- Sobre como eu "mando" na Priscila - Fez aspas com os dedos - Isso é únicamente preocupação, e acho que não deveria se meter nisso.

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