As crianças ficaram me olhando e dava para ver em seus olhares que elas estavam me julgando.- O que houve com seu cabelo? Se você é uma princesa, deveria ser grande - Espremi os lábios e passei a mão no meu cabelo.
- Tiveram que cortar - Falei simples sem mais explicações.
- Nossa mãe, não é sua! - A garota falou com o nariz empinado.
- Tudo bem - Assenti não ligando muito para as bobagens que elas falavam.
- Você quer roubá-la de nós, mas nao vai conseguir - O garoto falou parecendo irritado - Papai disse que você, não é alguém importante e que não deveria se meter na família dos outros.
Essas crianças realmente pareciam não gostar de mim, mas não podia sair assim sem pelo menos me despedir da Amanda.
-Se você fosse importante, teria sido criada com nossa família, mas você é uma estranha que quer tomar nossa mãe. - OK, essa criança já estava me irritando.
- Não quero tomar nada de ninguém. - Falei com calma, são só crianças é normal falar besteira.
- Bastarda! - O garoto falou apertando os talheres na mão.
Engoli em seco e me levantei, bem na hora que Amanda voltou.
- Me desculpe sair assim, precisava colocar
o pequeno Anthony para dormir - Ela falou
com calma e sorrindo.- Eu preciso ir, Carolyna me disse para não demorar - Falei sorrindo sem mostrar os dentes.
- Não precisa ir tão cedo, Carolyna sabe que você está aqui, com sua mãe. - Segurou minhas mãos, logo me puxando para um abraço. Nosso abraço não durou muito, pois as duas crianças entraram no meio me afastando da mãe deles.
- Você quer roubar nossa mãe, vá embora.
- Ela não é sua mãe, bastarda!
As crianças falavam com ódio, vi o pai delas encostado na porta da cozinha olhando tudo.
- Crianças vocês não podem falar assim com ela, Priscila é minha filha assim como vocês, tenham respeito - Amanda falou brava, mas sem levantar o tom de voz.
- Eu acho que já vou indo - Murmurei apontando para a porta e dando pequenos passos de costas.
- Não ligue para o que eles falaram, são só crianças - Amanda falou divertida, se aproximando.
- É melhor você ir embora mesmo, e não voltar, ela é só nossa mãe - A garota falou e o irmão repetiu.
Assenti e abri a porta atrás do meu corpo para sair.
- Espere ,você não pode ligar para o que eles dizem é só coisa de criança.
- Já deu minha hora de ir Amanda, Carol fica preocupada se eu não chegar logo em casa - Falei me sentindo estranha, comecei a andar para ir embora, mas parerei e me virei para ela - Carolyna e eu estávamos conversando e decidimos que o melhor a fazer é ir embora.
Amanda fez uma cara de espantada e se aproximou.
- Isso é um absurdo, eu acabei de encontrar você, quem ela pensa que é? Você é minha filha, vou lá agora mesmo para falar com ela! - Saiu andando rapidamente, praguejei mentalmente pela merda que fiz e corri atrás de Amanda.
- Olha não foi ideia dela, eu acho que vai ser melhor assim, ficarei livre de Michael e aquela família louca e posso ter uma vida normal e vai ser bom para você também, seus filhos não vão se preocupar com a bastarda tentando roupa sua mãe. - Amanda parou no meio do caminho e se virou para mim.
- Você está colocando a culpa nos meus filhos? - Vociferou raivosa.
- O que? Culpa de que? Eu só estou dizendo que seus filhos não pareciam feliz comigo atrapalhando sua família. - Falei e me virei quando ouvi alguns passos, eram aqueles demônios.
- Você também faz parte da minha família, é minha filha! - Neguei tomando fôlego para falar.
-Eu não faço Amanda, minha família é meu amigo Lucca e agora a Carolyna, mas você não, eu adorei te conhecer e amei saber que minha mãe é você, mas eu não te conheço, eu passei toda minha vida tendo a imagem de que uma mãe não é uma coisa boa, e não quero dar esse título a você. Vamos continuar nos falando, por cartas e quem sabe por telefone lá é uma cidade grande pode dar certo.
- Priscila, eu passei tanto tempo tentando ter você de volta para agora, depois de finalmente conseguir falar com você, resolver ir embora e me deixar? - Sua voz agora estava embargada, ela se aproximou e me abraçou chorando.
-Eu sinto muito, mas não posso ficar aqui - Sussurei retribuindo o abraço.
- Vou com você.
- O que? Você não pode sua família está aqui - Olhei para o lado onde as duas crianças estavam nos olhando com raiva de braços cruzados.
- Aqui nesse lugar só me traz lembranças ruins, só estava aqui para continuar ver você e agora que você vai embora, posso sair desse pesadelo e começar em um lugar novo - Assenti me sentindo mais aliviada. - Mas mesmo assim quero falar com a Carolyna, está errado algumas coisas, ela manda em você como se fosse sua mãe e eu como sou não estou gostando muito disso - Se desvencilhou do nosso abraço e voltou a caminhar em direção a casa de camila. As crianças correram atrás da mãe, e fui seguindo atrás em uma distância segura daquelas duas pestes.
Quando chegamos, Carolyna já estava na varanda esperando, Amanda já foi logo subindo as pequenas escadas e falando alguma coisa que não consegui ouvir por não estar tão perto ainda.
- Acho que ficar todo tempo em cima dela não é saudável e como mãe da mesma, não gosto de ver você dando ordens a ela! - Via o rosto de Carolyna sério e só com uma sobrancelha arqueada enquanto ouvia tudo que Amanda falava. E sobre se mudar, achei que você deveria ter me comunicado primeiro já que estávamos falando do futuro da minha filha! - Arregalei os olhos quando ela falou da mudança e engoli em seco quando os olhos de Carolyna se conectaram com os meus.
- Entendo perfeitamente sua frustração de não ser a primeira a ser comunicada, mas Priscila foi exatamente lá lhe chamar para conversarmos sobre nossa mudança, mas ela não aguentou esperar né Priscila? - Falou tudo me falando seriamente, desviei os olhos para olhar qualquer outro lugar.
- Me desculpe, as coisas desandaram um pouco e acabei falando - Carolyna assentiu e voltou a olhar para Amanda.
- Sobre como eu "mando" na Priscila - Fez aspas com os dedos - Isso é únicamente preocupação, e acho que não deveria se meter nisso.
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My first love
FanfictionPriscila é a única filha mulher entre seis irmãos homens, mas tratada como menino por seu pai Michael que não aceita ter uma filha mulher. Fanfic GIP Essa fanfic se passa em 1940. Isso é uma adaptação autorizada! Obra original é da: Elliot_cc