27 capítulo

1.2K 110 14
                                    


Fui despertada com alguém tocando meu ombro, abri os olhos e olhei em volta percebendo as pessoas olhando pelas janelas do trem, ainda um pouco grogue procurei camila com os olhos, encontrando-a vindo pelo extenso corredor do trem um pouco aflita, calada se sentou ao meu lado.

- O que houve? - Amanda perguntou enquanto tentava deixar seu filhos calmos.

- Tem soldados por todo lado - A morena murmurou mais baixo quando dois soldados entraram no vagão.

Os dois homens andavam olhando para todos os passageiros, iam passando por nosso lado quando um dos soldados parou, um frio percorreu meu corpo quando ele olhou para Carolyna.

- Seu lenço senhora! - Murmurou calmo entregando o pequeno lenço branco a Carolyna.

Eles continuaram o trajeto até ficarem na porta de saída.

- Fiquem calmos senhoras e senhores! Só estamos nos certificando que todos estão bem - O soldado que aparentava ser o mais velho falou e logo os dois saíram do vagão.

Carolyna me olhou e soltou o ar que prendia, sabia que ela estava um pouco aflita com receio que alguém a reconhecesse depois de tanto anos.

Voltei a olhar para o corredor e agora quem vinha entrando era o marido de Amanda, ele se aproximou e se sentou ao lado da esposa.

- Tem soltados por todos os lado lá fora, fui saber o porquê e parece que estão com medo de um possível ataque, devido a todos os acontecimentos que estão ocorrendo - Ele falou se recostando no banco.

Depois de poucas horas o nosso trem foi liberado e voltamos a viajem, agora as pessoas estavam um pouco receosas com a viajem. Meu amigo Lucca não parava de roer as unhas preocupado, tentei voltar a dormir algumas vezes mais não conseguia pregar mais os olhos.

A noite começava a cair e no momento estávamos mais perto do nosso destino, fomos parados mais algumas vezes por alguns soltados, mas não demoraram tanto. Quando estava um breu lá fora, as pessoas ficaram mais tranquilas e começaram a tentar dormir, Carolyna encostou sua cabeça no meu pescoço e logo senti sua respirado mais lenta e assim apaguei também.

(...)

Antes do céu clariar já tinha despertada, estava velando o sono da mulher ao meu lado.

- Se não tivesse acabado de acordar, dormiria com esse carinho. - me assustei quando ela falou sussurrando no meu ouvido. - Desculpa te assustar amor - Falou levando sua mão até minha bochecha e fazendo um carinho, sorri amplo pelo apelido carinhoso e virei minha cabeça para lhe dar um selinho.

- Eu ia te perguntar ontem, mas acabei esquecendo - Falei baixo me virando em sua direção e passando o braço por trás do seu corpo - O que você fez com seu carro? - Perguntei interessada, não lembrava do carro ter sido colocado para a viagem no trem.

- Eu precisei vender, assim temos o dinheiro para comprar nossa casa - Abri a boca surpresa.

- Achei que seu carro era seu bem mais precioso - Carolyna soltou uma risadinha com minha fala e se aproximou mais assim encostando nossos narizes.

- Meu bem mais precioso agora é você! - Falou esfregando seu nariz no meu me deixando meio boba por sua fala.

Em poucas horas novamente o trem parou, agora era definitivamente nosso destino, quando saímos do transporte fomos abordadas por um ar um pouco mais abafado e uma temperatura mais baixa do que estávamos acostumados.

Carolyna parecia já acostumada com a cidade, caminhava em direção a multidão de pessoas que iam e vinham sem parar.

Todos pareciam encantados com as luzes brilhantes dos letreiros nos topos dos prédios, apesar da vista ser perfeita minha atenção foi tomada para a mão sutil de camila que se entrelaçou na minha, uma corrente elétrica passou por meu corpo esquentando o local que agora estava colado com o da morena. Com uma pequena caminhada chegamos em um prédio alto, e bem conservado.

- Esse é um dos melhores locais para morar e perto de tudo e perto do Central Park, acho que vocês vão gostar Priscila e Lucca - Camila falou nos olhando, sorri e vi meu amigo animado olhando em volta.

- Acho que meus filhos vão gostar também - Amanda murmurou. Carolyna assentiu e entrou no prédio.

Carolyna comprou um apartamento no terceiro andar que estava bem barato, ela e Amanda tiveram uma pequena discussão, pois o apartamento que Amanda alugou estava no quinto andar, mas depois de algumas palavras de baixo calão trocadas entre as duas, pareciam que tinham se resolvido.

Amanda a contra gosto se despediu de mim e do meu amigo e logo foi para seu apartamento junto de sua família. Nós três ficamos, caminhamos juntos para nossa nova moradia. O apartamento não vinha com muita mobília, entretanto Carolyna disse que não era problema.

- Fico me perguntando de onde Carolyna arrumou tanto dinheiro para isso - Lucca murmurou se sentando ao meu lado quando estávamos sozinhos na sala.

-Me sinto um pouco mal por isso, quero arrumar um trabalho - Falei e ele assentiu.

- Podemos procurar um para cada quando estivermos devidamente estalados - Falou empolgado passando o braço por cima dos meu ombros, continuamos fazendo planos como a volta para nossa escola e um futuro emprego.

O apartamento era até maior do que imaginei, ele tinha dois quartos enormes e um dos quartos com um banheiro dentro o outro banheiro ficava no corredor, a cozinha era espaçosa e já estava mobilhada, assim como a sala, sobrando só os quartos para completar. Estávamos tão entretidos quando chegamos que nem reparamos um detalhe diferente que estava na sala, só percebi depois que meu amigo me mostrou pulando de alegria, era simplesmente uma TV, que estava esse tempo todo na nossa sala e a gente não viu.

- Espero que tenham gostado - Ouvimos a voz de Carolyna, ela se encontrava parada encostada da parede que dava ao corredor.

- Meu Deus Carol isso é incrível, lembro que meus pais tinham uma mais deixavam no quarto deles para ninguém chegar perto - Murmurei abrançando a mulher.

-Isso é como o cinema, só que com a tela pequena - Lucca falava animado.

Ficamos olhando ele se divertindo assistindo alguma coisa que passava.

My first love Onde histórias criam vida. Descubra agora