12 capítulo

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Carolyna não demorou a voltar, logo sentou-se ao meu lado e ficamos em silêncio, mas não um silêncio incômodo, era bom. Ouvia sua respiração um pouco alterada e pela visão periférica via ela arrumar a roupa às vezes, virei minha atenção para ela, que sorriu assim que me aproximei.

- As marcas ainda estão fortes - Sussurou e passou o dedo por cima de uma marca que estava no meu queixo.

- Isso virou tão normal que nem me preocupo mais Dei de ombros e sorri pegando sua mão que estava no meu queixo, Carolyna fechou os olhos e suspirou parecia pensar então só fiquei admirando seu rosto, devagar ela foi abrindo os olhos que logo se conectaram com os meus.

- Carol?

- Diga querida. - Murmurou baixo e enfiou a mão nos fios de cabelo da minha nuca.

- Me dá um abraço? - Perguntei em uma súbita coragem.

Ela ficou me olhando por um tempo, me praguejei por ter pedido uma coisa dessa, senti meu rosto esquentando e abaixei a cabeça pela vergonha.

- Querida, não fique com vergonha, vem aqui - Abriu os braços me esperando para retribuir o abraço, me arrastei assim deixando nossas pernas coladas e logo passei os braços por sua cintura sentindo seus braços enrolar no meu pescoço, suspirei sentindo seu cheiro e pela explosão de borboletas no estômago. Carolyna começou a fazer um carinho na minha nuca.

- Você é muito cheirosa Carol. - Sussurrei baixinho, mas o suficiente para ela ouvir.

- Obrigada querida. - Sua voz sussurada no meu ouvido me deixou arrepiada e fez um calor subir pelo meu corpo e se concentrar na minha virilha, abracei ela mais forte e espremi os olhos com força.

Carolyna pareceu perceber e se afastou um pouco.

- O que houve querida? - Perguntei e segurou meu ombro.

Abaixei a cabeça para o lugar que estava incomodando, arregalei os olhos quando percebi minha calça com um relevo, olhei desesperada para camila e me afastei rapidamente.

- Meu Deus, tá tudo bem querida isso é normal você é adolescente - Carolyna falou e soltou uma pequena risada.

- Me desculpa Carol, normalmente não fica assim, e-eu não quis desrespeitar você - Fiz uma careta.

- Não me desrespeitou, está tudo bem, vá lá no banheiro - Assenti e sai correndo para o lugar que ela indicou, entrei e tranquei a porta, coloquei as mãos no joelhos e suspirei, tinha que acontecer alguma coisa para estragar o melhor abraço que já recebi, não que eu tivesse recebido muitos abraços na vida, mas esse com certeza foi o melhor de todos.

Olhei para minha calça que tinha um grande relevo, o que faria com aquilo? Quase nunca ficava assim, só quando era de manhã, mas sabia que era vontade de ir ao banheiro e agora que não estou com vontade. Passei a mão por cima e senti um arrepio no meu corpo, continuei passando a mão até me assustar com batidas na porta.

- Querida, você está bem? Já faz um bom tempo que está aí dentro. - Estava tão concentrada nas sensações que sentia que nem percebi que passei muito tempo no banheiro, e ainda estava do mesmo jeito.

-Eu acho que não, não consigo fazer voltar ao normal - Falei sem qualquer vergonha, estava mais desesperada em fazer aquilo passar, não queria que camila tivesse repulsa de mim ou qualquer coisa do tipo.

Abri a porta e saí, vi o rosto de Carolyna ganhar uma coloração vermelhada, seus olhos estavam no volume que não abaixava.

- Bom, você pode tomar um banho - Me sentia constrangida pelo seu olhar, ela logo pigarreou e olhou para o teto. Voltei para fazer o que ela tinha sugerido.

(...)

O banho realmente havia resolvido meu problema, troquei de roupa e segui a procura de Carolyna. Como não encontrei Carol na sala, segui para a cozinha.

- Como arrumou outra roupa para vestir? - Me assustei com a voz de Carolyna vindo de trás.

- Minha mãe arrumou minhas roupas e mandou eu almoçar fora. - Me apoiei na pilastra e olhei para seu rosto.

Sua expressão endureceu e vi uma pequena veia do seu pescoço pular para fora, ela respirou fundo e olhou para o teto logo soltou toda a respiração.

- Sua família não te merece - Falou baixinho e saiu da cozinha indo em direção a porta da frente, segui ela e me sentei ao seu lado no banco que tinha.

Apoiei minha mão ao lado da sua que estava descansando no banco, Carolyna percebeu meus movimentos e olhou para nossas mãos que estavam uma ao lado da outra, pigarreou e olhou para frente, passei meu dedo mindinho sobre o seu, ela mexeu um pouco seu dedo dando espaço para conseguir entrelaçar nossos dedos mindinhos.

Respirei fundo e olhei para seu rosto, ela continuava olhando para frente, sorri e como já de costume meu coração acelerou, Carolyna afastou um pouco o dedo e começou a fazer um carinho na minha mão logo entrelacou nossas mãos.

Soltei todo o ar que segurava e sorri olhando
para ela que virou o rosto em minha direção dando um pequeno sorriso. Me aproximei mais e apoiei minha cabeça no seu ombro, fechei os olhos quando senti ela descansar sua cabeça na minha.

- Eu deveria estar procurando meu amigo. - Sussurrei e comecei a acariciar sua mão devagar.

- Ele está perdido? - Sua voz também saiu em um sussurro.

- Não sei, eu passei por sua casa e ele não estava, procurei por lugares que deveria está mais também sem sucesso.

- Vou ajudar você a procurar, a cidade é grande ele pode está em qualquer lugar. - Levantou a cabeça da minha e se virou na minha direção, sem desfazer as nossas mãos. - Com o carro será mais rápido de achá-lo.

- Obrigada - Falei e senti meu rosto esquentando, ela soltou uma risada e se aproximou colando seus lábios na minha testa.

Falou algo ininteligível e se levantou ainda segurando minha mão, repeti seus movimentos me mantendo em pé ao seu lado, seguimos em direção ao carro que ficava atrás da casa.

- Vai ser minha primeira vez em um carro. - Falei soltando sua mão para entrar do outro lado.

- Bom, então espero que aproveite sua primeira vez - Falou e mordeu o lábio inferior, sorriu e negou com a cabeça entrando no carro, sorri com sua reação e suspirei olhando aquele sorriso.












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