Carolyna não demorou a voltar, logo sentou-se ao meu lado e ficamos em silêncio, mas não um silêncio incômodo, era bom. Ouvia sua respiração um pouco alterada e pela visão periférica via ela arrumar a roupa às vezes, virei minha atenção para ela, que sorriu assim que me aproximei.- As marcas ainda estão fortes - Sussurou e passou o dedo por cima de uma marca que estava no meu queixo.
- Isso virou tão normal que nem me preocupo mais Dei de ombros e sorri pegando sua mão que estava no meu queixo, Carolyna fechou os olhos e suspirou parecia pensar então só fiquei admirando seu rosto, devagar ela foi abrindo os olhos que logo se conectaram com os meus.
- Carol?
- Diga querida. - Murmurou baixo e enfiou a mão nos fios de cabelo da minha nuca.
- Me dá um abraço? - Perguntei em uma súbita coragem.
Ela ficou me olhando por um tempo, me praguejei por ter pedido uma coisa dessa, senti meu rosto esquentando e abaixei a cabeça pela vergonha.
- Querida, não fique com vergonha, vem aqui - Abriu os braços me esperando para retribuir o abraço, me arrastei assim deixando nossas pernas coladas e logo passei os braços por sua cintura sentindo seus braços enrolar no meu pescoço, suspirei sentindo seu cheiro e pela explosão de borboletas no estômago. Carolyna começou a fazer um carinho na minha nuca.
- Você é muito cheirosa Carol. - Sussurrei baixinho, mas o suficiente para ela ouvir.
- Obrigada querida. - Sua voz sussurada no meu ouvido me deixou arrepiada e fez um calor subir pelo meu corpo e se concentrar na minha virilha, abracei ela mais forte e espremi os olhos com força.
Carolyna pareceu perceber e se afastou um pouco.
- O que houve querida? - Perguntei e segurou meu ombro.
Abaixei a cabeça para o lugar que estava incomodando, arregalei os olhos quando percebi minha calça com um relevo, olhei desesperada para camila e me afastei rapidamente.
- Meu Deus, tá tudo bem querida isso é normal você é adolescente - Carolyna falou e soltou uma pequena risada.
- Me desculpa Carol, normalmente não fica assim, e-eu não quis desrespeitar você - Fiz uma careta.
- Não me desrespeitou, está tudo bem, vá lá no banheiro - Assenti e sai correndo para o lugar que ela indicou, entrei e tranquei a porta, coloquei as mãos no joelhos e suspirei, tinha que acontecer alguma coisa para estragar o melhor abraço que já recebi, não que eu tivesse recebido muitos abraços na vida, mas esse com certeza foi o melhor de todos.
Olhei para minha calça que tinha um grande relevo, o que faria com aquilo? Quase nunca ficava assim, só quando era de manhã, mas sabia que era vontade de ir ao banheiro e agora que não estou com vontade. Passei a mão por cima e senti um arrepio no meu corpo, continuei passando a mão até me assustar com batidas na porta.
- Querida, você está bem? Já faz um bom tempo que está aí dentro. - Estava tão concentrada nas sensações que sentia que nem percebi que passei muito tempo no banheiro, e ainda estava do mesmo jeito.
-Eu acho que não, não consigo fazer voltar ao normal - Falei sem qualquer vergonha, estava mais desesperada em fazer aquilo passar, não queria que camila tivesse repulsa de mim ou qualquer coisa do tipo.
Abri a porta e saí, vi o rosto de Carolyna ganhar uma coloração vermelhada, seus olhos estavam no volume que não abaixava.
- Bom, você pode tomar um banho - Me sentia constrangida pelo seu olhar, ela logo pigarreou e olhou para o teto. Voltei para fazer o que ela tinha sugerido.
(...)
O banho realmente havia resolvido meu problema, troquei de roupa e segui a procura de Carolyna. Como não encontrei Carol na sala, segui para a cozinha.
- Como arrumou outra roupa para vestir? - Me assustei com a voz de Carolyna vindo de trás.
- Minha mãe arrumou minhas roupas e mandou eu almoçar fora. - Me apoiei na pilastra e olhei para seu rosto.
Sua expressão endureceu e vi uma pequena veia do seu pescoço pular para fora, ela respirou fundo e olhou para o teto logo soltou toda a respiração.
- Sua família não te merece - Falou baixinho e saiu da cozinha indo em direção a porta da frente, segui ela e me sentei ao seu lado no banco que tinha.
Apoiei minha mão ao lado da sua que estava descansando no banco, Carolyna percebeu meus movimentos e olhou para nossas mãos que estavam uma ao lado da outra, pigarreou e olhou para frente, passei meu dedo mindinho sobre o seu, ela mexeu um pouco seu dedo dando espaço para conseguir entrelaçar nossos dedos mindinhos.
Respirei fundo e olhei para seu rosto, ela continuava olhando para frente, sorri e como já de costume meu coração acelerou, Carolyna afastou um pouco o dedo e começou a fazer um carinho na minha mão logo entrelacou nossas mãos.
Soltei todo o ar que segurava e sorri olhando
para ela que virou o rosto em minha direção dando um pequeno sorriso. Me aproximei mais e apoiei minha cabeça no seu ombro, fechei os olhos quando senti ela descansar sua cabeça na minha.- Eu deveria estar procurando meu amigo. - Sussurrei e comecei a acariciar sua mão devagar.
- Ele está perdido? - Sua voz também saiu em um sussurro.
- Não sei, eu passei por sua casa e ele não estava, procurei por lugares que deveria está mais também sem sucesso.
- Vou ajudar você a procurar, a cidade é grande ele pode está em qualquer lugar. - Levantou a cabeça da minha e se virou na minha direção, sem desfazer as nossas mãos. - Com o carro será mais rápido de achá-lo.
- Obrigada - Falei e senti meu rosto esquentando, ela soltou uma risada e se aproximou colando seus lábios na minha testa.
Falou algo ininteligível e se levantou ainda segurando minha mão, repeti seus movimentos me mantendo em pé ao seu lado, seguimos em direção ao carro que ficava atrás da casa.
- Vai ser minha primeira vez em um carro. - Falei soltando sua mão para entrar do outro lado.
- Bom, então espero que aproveite sua primeira vez - Falou e mordeu o lábio inferior, sorriu e negou com a cabeça entrando no carro, sorri com sua reação e suspirei olhando aquele sorriso.
Querem que eu poste os outros capítulos?
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My first love
أدب الهواةPriscila é a única filha mulher entre seis irmãos homens, mas tratada como menino por seu pai Michael que não aceita ter uma filha mulher. Fanfic GIP Essa fanfic se passa em 1940. Isso é uma adaptação autorizada! Obra original é da: Elliot_cc