Assim como havíamos combinado, estávamos à procura de um emprego qualquer, não importava do que fosse. Entramos em uma padaria que em frente tinha uma plaquinha escrito, contratando.- Olá senhor, estão precisando de gente para trabalhar? - Lucca perguntou para o senhor que andava lentamente pelo local, o senhor sorriu e caminhou em nossa direção.
- Olhe só, dois rapazes fortes, sim meu garoto, estou precisando urgentemente de ajuda - Lucca me olhou de canto de olho e sorriu sem mostrar os dentes e entrou em uma conversa com o homem, ele precisava de alguém para atender e alguém para limpar, Lucca prefiriu ficar limpando, segundo ele, eu era mais inteligente para vender e administrar o dinheiro.
- Ficarei em casa que é aqui em cima do meu estabelecimento, então qualquer dúvida ou problema não hesite em me perguntar, antes queria saber como é o nome de vocês - Perguntou já parando na escada que possivelmente levava ele para sua casa.
- Pierre, e esse é meu amigo Lucca! - O Senhor assentiu e falou algumas coisas antes de subir.
Lucca ficou me olhando e apenas dei de ombros, já estava acostumada, era meu nome de batismo e em qualquer documento meu estaria lá então só bastava me acostumar em dizer aquilo para as outras pessoas. Em alguns momentos da nossa manhã sentia olhares de canto do meu amigo direcionado para mim. Ao dar a hora do almoço fechamos a pequena loja assim como foi nós orientados e seguimos caminhando para nossa casa.
- Você andou um pouco calada hoje - Lucca murmurou um pouco baixo sem me olhar.
- Só estou pensando - Sussurrei e suspirei pesado e dei de ombros.
Meu amigo apenas assentiu e adentramos o prédio, encontramos Carolyna com uma expressão um pouco mal-humorada sentada na sala, quando nos viu começou a reclamar de comos éramos irresponsáveis que não informavamos onde íamos e a deixávamos preocupada.
- Estávamos a procura de um emprego e encontramos - Murmurei quando ela tomou um tempo para respirar fundo, ela semicerrou os olhos na minha direção e me chamou para conversar a sós.
- Pode ir almoçando Lucca, não vamos demorar! Carolyna falou monótona e andou pelo corredor para nosso quarto, dei uma breve olhada para Lucca e me olhou aflito, apenas Murmurei que estava tudo bem e segui para o meu quarto junto de camila, encontrei-a parada perto da janela virada de costas para a porta.
- Queria te fazer uma surpresa - assumi me aproximando dela.
- Priscila, pensei que seu desejo era voltar aos estudos - advertiu se virando e me olhando com o cenho franzido - Não queria que pensasse em trabalho agora, ainda é nova - Assenti e dei de ombros.
- Os estudos podem esperar, não quero que você banque com todos os gastos sozinha - Segurei suas mãos levando até os lábios e deixando um breve beijo em cada uma.
- Isso é besteira Priscila, já estou fazendo isso a algum tempo e não vejo problema nenhum - Falou tirando suas mãos das minhas e levando para meu cabelo, penteando os fios com os dedos.
- Eu vejo, não me sinto bem com isso e não é um trabalho duro e quase monótono - Murmurei sorrindo para ela entender que estava tudo bem, Carolyna ainda relutou um pouco sobre não estar contente com meu trabalho, mas logo resolvi isso, colei nossos lábios em um selinho rápido que por incentivo de camila aprofundamos, quando já me sentia fora de órbita ela resolveu que já estava bom, mas um grande problema se instalou quando percebi o grande incômodo que sentia, um pouco envergonhada me descolei meu corpo de Carolyna que pouco percebi que me pressionava nela durante o beijo. Carolyna percebendo meu estado catastrófico, ergueu suas sobrancelha sempre bem arrumadas e cedeu um sorriso ladino.
- Se não tivesse dado minha palavra que teríamos uma conversa breve ao seu amigo, poderia lhe ajudar com isso - Murmurou me olhando dos pés a cabeça, fazendo meu estado piorar. Fechei os olhos com força já sentindo o incômodo passar a ser uma dor, com uma risadinha ouvi passos e a porta do quarto ser aberta, suspirei virando a cabeça para a porta encontrando a mulher ainda parada lá.
- Acho que podemos dá esse passo a mais no nosso relacionamento - Rapidamente entendi do que ela falava e me senti aérea quando ela saiu, olhei para minha calça que marcava perfeitamente o que queria esconder, um pouco chorosa andei até o banheiro e pela primeira vez me dediquei a ficar normal sem o auxílio de um banho, já que não tinha tempo.
(...)
Ao longo do nosso almoço tudo pareceu diferente, olhar para Carolyna agora me causava um grande arrepio pelo corpo.
- Não tocou na sua comida, meu bem! - Distraída olhei para meu prato e logo para ela, gaguejei quando tentei falar tirando uma risada dos dois que agora direcionavam a atenção para mim.
O que estava acontecendo? Via Carolyna falando, mas tudo parecia em câmera lenta, desci o olhar de sua boca para seu pescoço e logo para sua roupa que parecia mais interessante do que vi mais cedo.
Pedi licença e rapidamente fui para o banheiro, quase chorei quando olhei para minha calça, me concentrei em outras coisas Logo sentindo-me aliviada, quando saí Lucca me esperava na porta e camila veio trazendo um pote em mãos.
- Levem e comam tudo, você principalmente Priscila, não comeu nada hoje! - Assenti e deixei um selinho na mesma saindo acompanhada de Lucca que andava risonho no meu encalço.
- O que houve com você hoje? Nunca lhe vi tão aérea - Perguntou-me mas parecia que já sabia, pois não parava de soltar lufada de ar segurando uma possível vontade de rir.
- Não é nada - Dei de ombros olhando para ele que me encarava e desviava os olhos. - Você que está estranho, o que é tão engraçado? - Perguntei já um pouco estressada.
- Nada! Vamos trabalhar querida amiga - Ele riu e entrou saltitante na loja que já se encontrava aberta, o velho homem de cabelos grisalhos já estava repondo algumas coisas pela loja.
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My first love
FanfictionPriscila é a única filha mulher entre seis irmãos homens, mas tratada como menino por seu pai Michael que não aceita ter uma filha mulher. Fanfic GIP Essa fanfic se passa em 1940. Isso é uma adaptação autorizada! Obra original é da: Elliot_cc