21 capítulo

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- Antes de tudo preciso saber como é seu nome. - Carolyna perguntou após se aproximar novamente.

- Amanda! - A mulher murmurou olhando a latina. para

- Certo Amanda, me diga exatamente em que eu posso lhe ajudar? - Camila perguntou levando a mulher até seu carro.

- Aquela casa é sua, lauren entrou nela - Carolyna parou no momento em que ouviu o nome da garota.

- Você conhece ela? Como? - Disparou as perguntas e segurou a mulher no lugar.

- Conheço ela muito bem, sempre estive com
ela, mesmo de longe - Declarou calmamente.

- O que? Você seguia como um psicopata? - Carolyna perguntou começando a se irritar.

- Claro que não, eu tento proteger ela mesmo de longe! - esclareceu franzindo o cenho para a latina.

- Bom, pelo visto não tem dado certo né - Debochou a morena vendo a mulher entrar no seu carro.

- Você é o que? Algum tipo de babá da Priscila? - Amanda perguntou olhando pela janela.

- Não, nos somos.. - Parou para pensar não encontrando a palavra certa. - Bom, estamos juntas.

Ouve um silêncio quando as duas mulheres se encaravam sem expressões alguma.

- Como conheceu a Priscila? - Carolyna perguntou depois de um tempo quando se sentiu incomodada com o olhar da mulher sentada.

- Desde o nascimento dela, um lindo bebê, meu bebê - Carolyna se afastou um pouco da janela e franziu o cenho.

- Como? - Apoiou suas mãos na janela e encarou Amanda.

- É, isso vem me mantendo por todos esses anos, me tiraram minha filha e eu só quero ter ela nos meus braços depois de tantos anos - Amanda falou suspirando e se encostando no estofado do banco do carro.

- Meu Deus, o que? Adriana é a mãe da Priscila! - Carolyna falou desacreditada com as palavras da mulher.

- Não é, eu sei que isso é confuso, mas vai ficar pior acredite - Soltou uma triste sem nenhum resquício de humor - Fazia parte da família Caliari também, Adriana me deu à luz logo após ter colocado Lincoln no mundo, somos os únicos filhos jauregui biológicos, depois do meu nascimento, clara foi impossibilitada de ter outros filhos e de alguma forma Michael colocou na cabeça que isso era minha culpa, acho que você já percebeu que ele não suporta ter uma filha mulher, então ela começou a descontar sua frustração em mim, no começo era só xingamentos, depois evoluiu para a agressão e então os abusos. Engravidei de Priscila quando tinha meus treze anos, no começo da gravidez consegui esconder da minha mãe e dele, mas logo a barriga cresceu e até tentei da explicações para minha mãe, falei tudo que aconteceu, tudo que Michael fazia, mas como já dá para imaginar ela não acreditou em nada que lhe falei, me acusou de provocá-lo e de não ser um moça de respeito, ela sabia que ele fazia tudo aquilo comigo, mas mesmo assim preferia ficar ao lado dele do que apoiar a própria filha. Eles me deixaram ficar até dar à luz, só me deixaram pois tinham esperança de ser um menino, então quando Priscila nasceu eles me colocaram para fora e mudaram de casa indo para a cidade, não éramos uma família muito conhecida então ninguém sabia de nada, fiquei vários meses nos campos roubando comida das plantações para conseguir me manter, descobri onde eles estavam morando quando vi eles em um orfanato, segui eles até a casam onde residiam. Depois que me expulsaram, eles montaram a família dos sonhos, adotaram os outros filhos homens e ficaram com meu bebê. -

Depois do desabafo de Amanda, houve um silêncio, Carolyna tentava organizar os pensamentos depois de tantas informações e Amanda parecia perdida em memórias.

- Eu só quero a chance de conhecer minha filha - A fala de Amanda saiu baixa e calma.

- Nunca impediriam uma mãe de reencontrar sua filha, mas não tenho certeza se Priscila está pronta para saber de toda essa história - Murmurou baixo e pegou na mão de Amanda - Te levarei até lá e você pode contar tudo, mas se ela não reagir muito bem, lhe dê um tempo para colocar todos os pensamentos em ordem - Deu um pequeno sorriso sem mostrar os dentes para Amanda e deu a volta no carro, entrando no mesmo.

- Acha que ela ficará com raiva ou algo do tipo? - Amanda perguntou receosa.

- Não se preocupe, Priscila é uma garota boa, tem um ótimo coração duvido que ela ficará com raiva - Um suspiro saiu dos lábios de Amanda, que pediu mentalmente que a mulher ao seu lado estivesse certa. - Aliás meu nome é Carolyna, não me apresentei corretamente - Falou seguindo com o carro até sua casa.

Quando as duas mulheres desceram do carro, a porta da entrada se abriu revelando Priscila e Lucca.

- Essa mulher de novo? - Lucca falou
olhando sua amiga.

- Carolyna sei que sai sem avisar, mas.. - Parou de falar quando camila levantou a mão pedindo silêncio.

- Depois iremos conversar sobre isso, mas agora ela tem algumas coisas para conversar com você querida - Carolyna falou pegando no ombro de Amanda e conduzindo até dentro de sua casa.

- Tudo bem, mas você não está brava né? - Priscila perguntou baixinho somente para Carolyna ouvir.

- Estou! muito brava Priscila, mas depois iremos conversar - Repetiu e se sentou sendo seguida por todos que se sentaram também.

- Bom, olá, Priscila! Sou Amanda.. Caliari - A garota franziu o cenho e olhou para Carolyna que sinalizou para ficar calada e continuar escutando. Amanda repetiu exatamente tudo o que havia falado para camila vendo as expressões de Priscila mudar em cada palavra que saia de sua boca, mas continuava calada. Quando ela terminou de falar, Priscila abaixou a cabeça e começou a brincar com os dedos.

- Podíamos nos conhecer melhor, eu tenho minha própria casa e se você quiser pode ir morar comigo - Carolyna levantou as sobrancelhas e olhou para Priscila.

- Isso está indo bem rápido - Murmurou a morena e segurou a mão de Priscila.

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