Uma ótima esposa

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Não tô bem hoje, minha saúde mental tá uma merda, maas resolvi escrever antes de estudar, boa leitura beberes ;)

Havia aquela irritabilidade pelo fato de Otero ser um homem extremamente silencioso em seu escritório e a certeza de que havia necessidade de pôr uma esculta em seu quarto, ela também gostaria de fazê-lo em seu carro, mas não havia acessibilidade, ela sempre entrava em seu quarto num momento oportuno e específico para ouvi-lo, contudo, nenhuma informação estava vindo, a cabeça de Lisa fervia, missões daquele gênero a deixavam entediada.

"Maldito corno", ela o praguejou em mente naquela manhã após arrumar-se antes de tomar café da manhã e, ao abrir a porta do quarto surpreendeu-se com uma Jennie Kim parada ao lado da porta com os braços cruzados abaixo dos seios.

— Liz? — Ouviu a voz da patroa antes de atravessar a porta. — Desculpe não a avisar que acordaria mais cedo hoje, mas temos compromisso. — Tomamos café da manhã depois do compromisso, vamos?

Ela apenas assentiu e a seguiu, o endereço era numa grande casa, mas através de uma placa, Lisa pôde notar que se tratava de uma instituição, um orfanato.

— Lavagem de dinheiro? — Perguntou-a pensando alto e a ouviu rir.

— Você é tão insolente agora que sabe mais sobre mim que até acha que já me conhece, eu poderia levar para o lado pessoal. — Ela disse se desfazendo do cinto de segurança. — Mas não posso culpá-la completamente pela imagem ruim que faz de mim.

— Eu não quis...

— Sem mentir Liz, não temos tempo para fingimentos aqui, gosto de fazer doações para orfanatos e ajudá-los, controverso demais para você? Bem, eu já fui uma órfã, posso compreendê-los melhor do que ninguém.

Lisa sentiu-se mal pelo seu primeiro pensamento, como uma mulher que a mandou torturar um homem e rouba o marido que é um cachorrinho por ela, além de traí-lo, a fez se sentir daquela forma? Ela viu a mulher deixar o carro com toda sua elegância e beleza e pensou que não conseguia imaginá-la uma órfã, ela aparentava ter nascido naquele meio, como se dominasse todas as peças do jogo desde o berço.

— Desculpe o julgamento precipitado, foi adotada por uma família rica? — Lisa a indagou pondo-se ao seu lado após apressar os passos para acompanhá-la e a viu olhá-la com um pequeno sorriso.

— Ora, você sabe bastante de mim, o que eu realmente sei sobre você?

Que jogo perigoso, Lisa constatou quando as duas adentraram a intuição, a mulher que aparentava ser a diretora do lugar recebeu Jennie com alegria demasiada, as três foram até seu escritório onde a mulher a deu uma lista de gastos para o que viria a ser uma festa de arrecadação.

— Se estiver muito caro, diga e podemos cortar algumas coisas da decoração e...

Ela levantou a mão enquanto ainda fitava a lista e depois ergueu a cabeça fitando a mulher.

— Não será necessário. Eu disse que arcaria com todos os custos da festa, não há qualquer necessidade de se preocuparem com isso.

Ao deixarem o lugar Jennie deu-a outro endereço, enquanto dirigia, Lisa estava imersa sobre o fato de aquela mulher conseguir pertencer aos dois lados da moeda, ainda que tivesse de admitir que não a conhecia o bastante para fazer julgamentos.

O destino se tratava de um apartamento, haveria de ser a residência da sua amiga? Ou de outra amiga? Um amante? Uma amante? Ela se indagava certa de que poderia esperar qualquer coisa da caixinha de surpresas que sua patroa se provava ser.

Ela mesma abriu o apartamento, o que fez a segurança compreender que ele pertencia a ela.

— O que estamos fazendo aqui?

That Mission • JenlisaOnde histórias criam vida. Descubra agora